Marcos Freitas eliminado da ITTF Taça Mundial de ténis de mesa em Macau

O número um português Marcos Freitas foi ontem eliminado da ITTF Taça Mundial de ténis de mesa em Macau, ao perder nos oitavos de final face ao japonês Tomokazu Harimoto, nono do mundo. Harimoto começou melhor e venceu confortavelmente os dois primeiros parciais, por 11-6 e 11-7, frente ao 17.º do ranking da ITTF. “Não entrei bem nos dois primeiros sets.

Mas depois consegui arranjar forças e táctica para voltar ao 2-2”, disse o madeirense à Lusa, no final da partida.
Marcos Freitas conquistou os parciais seguintes, por duplo 11-9, para empatar a partida. No entanto, o japonês foi mais forte na recta final, vencendo os dois parciais decisivos, por 11-7 e 11-6, e fechando o encontro em 4-2, após 51 minutos.

“Falhei um bocadinho na questão táctica, da recepção. Já sabia que era um jogador muito bom, muito difícil”, lamentou o jogador luso, referindo-se ainda a Tomokazu Harimoto.

Na fase de grupos, Marcos Freitas tinha vencido o nigeriano Quadri Aruna (19.º do mundo), antigo jogador do Sporting, por 3-1, após vitória por 4-0 face a Daniel González (88.º do ranking), de Porto Rico. Freitas era o último português em prova, após a eliminação de Tiago Apolónia, João Geraldo e Fu Yu na fase de grupos. Cada um dos 32 grupos tinha três jogadores, que jogaram uma vez entre si, com o vencedor do grupo a passar às eliminatórias.

Aquecimento para Paris

A ITTF Taça Mundial de Macau 2024, que está a decorrer até 21 de Abril, reúne 96 jogadores, incluindo o campeão mundial Fan Zhendong, o líder do ranking da ITTF Wang Chuqin e a campeã e líder do ranking feminino Sun Yingsha. “Acaba por ser uma boa prestação, os oitavos de final. Estão aqui os melhores do mundo e foi um bom teste para os Jogos Olímpicos”, disse Marcos Freitas.

Em Fevereiro, durante o Mundial por equipas, a selecção masculina de ténis de mesa, composta por Marcos Freitas, Tiago Apolónia, João Geraldo, Diogo Carvalho e João Monteiro, qualificou-se para os Jogos.

Além da vaga por equipas, que será composta por três jogadores, Portugal tem também assegurada a presença no torneio individual dos dois portugueses que tiverem o melhor ranking mundial em 18 de Junho. Marcos Freitas disse que tem como objectivo entrar no grupo dos oito cabeças de série na competição individual masculina nos Jogos Olímpicos, para ter um adversário teoricamente mais fácil na primeira ronda.

19 Abr 2024

GT3 | Couto regressa ao maior campeonato GT3 da Ásia

André Couto vai regressar em 2024 ao maior campeonato asiático de carros da categoria GT3, o Fanatec GT World Challenge Asia by AWS, após uma chamada de última hora para conduzir o Mercedes-AMG GT3 da equipa Elegant Racing Team, ao lado de outro piloto do território, Alex Liu Lic Ka. A primeira prova é já este fim de semana no Circuito Internacional de Sepang na Malásia.

No final da temporada passada, Couto estava confiante que após uma boa época de regresso ao TCR China ia continuar esta época ao serviço da equipa oficial da Dongfeng Honda. Os resultados do piloto português de Macau tinham sido bons e Couto estava convicto que poderia mesmo lutar pelo título, até porque o objectivo da marca era vencer o TCR China. Contudo, num volte-face inesperado, depois das festividades do Ano Novo Lunar, a Dongfeng Honda decidiu parar com o projecto e Couto viu-se novamente sem volante para a nova temporada.

Enquanto testava novos pneus para a Fórmula 4 no circuito de Sepang, na Malásia, Couto recebeu um convite para testar o Lamborghini Huracan SuperTrofeo EVO2 da Madness Racing Team. Após um teste em que terá impressionado a equipa chinesa, Couto guiou o mesmo carro nas 12 Horas de Sepang, no mês passado, ajudando a equipa a triunfar na categoria GTC na “clássica de resistência” malaia.

Uma nova oportunidade para testar em Sepang, desta vez o Mercedes-AMG GT3 de Alex Lui, transformou-se num regresso aos carros da categoria GT3, algo que Couto já não guiava desde a pré-temporada de 2020 em que era um dos pilotos da JLOC, a equipa oficial da Lamborghini no Japão. Também será um regresso ao GT World Challenge Asia, onde correu parcialmente em 2019 com a equipa chinesa TSRT.

De treinador a piloto

A ideia inicial, passava por Couto assumir a posição de “driver coach” de Alex Lui durante a temporada, quando surgiu o convite para correr no carro germânico do piloto da RAEM. Depois de dois testes, de dois dias cada, o vencedor do Grande Prémio de Macau de 2000 e ex-campeão da classe GT300 do Super GT está bastante satisfeito por voltar à ribalta.

“Quero divertir-me, voltar a correr num GT3 e fazer o melhor que posso e sei. Já não corro num GT3 há quatro anos e estou muito contente para voltar a estar nesta grelha de partida altamente competitiva. Este é também um reconhecimento de todo o trabalho que fiz no passado”, contou Couto ao HM.

Fazendo parte de uma grelha de partida com trinta e três carros, que conta com as maiores e melhores equipas da região, e vários pilotos de fábrica provenientes da Europa, para defender as cores dos oito construtores de automóveis representados, Couto reconhece que não será fácil lutar pelas posições de destaque estando inserido numa estrutura relativamente pequena e inexperiente a este nível das provas de GT. Contudo, o piloto português de Macau está motivado e sabe que pode contribuir, com sua experiência e rapidez, para evolução do seu companheiro de equipa.

“Tenho a noção que temos um grande desafio pela frente, mas o meu objectivo número um passa por tornar o Alex mais rápido e puxar pela equipa, e acima de tudo quero desfrutar desta oportunidade”, afirmou Couto que vai também somar pontos para a nova categoria Silver-Am, que conta com 12 participantes.

Com as duas qualificações na manhã sábado, a primeira corrida, de 60 minutos e uma paragem nas boxes obrigatória, do campeonato organizado pelo SRO Motorsport Group, está agendada para a tarde de sábado, terminando o fim de semana com uma corrida de igual duração na manhã de domingo.

17 Abr 2024

Fórmula 1 | Planos para circuito em Guangzhou geram expectativas

A notícia foi recebida com alguma surpresa na semana passada: Guangzhou prepara-se para ter o seu próprio circuito de Fórmula 1. Numa altura em que o “Grande Circo” vive uma fase pujante em termos comerciais, o projecto poderá fazer da capital da província de Guangdong o local perfeito para essa segunda corrida de Fórmula 1 no Interior da China

 

Em vésperas do regresso do Grande Prémio da China de Fórmula 1, em Xangai, os responsáveis da cidade de Guangzhou anunciaram a construção de um circuito de Grau 1 da FIA, capaz de acolher corridas da disciplina rainha do automobilismo. Uma vez concluído, o circuito tornar-se-á o segundo circuito de Fórmula 1 na China. O primeiro, em Xangai, foi inaugurado em 2004, pois o Circuito Internacional Zhuhai, o primeiro circuito permanente chinês e idealizado para receber a Fórmula 1, nunca recebeu a homologação máxima da FIA.

A futura pista de Guangzhou – que incluirá um parque desportivo pensado para actividades ligadas aos desportos motorizado – necessita de um investimento de 20 mil milhões de yuan. A proposta foi anunciada no âmbito do recentemente publicado Plano de Projectos de Construção Chave da Província de Guangdong para 2024, que inclui mais de mil e quinhentos projectos provinciais. Não foi divulgada uma data para o início da construção da nova infra-estrutura.

As corridas de F1 só se podem realizar em pistas com o Grau 1 da FIA. Por exemplo, o Circuito da Guia, em Macau, que habitualmente acolhe corridas de Fórmula 3, é desde 2019 uma pista com homologação Grau 2 da FIA. Dentro da lusofonia, e apesar de não receber a Fórmula 1 na actualidade, Portugal ainda tem duas pistas com Grau 1 da FIA – o Autódromo Internacional do Algarve e o Autódromo do Estoril – enquanto que o Brasil conta com o Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, que anualmente acolhe o Grande Prémio.

Do sonho à realidade

Diversas fontes contactadas pelo HM revelam que, por agora, este projecto ainda está numa fase embrionária e que teremos que esperar mais um ou dois anos para perceber se avança e como avançará. A localização projectada será próxima do Aeroporto Internacional Guangzhou Baiyun, o que lhe dará uma vantagem logística, pois trata-se do segundo aeroporto mais movimentado da China.

As autoridades competentes revelaram que, se o plano for concretizado, terá um grande impacto no desenvolvimento da economia local e na indústria do turismo. Neste momento, a província de Guangdong tem dois circuitos permanente, um em Zhuhai, erguido em 1996, e outro na cidade de Zhaoqing, mais conhecido pela sua designação oficial, Circuito Internacional de Guangdong, que foi inaugurado em 2009. Apesar de terem recebido provas internacionais no passado, nenhum destes circuitos é hoje palco de eventos de dimensão internacional.

Hong Kong reagiu

Esta notícia foi bem recebida na região administrativa vizinha, onde a Associação Automóvel de Hong Kong (HKAA) aproveitou para emitir um comunicado sobre o assunto, relembrando que “Hong Kong tem estado muito atrás de Xangai e Guangzhou nesta matéria, mas várias organizações locais de automobilismo, incluindo a HKAA, têm vindo a defender um circuito em Hong Kong há muitos anos e têm trabalhado arduamente para apresentar propostas e planos. Sendo uma das cidades mais importantes da região asiática, Hong Kong preenche plenamente os requisitos para a construção de um circuito de corridas de automóveis de nível internacional em termos de localização geográfica, benefícios económicos, ambiente local e cultura automóvel, entre outros.”

Recorde-se que em 2017, foi levado ao Conselho Legislativo de Hong Kong um estudo para a construção de um circuito na zona do antigo Aeroporto Internacional de Kai Tak. A própria associação revelou que “documentos relevantes foram submetidos à apreciação das autoridades em várias ocasiões, mas, infelizmente, não se registaram grandes progressos e, até à data, ainda não existe um plano específico ou concreto.”

O comunicado termina salientando “que a criação de um circuito de F1 de nível mundial em Hong Kong, não só proporcionará um local ideal para os pilotos locais e internacionais competirem e promoverem a indústria dos desportos motorizados, como também reforçará a economia local e o desenvolvimento do turismo, além de elevar o estatuto internacional de Hong Kong. Simultaneamente, estabelecerá uma ligação com os circuitos de Xangai e Guangzhou, tornando a China no mais importante centro internacional de desportos motorizados na Ásia e reforçando ainda mais a influência da China nos desportos motorizados internacionais.”

12 Abr 2024

Futebol | Cristiano Ronaldo poderá jogar em Hong Kong em Janeiro

A Associação de Futebol de Hong Kong está a considerar convidar o Al Nassr, clube saudita onde joga Cristiano Ronaldo, para participar num torneio de quatro equipas no início de 2025. O organismo está também de olho em equipas do campeonato português. Apesar da iniciativa ainda estar numa fase inicial, uma coisa é certa: Lionel Messi não será convidado

 

Um plano para trazer Cristiano Ronaldo a Hong Kong para disputar um jogo no início de 2025 está a ser discutido pelos dirigentes do futebol da cidade.
A ideia, que está numa fase inicial, envolve a visita do Al Nassr, o clube saudita de Ronaldo, para disputar um torneio de quatro equipas, potencialmente em Janeiro. O presidente da associação local de futebol, Pui Kwan-kay, confirmou ao South China Morning Post que o organismo que dirige começou “discussões iniciais” a nível interno para concretizar aquele que é um dos desejos dos fãs de futebol de Hong Kong, Macau e da região.

Em Janeiro deste ano, Ronaldo e o Al Nassr tinham previsto na agenda dois jogos amigáveis em Shenzhen. Mas uma lesão do avançado português obrigou a que os jogos fossem cancelados na véspera da data marcada, tendo os portadores dos bilhetes sido reembolsados.

Pui Kwan-kay revelou que uma das ideias era acrescentar uma paragem em Hong Kong, caso o Al Nassr, como foi proposto, regressasse a Shenzhen para cumprir os jogos que cancelou. “Se o Al Nassr disputar jogos de exibição em algumas cidades, os custos elevados poderão ser divididos”, afirmou ao diário da região vizinha.

Caso clube saudita regresse a Shenzhen, as autoridades de Hong Kong têm em vista a marcação de jogos adicionais em Hong Kong no novo estádio da cidade, com 50 mil lugares, actualmente em construção no Kai Tak Sports Park.

“Não sei se o Al Nassr vai regressar à China, mas [trazer Ronaldo a Hong Kong] é uma boa ideia porque é um dos jogadores mais populares. O estádio Kai Tak está quase a abrir, por isso precisamos de alguns mega-eventos”, indicou o presidente da associação. O dirigente assumiu também que Hong Kong poderia “simplesmente assumir a liderança enquanto entidade organizadora, mas ainda é muito cedo para o dizer. Agora, estamos apenas na fase de consideração e discussão”.

Atenção a Portugal

Hong Kong tem tido dificuldades em atrair clubes estrangeiros de futebol desde a visita do Manchester City em Julho de 2019, com os responsáveis locais do futebol a recusarem as taxas cobradas pelos clubes da Premier League inglesa e outros destinos como Singapura e Tóquio a revelarem-se mais atractivos. Outra situação que acrescenta dificuldades à vinda de clubes ingleses é a altura apontada para estes jogos amigáveis se realizarem, nomeadamente tendo em conta a tradicional Taça do Ano Novo Lunar. Porém, Pui Kwan-kay levantou a possibilidade de convidar “equipas da Europa de Leste e da Primeira Liga Portuguesa”.

Uma equipa que “definitivamente” não está na lista de desejos de Pui é o Inter Miami, afastando a possibilidade de os dois “rivais”, Ronaldo e Messi, se encontrarem em Hong Kong. “Pessoalmente, acho que não é apropriado pedir Messi neste momento. Não será dada qualquer prioridade a Messi e à sua equipa”, acrescentou o dirigente ao South China Morning Post.

12 Abr 2024

Automobilismo | Célio Alves Dias regressa à competição esta temporada

Depois de um ano de interregno, Célio Alves Dias vai regressar este ano ao activo na competição de carros de Turismo organizada pela Associação Geral Automóvel de Macau-China, a Macau Roadsport Challenge. As duas provas agendadas para o Circuito Internacional de Zhuzhou, servem também para apurar os pilotos locais para a 71ª edição do Grande Prémio de Macau

 

O piloto macaense que venceu a Taça de Carros de Turismo de Macau em 2021 esteve afastado do automobilismo local na época passada por motivos pessoais, mas fará este ano a sua estreia na competição que junta em pista os Toyota GR86 (ZN8) e os Subaru BRZ (ZD8). A confirmação chegou-nos através do próprio piloto que avançou para este projecto na véspera do encerramento das inscrições na passada sexta-feira.

Apesar da vasta experiência em provas da especialidade, tendo conduzido várias gerações de carros de Turismo, Célio Alves Dias nunca tripulou os novos bólides que a AAMC introduziu na sua competição em 2023. O piloto do território está expectante para o novo desafio que tem pela frente e aguarda pela oportunidade de testar o seu Toyota do outro lado das Portas do Cerco.

“Estou muito contente por regressar, mas por agora não tenho muito que possa dizer. Ainda não experimentei o carro e o chassis não foi feito pela nossa equipa”, explicou o piloto da Fu Lei Loi Racing Team ao HM, acrescentando que “comprei este carro em segunda mão. Este está ainda em Macau e estou a pedir para o enviar, o mais rapidamente possível, para a China, para tentar afiná-lo.”

Em contagem decrescente

Célio Alves Dias espera ter a oportunidade de testar a sua nova máquina antes do arranque da competição no circuito de Zhuzhou no próximo mês. O trabalho de oficina está já a ser preparado e o objectivo passa “por trocar algumas peças, como as suspensões. Vou também baixar o carro um bocado e tenho que experimentar o carro. Encontrar uma boa afinação para este carro logo de início vai ser importante porque nunca guiei este carro anteriormente”.

Sendo um nome português habitual no Grande Prémio de Macau nas últimas décadas, Célio Alves Dias estreou-se em 2000 e desde aí foi uma presença assídua e sem faltas na prova até 2023. Se este ano conseguir o “carimbo” para a grande prova de final de ano, esta será a sua vigésima quarta participação em provas no Circuito da Guia.

Partindo em desvantagem face aos seus mais directos adversários, por não ter competido no ano passado com estes carros, e por também desconhecer o traçado de Zhuzhou, o piloto da RAEM acredita que mesmo assim é possível qualificar-se para o Grande Prémio do mês de Novembro.

“Espero que sim. Vou tentar o meu melhor”, refere Célio Alves Dias. “Eu sei que muitos deles [adversários] já começaram a preparar-se. O pilotos de Hong Hong já mandaram o carro para este circuito e já estão a testar, mas a malta de Macau ainda não, pois estamos a aguardar o envio dos carros”.

As duas jornadas duplas do Macau Roadsport Challenge planeadas para o traçado localizado na Província de Hunan estão agendadas para os fins-de-semana de 11 a 12 de Maio e de 6 a 7 de Julho. O 71º Grande Prémio de Macau decorrerá de 14 a 17 de Novembro.

9 Abr 2024

AAMC vai apostar na Taça GT – Corrida da Grande Baía

Para além da competição de carros de Turismo, Macau Roadsport Challenge, a Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) irá promover este ano a Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) com duas provas de qualificação no Interior da China em 2024.

A AAMC não ficou alheia ao crescimento da categoria GT4 na região e aproveitou o empurrão dado pela boa adesão no Grande Prémio de Macau do ano passado para colocar esta sua competição no programa do Macao Touring Car Series (MTCS). Sendo assim, os carros da categoria GT4 vão também participar nas duas jornadas planeadas pela associação do território para o Circuito Internacional de Zhuzhou, sendo que a primeira prova será disputada de 10 a 12 de Maio e a segunda de 5 a 7 de Julho.

Serão quatro corridas de 15 voltas ao circuito da Província de Hunan que servirão de qualificação para o Grande Prémio de Macau em Novembro. Tal como acontecerá na competição de carros de Turismo, segundo o regulamento desportivo da competição de GT4: “A classificação das duas provas e os pontos da série serão enviados à Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau para que esta avalie se os melhores pilotos serão convidados a participar no 71º Grande Prémio de Macau”.

Para manter a competição credível, seguindo o exemplo do que tinha sido adoptado na edição de 2023 do Grande Prémio, a AAMC irá recorrer ao “Balance of Performance” (BoP) da empresa franco-britânica SRO Motorsport para a categoria. Este mecanismo regulamentar que equilibra a performance das diferentes viaturas é usado nos principais campeonatos de GT4, incluindo o europeu da especialidade, o campeonato japonês ou até mesmo no revitalizado Campeonato de Portugal de Velocidade.

De acordo com a lista publicada, a Taça GT – Corrida da Grande Baía (GT4) vai acolher os BMW M4, os Ginetta G55, os KTM X BOW, os McLaren 570S, os Mercedes-AMG GT4, os Porsche 718 GT4 CS e RS, os Toyota GR Supra e os Lotus Emira. Contudo, é esperado que outros carros não listados mas homologados, como o Audi R8 LMS GT4 ou o Aston Martin Vantage GT4, sejam igualmente aceites. Qualquer piloto com Licença Desportiva Internacional C poderá participar, não existindo restrições à participação apenas a pilotos da região da Grande Baía.

Em crescimento

Só na Taça GT – Corrida da Grande Baía do 70.º Grande Prémio de Macau, dos dezoito concorrentes que se inscreveram com carros da classe GT4, quinze tinham licença desportiva da RAEM. Este tipo de viaturas Grande Turismo “low cost”, que não são tecnicamente demasiado complexas, tem um preço que ronda os 2 milhões de patacas, existindo oferta no mercado em segunda mão por preços ainda mais acessíveis. O menor custo dos carros GT4, em comparação com a categoria FIA GT3, e a sua relativa fácil manutenção têm ajudado à implementação da categoria nesta parte do globo.

“Os pilotos aspirarão sempre a competir na classe superior, mas a GT4 é um importante trampolim para lá chegar. Da mesma forma, e penso que é aqui que estamos a ver mudanças de atitude, também é agora visto como uma classe digna por direito próprio”, disse ao HM, no passado mês de Novembro, Benjamin Franassovici, o responsável pela Ásia da SRO Motorsport Group, a empresa europeia que criou e tem os direitos da categoria GT4 para todo o mundo.

A edição passada da Taça GT – Corrida da Grande Baía foi dominada pelos novos Lotus Emira GT4, com Luo Kailuo e Adam Christodoulou a oferecerem uma “dobradinha” à reputada marca britânica, que hoje pertence ao grupo automóvel chinês Geely, e cujo o CEO se deslocou pela primeira vez ao Circuito da Guia para assistir ao vivo a este triunfo.

25 Mar 2024

Maria Tomé em 24.º na Taça do Mundo de triatlo em Hong Kong

A portuguesa Maria Tomé terminou hoje no 24.º lugar a Taça do Mundo de triatlo disputada em Hong Kong, numa competição que foi ganha pela britânica Rainsley Sean.

Na prova que foi disputada da distância sprint, com 750 de natação, 20 quilómetros de bicicleta e cinco quilómetros de corrida, Maria Tomé terminou a competição com o tempo de 01.01,20 horas, enquanto Melanie Santos, outra lusa presente, foi 38.ª, com 01.02,30.

A competição foi ganha pela britânica Rainsley Sian, em 59,44 minutos, com as norte-americanas Katie Zaferes e Kirsten Kasper a terminarem em segundo e terceiro, respetivamente. A competição masculina, que não contou a presença de atletas portugueses, foi ganha pelo espanhol Alberto González Garcia.

24 Mar 2024

Kenjiro Shinozuka, primeiro japonês a vencer o Paris-Dakar, morreu aos 75 anos

O piloto Kenjiro Shinozuka, o primeiro japonês a vencer o Rali Paris-Dakar, morreu hoje, aos 75 anos, em consequência de um cancro no pâncreas, noticia a comunicação social nipónica. Shinozuka disputou pela primeira vez a prova rainha de todo-o-terreno em 1986, coincidindo com aposta da Mitsubishi na especialidade, e sagrou-se campeão nove anos mais tarde, em 1997, ao volante de um Pajero.

O japonês terminou no segundo lugar em 1988 e 1998 e no terceiro em 1987, 1992, 1995 e 2002, tendo participado no Dakar até 2007, apesar de ter sofrido um grave acidente em 2003, na sequência do qual chegou a ser colocado em coma induzido.

Natural de Tóquio, Shinozuka iniciou a ligação à Mitsubishi como mecânico, tendo começado a carreira de piloto no campeonato japonês de ralis, categoria em que obteve dois triunfos no Campeonato do Mundo, ambas no Rali da Costa do Marfim, em 1991 e 1992.

19 Mar 2024

Automobilismo | André Couto ganha na Malásia as 12 Horas de Sepang

Dificilmente a temporada desportiva poderia ter começado melhor para André Couto. O piloto do território venceu a classe GTC nas 12 Horas de Sepang, a “clássica” de resistência do continente asiático, que teve lugar no Circuito Internacional de Sepang, na Malásia.

O piloto português aceitou um convite de última hora da Madness Racing Team – inscrita como D1 Racing Team – para conduzir um Lamborghini Super Trofeo EVO2 na prova de resistência malaia, fazendo equipa com os pilotos chineses Hong Shijie, Chen Fang Ping e He Xinyang. Rapidamente, André Couto assumiu a liderança da formação de Hong Kong, ajudando-a a colocar o carro de fabrico italiano no topo da tabela de tempos da categoria GTC durante a sessão de qualificação de sexta-feira.

Pelas 10h00 da manhã de sábado, os dezassete GT3, GTC e TCR, todos eles pertencentes a equipas da região Ásia-Pacifico, fizeram-se ao asfalto muito quente da antiga pista de Fórmula 1 da Malásia para meio dia de ritmo elevado numa das mais duras corridas de resistência de velocidade nesta parte do globo. A liderança na classe só esteve em causa pontualmente no início da corrida, quando na abordagem para a primeira curva André Couto não conseguiu evitar um ligeiro toque num Audi R8 LMS GT3 que travou demasiado cedo.

Recuperada a primeira posição, o Lamborghini Super Trofeo EVO2 nº710 nunca mais foi importunado pela concorrência, com a equipa a ver a bandeira de xadrez com duas voltas de avanço sobre os mais directos adversários e no oitavo lugar da classificação geral.

“É uma excelente sensação dar início à temporada com uma vitória”, disse André Couto no “flash interview” da corrida. “Parabéns aos meus colegas de equipa, especialmente os que estavam a fazer a sua primeira corrida de sempre (n.d.r: Chen e He) e terminaram no pódio, o que é fantástico. Estamos todos muito felizes e agradecidos à equipa”.

A preparar o futuro

Depois de ter competido pela Dongfeng Honda Racing Team em algumas provas do TCR China na época passada, incluindo no Grande Prémio de Macau, André Couto tem estado ocupado com as suas actividades de “Driver Coach”, mas também de pilotos de testes. O piloto da RAEM tem participado nos testes de desenvolvimento de pneus de uma marca chinesa para uma disciplina de monolugares, onde tem vindo a usar a sua experiência adquirida em mais de uma dezena de anos a trabalhar ao mais alto nível no automobilismo japonês.

Apesar de ainda não ter um programa desportivo confirmado para este ano, André Couto mostra-se confiante que esta corrida lhe possa abrir portas no universo das corridas da Lamborghini. Recorde-se que esta não foi a primeira ligação de André Couto à marca de Sant’Agata Bolognese, tendo o piloto de Macau participado com um Huracán GT3 no campeonato japonês Super GT de 2019, onde foi oitavo classificado da categoria GT300, no Asian Le Mans Series 2019/2020 e competido ainda com um carro igual na Taça do Mundo FIA de GT do Grande Prémio de Macau em 2016.

18 Mar 2024

GP | Provas de apuramento de pilotos locais serão em Hunan

A Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) publicou no passado fim de semana o regulamento técnico e desportivo do campeonato de carros de Turismo de Macau, cuja designação oficial, em inglês, será Macao Touring Car Series (MTCS) – Macau Roadsport Challenge

 

Os concorrentes do território e das regiões vizinhas vão este ano trocar de palco, deixando o Circuito Internacional de Guangdong, nos arredores da cidade de Zhaoqing, para rumarem ao mais moderno Circuito Internacional de Zhuzhou. Serão duas as jornadas planeadas para o traçado localizado na Província de Hunan, sendo que a primeira será disputada de 10 a 12 de Maio e a segunda de 5 a 7 de Julho.

O MTCS vai manter praticamente o mesmo regulamento técnico introduzido, com sucesso, na temporada passada. Sendo assim, a competição irá aceitar os Toyota GR86 (ZN8) e os Subaru BRZ (ZD8) que no passado mês de Novembro vimos em acção no Circuito da Guia. Cada uma das duas provas será composta por uma sessão de treinos livre de 30 minutos, uma sessão de treinos de qualificação de 30 minutos e duas corridas, cada uma com a duração de 15 voltas ou 30 minutos.

A taxa de inscrição para estas duas provas será de 15 mil renmimbi, e não patacas, e o sorteio de centralinas antes do início de cada evento irá manter-se, uma medida vista com bons olhos para travar qualquer iniciativa de ganhar vantagem via desenvolvimento da electrónica. A obrigatoriedade de usar um fornecedor de pneus apontado pela organização é talvez a grande novidade para 2024. Se até aqui a escolha das “borrachas” era livre, este ano a escolha da organização recaiu nos pneus Sailun PC01. A marca chinesa originária de Qingdao não tem tradição no desporto motorizado, para além de algumas incursões na modalidade de Drift, mas esta será uma das primeiras iniciativas da Sailun para se afirmar no automobilismo.

Visto para o GP

O programa da 71.ª edição do Grande Prémio de Macau ainda não foi apresentado, mas haverá certamente menos vagas para os pilotos das corridas locais, devido ao facto do evento regressar ao seu formato original de um fim de semana só. Em 2023, os pilotos da competição bi-marca local puderam correr no Circuito da Guia na Corrida Macau Roadsport Challenge, no primeiro fim de semana, e no Desafio do 70.º Grande Prémio de Macau, no segundo fim de semana.

Este ano, é previsível que só se realize uma corrida com os apurados das corridas de Zhuzhou, o que aumentará a importância e a dificuldade destes dois eventos para os pilotos do território. Segundo o regulamento desportivo: “A classificação das duas provas e os pontos da série serão enviados à Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau para que esta avalie se os melhores pilotos serão convidados a participar no 71.º Grande Prémio de Macau”.

É obrigatório para cada inscrito a participação nas duas provas, com o mesmo piloto e no mesmo carro. Uma vez efectuada a inscrição e aceite, o piloto não pode mudar de viatura, excepto por um motivo aceite pelos Comissários Desportivos. Por outro lado, todo e qualquer “concorrente só pode participar no 71.º Grande Prémio de Macau com a mesma inscrição no Macao Touring Car Series (MTCS), com o mesmo piloto no mesmo carro”, não havendo possibilidade de transferências de lugares e de viaturas.

O regulamento desportivo também é claro ao permitir a participação de pilotos, com licença internacional, de todas as proveniências, não limitando assim estas duas provas de apuramento aos pilotos da RAEM, Hong Kong e Interior da China.

15 Mar 2024

GP Macau | FIA não mexe no formato da Taça do Mundo

O Conselho Mundial de Automobilismo da Federação Internacional do Automóvel (FIA) confirmou no final da tarde de quarta-feira a continuidade de Macau como o palco de mais uma edição da Taça do Mundo de GT da FIA, a competição de “sprint” mais importante da popular categoria de carros GT3.
Numa comunicação esperada, visto que em 2023 a FIA e a Comissão Organizadora do Grande Prémio de Macau assinaram um contrato de três anos, o órgão federativo referiu: “A sétima edição da Taça do Mundo de GT da FIA terá lugar no Circuito da Guia, de 12 a 17 de Novembro, no âmbito do Grande Prémio de Macau de 2024”.
Com a presença de várias equipas e pilotos de fábrica, a edição passada da Taça do Mundo foi ganha pelo italiano Rafaelle Marciello em Mercedes-AMG GT3. O sucesso da prova fez com que a FIA apostasse nos mesmos moldes para este ano. Os regulamentos desportivos e técnicos da competição também foram aprovados, e o formato mantém-se inalterado, com duas sessões de treinos de 30 minutos seguidas de uma única qualificação com a mesma duração.
A entrega deste prestigiado troféu “será realizada em duas corridas, com uma corrida de qualificação de 12 voltas seguida de uma corrida principal de 16 voltas para decidir o título”. Diz também o comunicado que pelo segundo ano consecutivo, “a Taça do Mundo de GT da FIA irá utilizar combustível sustentável fornecido pela ETS Racing Fuels”.
O Conselho Mundial também confirmou a Corrida da Guia como a prova de encerramento do campeonato FIA TCR World Tour. Por outro lado, não houve qualquer menção à prova de Fórmula 3 no comunicado difundido pela FIA à imprensa.

3 Mar 2024

Reino Unido | Macau em destaque na imprensa britânica

Na semana passada, Macau foi notícia no desporto motorizado do Reino Unido, tanto nos automóveis, como nas motos. Curiosamente, este destaque não está relacionado com o Grande Prémio, mas sim com a equipa de motociclismo FHO Racing e o piloto Kevin Tse

 

O nome da FHO Racing, propriedade de Faye Ho, saltou novamente para os jornais, após a empresária de Macau anunciar que a sua equipa não irá competir na North West 200, umas das corridas “clássicas” de estrada do motociclismo mundial. A proprietária e chefe de equipa afirmou que, após discussão com os seus pilotos Peter Hickman e Josh Brookes, a FHO Racing não estará presente “simplesmente devido à logística e ao facto de o evento ser entre provas do BSB (Campeonato Britânico de Superbike), e depois directamente para a TT”.

Para além da Ilha de Man TT deste ano, que terá início a 27 de Maio, as provas do BSB em Oulton Park e Donington Park também terão lugar no mesmo mês da North West 200, na Irlanda do Norte. Além disso, a responsável da equipa acrescenta que a decisão “permite que a equipa se concentre totalmente nos seus compromissos no Campeonato Britânico de Superbike, bem como na Ilha de Man TT”.

“No ano passado, como equipa, não nos sentimos 100% prontos quando fomos para o TT e isso é algo que nenhum de nós quer”, explicou a neta de Stanley Ho. “Claro que existe a situação do ano passado no evento, que foi tida em conta na nossa decisão, mas, em última análise, a principal razão deve-se simplesmente ao facto de o calendário estar com provas muito próximas entre si.”

Perante esta má notícia, os organizadores do North West 200 afirmam estar “desapontados” com a ausência da equipa FHO Racing, mas desejaram à equipa da empresária da RAEM “uma época de 2024 com segurança e bem-sucedida”. O vencedor da última edição do Grande Prémio de Motos de Macau, Peter Hickman, optou, no entanto, por estar presente na North West 200 deste ano, mas apenas com as suas próprias motos, assistidas pela PHR Performance, uma decisão que teve o aval da FHO Racing, com quem tem contrato.

 

Tse de Mercedes GT3

Entretanto, Kevin Tse Wing Kin foi o primeiro piloto de Macau a confirmar uma temporada além-fronteiras para 2024, ao anunciar que irá tripular um Mercedes-AMG GT3 com o alemão Maximilian Goetz pela equipa 2 Seas Motorsport, no Campeonato Britânico de GT.

Tse, que correu com um McLaren 720S da Sky Tempesta no Campeonato Britânico de GT de 2023 e terminou em segundo lugar na classificação da Silver-Am na época passada, mudou de ares este ano. Contudo, o piloto residente em Hong Kong e com licença de Macau também não é estranho às máquinas Mercedes-AMG, pois pilotou um carro igual para a equipa Sky Tempesta – que era supervisionada pela 2 Seas Motorsport na época passada – em dois eventos em 2022 e na prova de 2021 de Outon Park que venceu pela equipa RAM Racing.

“Depois de uma temporada completa na classe a GT3 Silver-Am, estou extremamente entusiasmado por me graduar para a classe Pro-Am no Campeonato Britânico de GT em 2024”, disse Tse. “A 2 Seas provou ser extremamente bem-sucedida ao longo dos anos, e a cereja no topo do bolo para mim é conduzir com o Maximilian. O campeão do DTM de 2021 não precisa de apresentações e, com ele a guiar-me ao longo do ano, estou ansioso por melhorar as minhas capacidades de condução. Está tudo a preparar-se para ser uma época fantástica!”

O novo copiloto de Tse tem um currículo formidável. Goetz está ao serviço da Mercedes-AMG há mais de uma década, tendo vencido as 24 Horas de Spa em 2013, antes de conquistar, no ano seguinte, o que agora é a coroa da Fanatec GT Europe Sprint Cup. O seu maior sucesso até à data chegou em 2021, quando Goetz, um dos habituais pilotos da Mercedes-AMG na Taça do Mundo de GT da FIA em Macau, conquistou o título do DTM durante uma dramática corrida final, tendo também vencido corridas no Fanatec GT Asia, no Intercontinental GT Challenge e no ADAC GT Masters.

27 Fev 2024

TCR World Tour muda calendário, mas não toca no GP

A principal competição de carros de Turismo na pirâmide da Federação Internacional do Automóvel (FIA) irá novamente passar por Macau este ano, no mês de Novembro, para a sua finalíssima, apesar das alterações forçadas a que o calendário do FIA TCR World Tour será sujeito

 

As provas australianas do FIA TCR World Tour, que estavam previstas para Sydney e Bathurst, em 2024 foram canceladas, tendo o WSC Group, a entidade promotora da competição para carros TCR, informado o Australian Racing Group, o promotor dos eventos e do TCR Australia, que “não está em condições de correr na Austrália em 2024”.

As causas para o cancelamento das duas provas da Oceania estão no enorme desafio e nos atrasos na logística internacional, e a escala de tempo apertada entre os eventos planeados na Austrália e em Macau – com os três eventos realizados no espaço de apenas 16 dias, todos em Novembro.

O TCR World Tour realizou eventos na Austrália e em Macau no final de 2023, dentro de um calendário igualmente apertado, mas este ano o WSC Group de Marcello Lotti não quis arriscar. A incerteza e o aumento do custo do transporte marítimo internacional que faz a travessia pelo Mar Vermelho pelo Iémen, com vários navios a serem atacados pelos rebeldes Houthi nos últimos meses, foi o motivo para esta drástica medida. Entre cancelar as duas corridas em solo australiano ou o evento icónico da RAEM, a opção recaiu pelas duas concorridas provas da Austrália.

 

O peso chinês

Marcello Lotti, o Presidente da WSC e o autor do conceito TCR, explicou a razão para estas alterações imprevistas. “Na sequência do encerramento do Canal do Suez, em consequência da actual crise do Mar Vermelho, e do seu subsequente impacto na indústria naval e dos grandes atrasos daí resultantes, o WSC Group, o promotor do Kumho FIA TCR World Tour, não teve outra alternativa senão reavaliar o calendário desta época”, afirmou o empresário italiano.

“O plano original era enviar o equipamento do Uruguai, após a quinta prova realizada em El Pinar (Uruguai), de 2 a 4 de Agosto, directamente para a China para o evento subsequente agendado em Zhuzhou de 20 a 22 de Setembro”, acrescentou Lotti. “No entanto, os atrasos no transporte impossibilitam que a carga seja entregue a tempo, deixando em dúvida a prova chinesa do campeonato, bem como as duas rondas seguintes na Austrália.”

O crescimento da categoria TCR na Ásia, nomeadamente na China, e o facto de a Corrida da Guia ser uma das provas mais mediáticas do calendário, com uma exposição internacional fortíssima, obrigou o WSC Group a ter que optar pela manutenção das provas em território chinês e preterir a ida à Austrália.

“Na sequência de consultas com as principais partes interessadas do campeonato e com as equipas participantes, foi tomada a difícil decisão de retirar as duas provas australianas (7ª ronda no Sydney Motorsport Park e a 8ª ronda no Mount Panorama Circuit) do calendário do Kumho FIA TCR World Tour deste ano, com a intenção de as reintegrar no calendário em 2025”, concluiu Lotti.

O calendário do FIA TCR World Tour actualizado será submetido à aprovação do Conselho Mundial do Automobilismo da FIA na próxima reunião que terá lugar a 28 de Fevereiro. O 71º Grande Prémio de Macau disputa-se de 14 a 17 de Novembro.

22 Fev 2024

Faleceu a primeira senhora a correr de moto na Guia

O motociclismo português está de luto. Faleceu aos 57 anos, vítima de doença, Fernanda Ramos, a primeira senhora a correr de moto no Circuito da Guia, em Macau

Em 2022, Nadieh Schoots foi a primeira senhora a participar no Grande Prémio de Motos de Macau, mas a verdade é que a holandesa não foi a primeira senhora a participar em corridas de motos no Circuito da Guia. Em 1997, com muito menos impacto mediático, Fernanda Ramos escreveu história no maior evento desportivo de carácter anual do território, ao alinhar na Corrida Super Challenge, para Superbikes, terminando num honroso 12.º lugar.

A piloto natural de Vila Real e residente em Lisboa, que anos antes se tinha estreado no Troféu Honda CBR nas pistas portuguesas, teve nas sinuosas ruas de Macau o seu baptismo de fogo nos palcos internacionais. Não se intimidando com o cenário temeroso do Circuito da Guia, Fernanda Ramos esperava, no entanto, ainda fazer melhor resultado na corrida, tendo em conta a evolução que revelou dos treinos para a corrida de dez voltas.

A transmontana disputou a Corrida Super Challenge, que na altura estava apenas aberta aos pilotos portugueses e pilotos provenientes de países asiáticos, com uma Ducati 916 SP, uma moto que nunca tinha tripulado até aquele fim de semana de Novembro e muito mais potente que as 600cc com que competia em Portugal na altura.

“Gostei muito do circuito, mas o facto de não estar habituada à moto e de não conhecer a pista nunca me permitiu andar realmente depressa”, disse ao jornal português AutoSport, no final da corrida. Porém, a piloto e instrutora de condução estava naturalmente satisfeita com o facto de entre a qualificação e a corrida ter melhorado a sua volta mais rápida em oito expressivos segundos.

Ao jornal South China Morning Post, em jeito de gozo, a portuguesa foi muito mais assertiva: “Desta vez estava a correr com a cabeça. Da próxima vez, vou correr com os meus tomates – isso se os tiver.”

Citada na primeira pessoa, esta semana, pelo portal português especializado andardemoto.pt, Fernanda Ramos contava: “Nasci numa pequena cidade do norte de Portugal, Vila Real, considerada o equivalente português da Ilha de Man devido à sua tradição em corridas de rua. 1997 foi o meu ano mais feliz, corri no Grande Prémio de Macau, com uma Ducati 916 SP. Em 44 anos de corridas no Grande Prémio de Macau, fui a única mulher a correr lá (de moto).”

Fernanda Ramos não regressou ao Circuito da Guia, voltaria mais tarde à China, para fotografar, outra das suas paixões, a estreia do MotoGP no país em 2005. Contudo, a sua marca ficará para sempre na história do Grande Prémio de Macau.

8 Fev 2024

GP Macau | Félix da Costa não esconde que gostaria de voltar à Guia

António Félix da Costa, o único piloto português a vencer a corrida principal do Grande Prémio de Macau por duas ocasiões (2012 e 2016), voltou a relembrar que o Circuito da Guia é o seu circuito predilecto, como também desvendou que esteve muito perto de regressar a Macau para participar no 70.º Grande Prémio de Macau

 

No popular podcast brasileiro “Pelas Pistas”, que contou com a apresentação Thiago Alves e dos ex-pilotos de Fórmula 1, Christian Fittipaldi e Nelsinho Piquet, o piloto de Cascais voltou a classificar o Circuito da Guia como seu traçado favorito, “é um flow inacreditável, quando acertas…”, referiu com entusiasmo de quem tem uma enorme admiração pelo circuito citadino do território.

Questionado por Nelsinho Piquet, piloto que correu em Macau em 2003 e 2004 antes de rumar à Fórmula 1, se já tinha corrido num carro de GT no traçado citadino da RAEM, Félix da Costa deixou claro que “não”, mas que é algo que “quero muito”, passando a explicar que “quando eu lá corri de Fórmula 3, o tempo da pole-position era 2:14 ou 2:12, mas agora o carro é outro, e fazem tempos inferiores a 2:10, mas os GT já fazem tempos de 2:14, muito rápidos. Neste (último) ano (o nível) estava muito bom, muitos carros e pilotos bons. Era algo que eu gostaria de fazer.”

Félix da Costa competiu no evento de Macau por cinco ocasiões. Depois do sexto lugar na estreia em 2010 e o abandono no ano seguinte, Félix da Costa conquistou o título mais apreciado da Fórmula 3 em 2012 ao volante de um monolugar que hoje pode ser visto no Museu do Grande Prémio. Regressaria no ano seguinte, terminando em segundo, para voltar a subir ao primeiro lugar do pódio em 2016.

 

Regresso esteve próximo

Nas vésperas da 70.ª edição do maior cartaz desportivo da RAEM, o nome de Félix da Costa foi apontado pela imprensa de Hong Kong ao lugar vago no terceiro monolugar da Rodin Carlin a ser inscrito no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 – Taça do Mundo de F3. A equipa britânica que estava a passar um momento conturbado, que culminou com o despedimento do seu fundador Trevor Carlin, acabou mesmo por não alinhar com um terceiro carro na corrida ganha pelo inglês Luke Browning.

O piloto natural de Cascais que tem contrato com a marca Porsche confirmou que teve “uma proposta para participar de Fórmula 3 e não fui, mas quase que fui”. Mesmo não tendo revelado a identidade da equipa, Félix da Costa reconheceu que “até disse que sim, mas ia ter um dia de testes nessa mesma semana e a Porsche bem que ficou… e pronto, enfim!”

O piloto português continua a fazer parte da TAG Heuer Porsche Formula E Team, a equipa oficial da Porsche Motorsport no Campeonato do Mundo de Fórmula E da FIA, para monolugares com motorização eléctrica. Para este ano, a marca germânica decidiu que os seus dois pilotos, Félix da Costa e o alemão Pascal Wehrlein, não podiam participar noutros campeonatos ou competições fora da Fórmula E, o que obrigou Félix da Costa a abandonar o seu programa no Campeonato do Mundo de Endurance da FIA (WEC).

O piloto português vai regressar à República Popular da China no fim de semana de 25 e 26 de Maio, para disputar a prova de Xangai do Campeonato do Mundo de Fórmula E da FIA.

4 Fev 2024

Fórmula E | Di Grassi sugere Circuito de Macau para os próximos carros

Lucas Di Grassi, o piloto brasileiro que venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 em 2005, e um dos pilotos com mais provas disputadas no Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E, sugere que o Circuito da Guia seria o palco ideal para provar a performance da próxima geração de viaturas eléctricas de competição

 

Numa altura em que o Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E já trabalha na quarta geração de monolugares, a chamada Gen4, cuja introdução está prevista para a temporada de 2026/2027, Lucas di Grassi acredita que o desempenho destes carros irá traduzir-se numa maior rapidez e performance, o que significa que a competição estreada em 2014 pode finalmente ambicionar correr nos grandes palcos do automobilismo, em vez de circuitos citadinos improvisados e com pouco carisma. O piloto paulista sugere o exigente Circuito da Guia como a bitola para a próxima geração de monolugares propulsionados a electricidade.

“Em termos de desempenho, eu teria exigido que o Gen4 pudesse correr em todo o Circuito da Guia de Macau e que, pelo menos numa volta de qualificação, fosse mais rápido do que os carros de Fórmula 3 e GT3. Para mim, isso seria um grande indicador de que seguimos na direção certa”, referiu o ex-piloto de F1 numa crónica escrita na reputada revista inglesa Autosport.

A próxima geração de carros de Fórmula E, a construir pela francesa Spark Racing Technology, terão quatro rodas motrizes e serão capaz de debitar 600kW (cerca de 800cv). A Bridgestone será o fornecedor de pneus, enquanto a Marelli irá ser responsável pelo “powertrain” e a Podium Advanced Technologies pelas baterias.

“A essência da Fórmula E são as corridas em circuitos citadinos”, referiu o actual piloto da ABT Cupra. “O melhor circuito urbano do mundo é Macau, portanto qual o melhor lugar que deveremos ambicionar (um dia correr) tendo o carro mais rápido?”

Sugestão da FIA

Recorde-se que em 2013, Jean Todt, visitou o Grande Prémio de Macau no sexagésimo aniversário do evento, e o então presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA) disse à imprensa que faria todo o sentido que o campeonato de carros eléctricos, que na altura estava a dar os seus primeiros passos, tivesse um dia um evento na RAEM. Terão existido até contactos para que o campeonato realizasse um evento no território, mas a resposta de Macau terá sido “vamos esperar para ver”, pois a competição precisava de tempo para amadurecer.

Com o Circuito da Guia a ser incompatível com as necessidades dos monolugares eléctricos da altura e com o território sem grande vontade em realizar corridas numa outra localização, a vizinha Hong Kong acabou por avançar com a sua etapa da Fórmula E – em 2016, 2017 e 2019 – acabando por a perder em 2019 com a pandemia.

Regresso ao Interior da China

O Campeonato do Mundo FIA de Fórmula E regressa ao Interior da China este ano, um país que serviu de palco para estreia do campeonato em 2014. Depois de passagens por Pequim, pela ilha de Sanya e pela Região Administrativa Especial de Hong Kong, a competição de monolugares eléctricos vai finalmente cumprir o sonho de competir em Xangai. Após estudadas várias alternativas, a organização do campeonato decidiu que o ideal era mesmo utilizar o Circuito Internacional de Xangai. Os carros da Fórmula E não vão usar o circuito do Grande Prémio da China de Fórmula 1, mas sim um traçado alternativo e mais curto, muito mais adequado às performances destes carros que necessitam de vários pontos de travagem para regenerarem energia.

25 Jan 2024

Fãs de Ronaldo invadem hotel do Al Nassr após adiamento da digressão na China

Adeptos chineses desiludidos com a decisão do Al Nassr de cancelar jogos particulares na China, devido a lesão de Cristiano Ronaldo, invadiram na terça-feira o hotel onde a equipa estava hospedada, para tentar ver o português. Ronaldo é a principal atracção para os adeptos chineses e, sem ele, foi decidido que o melhor seria adiar as partidas frente ao Shanghai Shenhua e ao Zhejiang, para data a anunciar.

“Como sabem, no futebol há coisas que não se podem controlar”, afirmou o português, em conferência de imprensa, na cidade de Shenzhen, no sudeste da China. “Vamos voltar para fazer o povo chinês feliz, é esse o meu objectivo. Quero jogar para vocês. Não fiquem tristes porque eu estou triste e espero que compreendam as circunstâncias de um jogador de futebol”, vincou.

Milhares de adeptos, que viajaram de toda a China para assistir aos jogos, acorreram então ao hotel, o Mandarin Oriental. Os funcionários não conseguiram resistir aos avanços e algumas dezenas conseguiram entrar no átrio, segundo vídeos difundidos nas redes sociais.

Outro vídeo mostra os adeptos no exterior do hotel a gritarem repetidamente o nome de Ronaldo. A polícia acabou por ser chamada e conseguiu restabelecer a ordem, de acordo com a imprensa local. Na rede social chinesa Weibo, o pedido de desculpas de Ronaldo foi o tema mais comentado na terça-feira, com mais de 19 milhões de visualizações.

Os bilhetes para os dois jogos esgotaram-se poucas horas depois de terem sido postos à venda no início de janeiro. Os organizadores declararam que seria criado um “canal de reembolso incondicional o mais rapidamente possível”.

Apesar do adiamento das partidas, o Al Nassr viajou para a China, incluindo Ronaldo, e ontem emitiu um comunicado manifestando a disponibilidade para continuar em solo chinês em estágio, enquanto se encontram novas datas.

“C Luo”, Cristiano Ronaldo em chinês, é o português mais conhecido na China, onde o futebol tem tido renovado interesse, à medida que o Governo chinês almeja colocar a seleção do país entre as melhores do mundo. A selecção chinesa falhou na segunda-feira a qualificação para os oitavos de final da Taça Asiática, após dois empates em três jogos na fase de grupos, em que não marcou qualquer golo.

A Associação Chinesa de Futebol (CFA, na sigla em inglês), o organismo estatal que funciona como uma federação, está envolvida em vários casos de corrupção. Cerca de dez responsáveis da CFA, incluindo o antigo presidente Chen Xuyuan, foram afastados em 2022, por suspeitas de corrupção.

Chen admitiu ter recebido grandes quantidades de dinheiro de jogadores do mundo do futebol que queriam cair nas suas boas graças. Também o ex-treinador da selecção chinesa de futebol Li Tie confessou recentemente ter pago o equivalente a cerca de 400 mil euros para garantir a sua contratação, em Janeiro de 2020.

25 Jan 2024

Automobilismo | Rui Valente já delineou a temporada 2024

Se há um piloto de Macau que começa cedo a preparar a sua temporada desportiva, esse piloto é Rui Valente. O veterano piloto português teve uma participação no 70.º Grande Prémio de Macau quase para esquecer, mas isso não o desmotivou, bem pelo contrário

 

Rui Valente está decidido a regressar em força em 2024, colocando a fasquia alta: “Gostaria de vencer, tanto o campeonato, como no Grande Prémio de Macau”, explicou ao HM. E o plano para lá chegar já está delineado: “vou continuar a correr no Subaru e fazer algumas provas no Mini, aquelas de uma hora do GIC (Circuito Internacional de Guangdong), para manter a forma. Lá para Fevereiro começamos a rodar outra vez”.

Depois de ter dado boas indicações nas corridas de qualificação, em Zhaoqing, a estreia de Rui Valente no Circuito da Guia com o novo Subaru BRZ não foi brilhante. O piloto do território já não conduzia um carro com tracção à frente desde o BMW M3 em 1995, mas partia para as corridas do Desafio do 70.º Grande Prémio de Macau altamente motivado e a acreditar que um lugar no pódio era plausível. Contudo, nem tudo correu de acordo com as expectativas iniciais, e depois de ter corrido atrás do prejuízo nos treinos, um toque na corrida, na travagem para a Curva Lisboa, ditou o fim das possibilidades de obter um bom resultado.

“Tínhamos as afinações totalmente erradas para Macau, que fomos alterando ao longo do fim de semana para melhorar, depois de uma qualificação desastrosa. Infelizmente, um toque de um adversário estragou a possibilidade de conseguir um bom resultado na corrida”, recorda o piloto inscrito pela Premium Racing Team, que é uma uma presença habitual nas corridas do Grande Prémio desde 1988, ano em que se estreou na prova com um pódio, na então Corrida de Iniciados.

À espera do calendário

A Associação Geral Automóvel de Macau-China (AAMC) ainda não publicou o calendário de provas para a temporada de 2024, mas os concorrentes esperam que este seja preenchido por duas ou três provas. Para além do GIC, em Zhaoqing, em cima da mesa está novamente a possibilidade dos Toyota GR86 e Subaru BRZ rumarem até à Província de Hunan, para uma prova no Circuito Internacional de Zhuzhou.

A incerteza do calendário não preocupa Rui Valente, que reconhece que não sabe se o calendário “vai ser igual ou se irão alterar alguma coisa, mas suponho que iremos saber brevemente. Diz-se que teremos duas provas em Maio e depois em Julho. Eu pessoalmente já renovei a minha licença desportiva para 2024.”

Menos vagas para o GP

O programa da 71ª edição do Grande Prémio de Macau ainda não foi apresentado, mas uma coisa é certa, haverá menos vagas para os pilotos das corridas locais, muito devido ao facto do evento regressar ao formato de um fim de semana só este ano. Em 2023, os pilotos da competição bi-marca local puderam correr no Circuito da Guia na Corrida Macau Roadsport Challenge, no primeiro fim de semana, e no Desafio do 70.º Grande Prémio de Macau, no segundo fim de semana. Este ano, é previsível que só se realize uma corrida com os apurados das provas a realizar antes do Grande Prémio, o que aumentará a importância e a dificuldade destas corridas para os pilotos locais. O maior cartaz desportivo de caracter anual da RAEM está agendado para os dias 14, 15, 16 e 17 de Novembro.

18 Jan 2024

Paulo Bento treina Emirados e três jogadores representam I Liga na Taça Asiática

Paulo Bento vai comandar os Emirados Árabes Unidos na Taça Asiática, sendo o único treinador português na principal prova de seleções daquele continente, que arranca na sexta-feira, no Qatar, com três futebolistas oriundos da I Liga.

Nomeado em julho de 2023 como sucessor do argentino Rodolfo Arruabarrena, o antigo selecionador nacional, entre 2010 e 2014, irá disputar a sua quinta fase final em grandes competições internacionais, e primeira ao serviço dos vice-campeões da Ásia em 1996.

Paulo Bento, de 54 anos, guiou Portugal às meias-finais do Euro2012, na Ucrânia e na Polónia, mas não evitou a eliminação na fase de grupos do Mundial2014, no Brasil, num percurso técnico iniciado nos sub-19 do Sporting e impulsionado com a equipa principal ‘leonina’, na qual arrebatou duas Taças de Portugal e duas Supertaças, de 2005 a 2009.

Seguiram-se efémeras passagens nos brasileiros do Cruzeiro (2016) e nos chineses do Chongqing Lifan (2018), por entre um campeonato grego conquistado pelo Olympiacos (2016/17), antes de retomar as funções de selecionador com a Coreia do Sul, em 2018.

A caminhada na última Taça Asiática culminou com uma derrota nos ‘quartos’ perante o Qatar, campeão continental em 2019, que viria a ser anfitrião do Mundial2022, prova na qual os sul-coreanos ‘tombaram’ frente ao Brasil nos ‘oitavos’, na sequência do segundo posto alcançado no Grupo H, atrás de Portugal, que chegaram a bater na primeira fase.

Esse desaire efetivou a saída do ex-médio internacional luso, que tenta agora melhorar a prestação dos Emirados Árabes Unidos na principal prova asiática de seleções, volvidas duas chegadas consecutivas às meias-finais, a última das quais na condição de anfitriã.

Terceira colocada em 2015, a nação do Golfo Pérsico voltou a ficar às portas da decisão quatro anos mais tarde, ao ser batida em casa pelo Qatar, reiniciando em 2023 a luta por uma inédita conquista com embates diante de Hong Kong, Palestina e Irão no Grupo C.

Campeões em 1968, 1972 e 1976, os iranianos convocaram o avançado Mehdi Taremi, quarto futebolista mais eficaz de sempre do seu país, com 44 golos em 77 desafios, que está em final de contrato com o FC Porto e foi o melhor marcador da I Liga em 2022/23.

O Japão, recordista de cetros (1992, 2000, 2004 e 2011) e finalista derrotado em 2019, integra o médio Hidemasa Morita, do líder isolado Sporting, e vai encarar no Grupo D o Iraque, vencedor em 2007, que conta com o centrocampista Osama Rashid, do Vizela.

Nascido em Portugal e com origens cabo-verdianas, o naturalizado defesa direito Pedro Correia, do Al-Sadd, está nas opções do Qatar, ao serviço do qual foi sempre titular no inédito cetro continental festejado há cinco anos e na estreia daquele país em Mundiais.

Os dois primeiros colocados das seis ‘poules’ e os quatro melhores terceiros rumam aos ‘oitavos’ da 18.ª edição da Taça Asiática, que decorre entre sexta-feira e 10 de fevereiro, após ter sido deslocada da China, devido à pandemia de covid-19, e adiada para 2024.

11 Jan 2024

Automobilismo | Primeiro residente de Macau a vencer um troféu em Portugal

Apesar dos laços existentes entre Macau e Portugal no automobilismo, são raros os casos de pilotos de Macau a competirem em provas portuguesas e vice-versa. Contudo, em 2023, assistimos ao primeiro título num troféu monomarca português, e de cariz ibérico, por parte de um residente do território

 

Na pretérita temporada, Bruno Knudsen venceu o troféu Super Seven by Toyo Tires, a competição monomarca de maior longevidade em Portugal, na categoria “420R Gentleman”. Aos comandos do seu Caterham, modelo Super Seven, com motor Ford, Knudsen levou a melhor sobre a aguerrida concorrência ao longo da temporada de seis provas que compuseram o calendário da época passada, três delas realizadas em pistas espanholas.

“De facto não foi uma tarefa fácil” obter este título, reconheceu o piloto ao HM, pois este é um troféu “muito competitivo, um dos mais competitivos a nível europeu”, com algumas provas a serem disputadas em conjunto com o congénere troféu britânico.

Com a temporada de 2024 aí à porta, Knudsen já decidiu que vai continuar na Super Seven by Toyo Tires, mas numa categoria diferente. “Vamos entrar na categoria Pro, a categoria máxima, onde esperamos fazer bons resultados. Isto, embora saiba que tenha muito que evoluir ainda como piloto, mas também com o carro”, explica o piloto de 40 anos, filho de pai norueguês e mãe portuguesa.

Razões da internacionalização

Não é comum um piloto da RAEM correr tão longe de casa. Seria muito mais fácil para o piloto-empresário competir à porta de casa, numa das diversas ofertas que existem na região, mas esta opção tem um explicação e motivo.

“Na verdade, trata-se de um campeonato ibérico – metade das corridas são em Portugal e a outra metade em Espanha – e evoluiu bastante, tornando-se grande, tanto em número de pilotos como de provas internacionais. Para 2024, apesar de ser uma competição ibérica, um dos fins de semana será disputado em Paul Ricard, em França”, explicou o piloto e CEO da Syntech Fuels, empresa de Macau que nos últimos anos tem apostado nas energias renováveis, incluindo mais recentemente no hidrogénio verde.

“Para além do elevado nível do campeonato, também quero fazer chegar a publicidade da minha empresa à Europa. Como empresa, queremos ter presença fora de Macau e esta é também uma forma muito boa de criar brand awareness”.

De olho no Grande Prémio

Como qualquer piloto residente de Macau, Knudsen não esconde a vontade de um dia participar no maior evento desportivo do território, o Grande Prémio. “Já pensei muitas vezes em participar, quem sabe se em 2024 não o faça”, afirma o “Gentleman Driver” residente permanente de Macau desde 1993.

Contudo, como nenhuma das corridas do programa do Grande Prémio aceita os Super Seven ibéricos, a participação no evento requereria um investimento suplementar e avultado, “que julgo só ser possível com o apoio de outras empresas de Macau, sejam do sector do jogo ou bancário assim como do Governo. O desporto automóvel é de facto um desporto muito caro que sem apoios para fazer uma prova específica fica bastante caro. De qualquer fora, seria uma forma de mostrar que pilotos de Macau, além de ganharem na Europa, podem ganhar em qualquer palco”.

10 Jan 2024

GPM | Browning prova que a F3 ainda conta no caminho para a F1

Longe vão os tempos em que vencer o Grande Prémio de Macau de Fórmula 3 era um passaporte de entrada directa para a Fórmula 1, até porque hoje os lugares no “Grande Circo” ficam praticamente todos fechados antes do mês de Novembro. Contudo, para Luke Browning, o vencedor da última edição, o triunfo no Circuito da Guia pode não significar a subida directa à Fórmula 1, mas pelo menos significou que poderá continuar a sonhar em lá chegar

 

O piloto de 21 anos venceu o campeonato britânico de Fórmula 4 em 2020 e o campeonato GB3 em 2022, tendo ainda garantido o prestigiado troféu “Autosport BRDC Young Driver of the Year Award”, o que lhe permitiu testar um monolugar de Fórmula 1 da Aston Martin em Outubro passado. Como era natural, em 2023, Browning deu o salto para o Campeonato de Fórmula 3 da FIA e no mês de Abril foi admitido como membro da Williams Driver Academy. Para a sua temporada de estreia na disciplina, o inglês juntou-se à equipa Hitech Pulse Eight, uma das mais fortes do campeonato que o apoiou, visto que sozinho, Browning dificilmente conseguiria os meios financeiros para subir na pirâmide do automobilismo.

Todavia, o que parecia uma combinação perfeita equipa-piloto, acabou por ser uma temporada para esquecer, principalmente a segunda metade, recheada de incidentes. O melhor resultado de Browning na sua época de estreia na Fórmula 3 saldou-se num segundo lugar nas ruas do Mónaco.

A moral da equipa Hitech Pulse Eight para a viagem ao Oriente no mês de Novembro era tão grande que o patrão Oliver Oakes nem sequer viajou com a equipa para a RAEM, deixando na liderança da operação, o chefe de equipa, Paul Bellringer, que já não visitava Macau desde os anos 1980s, e então para trabalhar nas motos, assessorado pelo português Duarte Fidalgo, o mecânico chefe da equipa baseada em Silverstone. Por seu lado, Luke Browning sabia muito bem que se quisesse continuar a fazer parte da academia de pilotos da Williams e recuperar a confiança da equipa tinha que mostrar algo mais no Circuito da Guia. E assim foi.

Apesar de nunca ter corrido anteriormente entre nós, Browning esteve a um nível que nunca tinha demonstrado até aqui na Fórmula 3, conquistando por 0,006 segundos o melhor tempo no cômputo das duas sessões de qualificação, vencendo indiscutivelmente a “Corrida Classificativa” e conquistando a corrida final com a mesma autoridade, mesmo numa corrida que teve vários reinícios e em que teve que defender por diversas vezes a sua primeira posição. No final, o jovem piloto confessou que para este sucesso contribuiu o facto de ter visto e estudado ao detalhe todas as partidas da prova de Fórmula 3 das duas últimas décadas.

O esforço compensa

Após um triunfo tão categórico como inesperado na exigente prova de Macau, Browning não só viu a sua continuidade na Williams Driver Academy garantida, como também assegurou mais uma temporada no Campeonato de Fórmula 3 da FIA este ano ao serviço da equipa Hitech Pulse-Eight.

“Tenho muita fé na equipa que me rodeia, com as coisas que aprendemos ao longo da época do ano passado, acredito que seremos capazes de desenvolver as nossas competências e a capacidade de execução que mostrámos mais recentemente em Macau”, disse Browning, que depois do triunfo no Circuito da Guia dizia aos jornalistas sentir “um bocado surreal” colocar o seu nome ao lado de nomes como Ayrton Senna na lista de vencedores do Grande Prémio.

Sobre o seu futuro, Browing admite que “este Campeonato nunca será fácil, não só pelo nível dos pilotos, mas também pela natureza do campeonato. No entanto, tendo já visitado todas as pistas para onde vamos no próximo ano, acredito que estamos numa excelente posição para marcar pontos em todos os fins-de-semana de corrida. Estou muito grato à Williams Racing e à Hitech Pulse-Eight pelo seu apoio na nova época.”

Este novo contrato permite-lhe sonhar com um regresso a Macau no final do ano para tentar um segundo triunfo na corrida de Fórmula 3 e caso o faça, e depois da imagem que deixou em 2023, certamente ninguém lhe roubará o título de “grande favorito” à vitória.

5 Jan 2024

Tenista Francisco Cabral eliminado na primeira ronda de pares de torneio de Hong Kong

O tenista português Francisco Cabral entrou ontem a perder na nova temporada, caindo, ao lado do britânico Henry Patten, na primeira ronda de pares do torneio de Hong Kong.

O número um nacional de pares e Patten perderam frente ao salvadorenho Marcelo Arévalo e o croata Mate Pavić, segundos cabeças de série do torneio chinês, com os parciais de 6-4 e 7-6 (7-3), em uma hora e 37 minutos.

Com a eliminação de Cabral, 52.º do ranking mundial da variante, o torneio de Hong Kong fica sem representação portuguesa, já que Nuno Borges também tinha sido afastado na primeira ronda de singulares, na segunda-feira.

3 Jan 2024

Grande Prémio | F4 tem os ingredientes para constar no menu

Uma semana após ter revelado um calendário provisório com o Grande Prémio de Macau como uma das provas da temporada 2024, o organizador do Campeonato da China de Fórmula 4, que no próximo ano terá um monolugar da última geração, publicou uma nova versão do calendário já sem o evento do Circuito da Guia. Todavia, esta alteração não significa que os monolugares de Fórmula 4 deixarão de ser vistos no mundialmente famoso circuito citadino de Macau

Esta alteração no calendário do Campeonato da China de Fórmula 4 não foi explicada, mas não é uma situação inédita, pois este ano o Grande Prémio permaneceu no calendário da competição promovida até meados de Outubro. Recorde-se que o Campeonato da China de Fórmula 4 visitou a RAEM de 2020 a 2022, quando a pandemia impediu a realização da prova de Fórmula 3. Contudo, este ano, a Corrida de Fórmula 4 de Macau foi realizada com os monolugares da última geração do revitalizado Campeonato do Sudeste Asiático de Fórmula 4 e não com os carros da competição nacional chinesa.

Com o retorno do Grande Prémio ao seu formato habitual de um fim de semana num cenário pós-pandemia, o regresso da Fórmula 4 ao Circuito da Guia em 2024 é uma incógnita, embora haja um certo consenso sobre a relevância desta corrida no evento do Circuito da Guia.

“Acho que a Corrida de Fórmula 4 proporcionou um bom espetáculo este ano na 70.ª edição do evento. É sempre bom termos mais categorias oficiais da FIA, como é este o caso, em que vemos jovens que aproveitaram a oportunidade para dar o salto do karting para as corridas de monolugares”, explicou Rodolfo Ávila, o chefe de equipa da local Asia Racing Team, ao HM, equipa que no mês de Novembro passado colocou em pista dois jovens estreantes do território, Tiago Rodrigues e Markus Cheong.

Charles Leong Hon Chio, piloto que venceu o Grande Prémio de Macau de Fórmula 4 em 2020 e 2021, partilha da mesma opinião de Ávila. “Vamos ver se eles quererão incluir uma outra corrida de fórmula no programa do Grande Prémio de Macau daqui em diante. Acho que o deveriam fazer porque beneficia os pilotos juniores. Seria bom dar mais oportunidades aos pilotos mais jovens e ajudá-los a aprender a pista única de Macau”, salientou o piloto que este ano terminou no pódio na corrida de Fórmula 4.

Bom para indústria local

Com a Fórmula 3 actual restrita às dez equipas que participam a tempo inteiro no Campeonato da FIA e com um nível de exigência elevadíssimo para os pilotos, a presença da Fórmula 4 no Grande Prémio poderá ser benéfica para a relativamente pequena indústria do automobilismo local.

“Só pelo facto de ser o Grande Prémio de Macau, esta corrida atrairá sempre os melhores do mundo na categoria, o que permitirá os jovens pilotos locais competirem com os próximos talentos mundiais do automobilismo”, refere Ávila, que acrescenta que “também para o lado das equipas locais e asiáticas, esta é um prova que a voltar a repetir-se ajudará bastante no crescimento das mesmas, pois ao medirmos forças com as equipas internacionais, que também têm os melhores engenheiros e mecânicos, aumentaremos a nossa competitividade.”

Um horário apertado e um paddock limitado não permitem hoje em dia que o programa do Grande Prémio tenha muito mais que seis corridas, no entanto, várias outras disciplinas de monolugares para jovens talentos fizeram parte do evento ao longo das sete décadas do evento.

“Penso que é possível a F4 regressar”, acredita Leong, relembrando que “quando houve uma corrida de Fórmula BMW ou de Fórmula Renault, utilizaram o paddock do parque de estacionamento subterrâneo e funcionou bem”. No mês passado, o piloto da Red Bull Academy, Arvid Lindblad, venceu a Corrida de Fórmula 4 de Macau, enquanto que Tiago Rodrigues, que se sagrou campeão chinês de F4 esta temporada, foi o sexto classificado, e Marcus Cheong foi o 12º.

29 Dez 2023

Kartódromo de Coloane | Sete corridas de karts e motas no fim-de-semana

O Kartódromo de Coloane vai vestir-se a preceito para receber este fim-de-semana várias corridas de karting e motociclismo, naquele que será o seu maior evento no pós-pandemia. O “2023 Galaxy Entertainment Group Asia & Greater Bay Area Racing Festival”, organizado pelo Instituto do Desporto e Associação Geral de Automóvel de Macau-China (AAMC), com o patrocínio pelo Galaxy Entertainment Group, terá lugar nos dias 15 a 17 de Dezembro, de sexta-feira a domingo.

O evento, apresentado no início da semana, contará com sete corridas de karting e de motociclos. No que respeita às provas de karting, serão três as classes em pista: ROK GP Junior, KZ e X30 Senior 125. Para pilotos com idades entre os 11 e os 16 anos, a classe ROK GP Junior reunirá nove pilotos, todos eles de Macau. A contrastar, a classe X30 Senior 125, que como o nome indica é para karts com motorizações até 125cc, juntará no kartódromo da RAEM dezassete pilotos de Macau, Hong Kong, Filipinas, Singapura e Interior da China. Destaque para o regresso às lides do veterano João Afonso, um dos pilotos com mais vitórias e êxitos conquistados no karting do território.

A classe KZ também promete bastante em termos de espectáculo, num duelo entre as duas RAE. As cores do território estarão muito bem defendidas por uma nova geração de pilotos: Tiago Rodrigues, que este ano se sagrou campeão da China de Fórmula 4, Marcus Cheong, que se estreou no Circuito da Guia no mês passado na prova de Fórmula 4, ou Maximiano Manhão, que também já fez a sua estreia nos monolugares. A estes juntam-se pilotos habituais das provas de karting do território, como Lam To, Leong Kin On ou Gonçalo Ferreira.

Também há motos

Durante muitos anos, este fim de semana do mês de Dezembro foi preenchido pelo Grande Prémio Internacional de Kart de Macau, evento que até chegou a acolher uma prova do Campeonato do Mundo de Karting da CIK FIA em 2012. Infelizmente, por todo o continente asiático, a modalidade ainda se encontra a recuperar das fracturas causadas pela pandemia, o que quer dizer que o programa deste fim-de-semana será completo por provas de motociclos, à imagem do que acontece nos fins-de-semana de corridas organizados pela AAMC na infraestrutura localizada na Estrada Seac Pai Van.

Sendo assim, o “2023 Galaxy Entertainment Group Asia & Greater Bay Area Racing Festival” contará com quatro corridas na categoria de motociclos: Mini Bike, 150-190 cc (a 4 tempos), 250 cc (a 4 tempos), e a Taça de Motos da Grande Baía (150 cc). Esta última corrida é aquela que tem mais inscritos à partida, contando com a participação de vinte concorrentes, entre eles o bem conhecido e multifacetado piloto macaense Álvaro Mourato.

Com um formato de três dias, com treinos no dia 15 e corridas nos dias 16 e 17, a entrada no Kartódromo de Coloane durante o fim de semana será gratuita.

15 Dez 2023