DSC | Serviços em choque com agentes envolvidos em rede de prostituição

A Direcção de Serviços Correccionais (DSC) está chocada com o caso dos dois agentes alegadamente envolvidos numa rede de prostituição ilegal. A posição foi tomada ontem, em comunicado, depois de uma operação da Polícia Judiciária (PJ) que resultou na detenção de nove pessoas em Macau, entre as quais dois agentes da DSC.

Segundo as informações, a rede de prostituição ilegal terá gerado mais de 15 milhões de patacas em lucros, e as prostitutas pagavam 300 patacas por cada anúncio para se promoverem. Os nove detidos em Macau estão indiciados pela prática dos crimes de “burla, associação criminosa e exploração de prostituição”.

“A Direcção dos Serviços Correccionais fica muito chocada e dolorosa em relação à alegada suspeita de violação da lei por pessoal da guarda prisional”, pode ler-se no comunicado. A DSC garante ainda que “cooperou integralmente com os órgãos de execução da lei nas suas investigações, instaurou imediatamente os processos inquéritos disciplinares internos contra os guardas envolvidos, aplicou a estes dois guardas a medida de suspensão preventiva do exercício das funções e procedeu à efectivação das suas responsabilidades disciplinares”.

Além disso, foi deixado um aviso interno: “A DSC reitera que atribuiu sempre importância ao carácter pessoal e à consciência de observância da lei do seu pessoal. Se forem constatados actos por parte do pessoal que violem a lei e a disciplina, a DSC irá trata-los severamente nos termos da lei e não os vai tolerar”.

28 Set 2022

Grande Baía | Macau lança concurso para projectos lusófonos

Macau organiza na quinta-feira um concurso de inovação destinado a empresas portuguesas e brasileiras, com os vencedores a poderem desenvolver os projectos na região da Grande Baía, que engloba também Hong Kong e nove cidades chinesas.

No “Concurso de Inovação e Empreendedorismo (Macau) para Empresas de Tecnologia do Brasil e Portugal 2022” vão ser seleccionados 14 projectos dos dois países lusófonos. O concurso é organizado pelo Gabinete de Desenvolvimento Económico e Tecnológico do Governo de Macau e concretizado pela Parafuturo de Macau e pelo Centro de Incubação de Jovens Empresários de Macau, com os projectos em competição a serem analisados por um painel de investidores, docentes universitários, representantes de instituições financeiras e de incubadoras de empresas.

Os organizadores sublinham que “os vencedores ficarão qualificados para implementar os seus projectos na área da Grande Baía”. Com a edição deste ano, pretende-se “descobrir mais projectos de destaque dos países de língua portuguesa, e promover a interacção entre a China e os países de língua portuguesa na inovação, empreendedorismo e intercâmbio tecnológico”, assinala-se em comunicado.

27 Set 2022

Xinjiang e a luta contra o terrorismo. Que estratégia perfilhar?

De 1990 até 2016, foram inúmeros e bárbaros os atentados terroristas no Xinjiang e um pouco por toda a China, levados a cabo por extremistas islâmicos. Como procederam os chineses para erradicar os que pretendiam separar a região do país e fundar um estado teocrático?

 

Os anos 90 do século passado assistiram ao surgimento, organizado globalmente, do extremismo e terrorismo de inspiração islâmica, mas que não encontrou eco na maior parte dos muçulmanos, nem dos seus líderes espirituais.

A leitura wahabita do Corão, em grande parte seguida e defendida por teóricos originários da Arábia Saudita (mas não só), impunha uma visão radical do Islão, que propunha um califado universal teocrático, no qual se levaria ao limite a imposição de uma versão radical da sharia (lei islâmica) através de normas como a proibição da música e da dança, a separação de homens e mulheres — que seriam forçadas a cobrir na totalidade o seu corpo pelo uso da burka e seriam consideradas como cidadãs de segunda, sem quaisquer tipo de liberdades que não lhes fossem concedidas pelos elementos do sexo masculino das suas famílias —, a educação das crianças unicamente através de Corão e dos haddits, entre outras medidas radicais, que reflectem o carácter extremista e medieval deste tipo de práticas e pensamento.

Pior ainda: para estes extremistas era fundamental matar os que apelidavam de “infiéis” e “traidores”, ou seja, os que não seguiam a religião muçulmana e os que, seguindo essa religião, não adoptavam a sua versão “correcta” do islamismo.

E foi precisamente nesses anos 90 que começaram a surgir ataques terroristas organizados um pouco por todo o mundo, sob a bandeira da Al-Qaeda e outras, sendo os mais conhecidos e falados nos media internacionais os que visavam alvos americanos e europeus. Todos nos lembramos dos atentados no Quénia, em Londres, em Madrid e, sobretudo, nas Torres Gémeas em Nova Iorque, no ano de 2001.

Milhares de ataques, milhares de vítimas

Contudo, a tentativa de criação de regiões sob a bandeira do “califado” e o espalhar do terror não se limitaram a alvos do chamado Ocidente. Os extremistas propuseram igualmente como alvos regiões a Oriente, sobretudo aquelas onde existia uma maioria muçulmana. Assim, a Região Autónoma do Xinjiang, no Oeste da China, tornou-se um dos seus locais favoritos, aproveitando o facto de ali existir uma extensa comunidade islâmica, maioritariamente constituída por uigures. Para o Xinjiang foram então enviados de outros países inúmeros “pregadores” e “soldados”, com o objectivo confesso de radicalizar os seus habitantes e ensiná-los a lutar pelo extremismo e pelo separatismo.

E, de facto, estes elementos terroristas foram relativamente bem-sucedidos, na medida em que, de 1990 a 2016, ocorreram centenas, talvez milhares de ataques terroristas naquela região e por toda a China, uma dimensão hoje ignorada e até escamoteada pela maior parte dos medias ocidentais que, graças a diversas manipulações, crêem ver nessa jihad uma luta pela conservação da identidade e cultura do povo uigur, quando na realidade esta extensa etnia de mais de 11 milhões nunca professara uma versão radical e extremista do Islão. Objectivo último dos terroristas: a criação de um novo estado, separado da China, a que chamavam Turquestão Oriental.

Apesar de nunca terem conseguido doutrinar a esmagadora maioria dos uigures, ainda assim, as ideias extremistas conseguiram arrebanhar algumas centenas de indivíduos, dispostos a matar e a morrer. A lista de atentados é horrífica, bárbara e impressionante, geralmente dirigida a civis inocentes, como a colocação de bombas em autocarros, o esfaqueamento desenfreado de passantes, o assassinato de condutores de camionetas que depois eram dirigidas contra multidões nas ruas das cidades. Não se pense, no entanto, que estes actos terroristas se limitaram à região do Xinjiang e suas cidades, como Urumqi ou Kashgar, pois eles ocorreram um pouco por toda a China, de Pequim a Cantão, passando por Kunming, no Yunnan.

Os terroristas, porém, não se limitavam a atacar cidadãos chineses de origem han. Alguns dos principais alvos foram também líderes religiosos muçulmanos, de etnia uigur e outras, que não alinhavam com o radicalismo e o extremismo, nem estavam de acordo com a jihad ou o separatismo, como foi o caso, ainda durante os anos 90, do imã da Grande Mesquita de Yecheng, vários membros de associações islâmicas, geralmente esfaqueados por grupos de fanáticos. Ocorreram também mais 40 atentados bombistas em locais repletos de gente como centros comerciais e mercados, hotéis, etc., bem como tentativas de captura de aviões que, fracassadas, se resumiam ao detonar de bombas nos aeroportos. Também um grande número de instituições governamentais foi, durante todo este período, alvo dos ataques terroristas, tendo resultado na maior de polícias e outros agentes das autoridades.

Em Urumqi, capital de Xinjiang e cidade-mártir do terrorismo, tivemos a oportunidade de visitar um espaço onde estão documentados estes atentados, a sua barbárie e o desrespeito pela vida humana que os animava. Não foram uma dezena ou centena, mas muitos mais, numa dimensão insuspeita mesmo para quem conhece de perto a China, e que se estenderam quase por três décadas, provocando milhares de mortos e feridos, a destruição de lojas, casas, apartamentos e milhares de veículos.

Duas estratégias diferentes

Logo, a pergunta que imediatamente se impõe é: por que razão demorou o estado chinês tanto tempo a parar estes terroristas e acabar com os ataques?

Os Estados Unidos, por exemplo, adoptaram uma estratégia de resposta rápida, invadindo os países onde os terroristas encontravam refúgio, como o Afeganistão e a Somália, e no caminho deu-se também a invasão ilegal do Iraque, reprimindo a comunidade islâmica no seu país, não se importando de violar as suas próprias leis, com a criação do campo de concentração de Guantánamo, em Cuba, onde ainda hoje permanecem indivíduos nunca julgados ou sequer acusados. São também conhecidos os famosos “black spots” (locais secretos em vários países), onde se praticam actos contrários à legislação americana como as detenções por mera suspeita e a tortura. Na sequência dos ataques ao World Trade Center, os EUA aprovaram igualmente o Patriot Act, que permitia às forças da ordem um alcance policial, que alguns condenaram por entenderem que não respeitava os direitos civis e a privacidade dos cidadãos. Mas, com estas acções, os EUA conseguiram realmente reduzir as capacidades logísticas das forças terroristas e evitar um grande número de atentados por elas planeados.

Já a estratégia chinesa revelou-se diferente, também porque no seu próprio país o terrorismo e a radicalização atingiram uma dimensão muito maior. Questionado pelo HM, um dirigente em Urumqi explicou que se trata de uma estratégia de longo prazo, que passa por uma intervenção social de modo a desradicalizar alguns desses elementos, sobretudo os mais jovens, e pela elevação do nível de vida das populações, especialmente nas áreas rurais, de modo a atenuar uma eventual e natural insatisfação, numa região que demorou a acompanhar a evolução económica que acontecia noutras regiões da China.

Severidade e compaixão

“Xinjiang adoptou uma política que balança entre a severidade e a compaixão. Os líderes e os principais membros dos grupos terroristas, que organizam, planeiam e implementam crimes violentos são severamente punidos, de acordo com a lei. Contudo, os que confessam e se mostram arrependidos, tal como jovens iludidos pelo discurso extremista, ou quem ajuda a combater esses crimes, embora neles tenha de alguma forma participado, são tratados com leniência com o objectivo de os reformar”, concluiu o dirigente em conversa com o HM.

Assim, segundo os números fornecidos por oficiais em Xinjiang, desde 2014, as autoridades destruíram cerca de 1500 grupos, prenderam cerca de 12 mil terroristas, apreenderam mais de dois mil artefactos bombistas e puniram cerca de 30 mil pessoas por actividades religiosas ilegais, confiscando igualmente centenas de milhares de cópias de propaganda extremista. É preciso considerar que a população uigur atinge 11,6 milhões de pessoas (45% de uma região com um total de 25,85 milhões), cuja esmagadora maioria rejeita o islamismo radical, o separatismo e a teocracia.

No entanto, o grosso da actividade governamental tem sido, segundo os oficiais, dirigida à prevenção e à desradicalização, tentando “combater o problema na sua origem”. As medidas incluem “a melhoria das condições de vida, a promoção do conhecimento da lei através da educação e o estabelecimento de centros de treino vocacional”.

Ainda segundo os documentos oficiais, foram criados novos postos de trabalho que permitiram tirar da pobreza extrema milhões de pessoas de zonas rurais, implementados 9 anos de educação compulsiva, melhorada a saúde pública e o sistema de segurança social.

A China tem igualmente, há muito tempo, uma política de discriminação positiva para as minorias étnicas que passa por nunca ter sido imposta a política de “um só filho” (entretanto abandonada) e pela facilitação de entrada nas universidades do país. Foi também criado um Instituto de Estudos Islâmicos onde são formados os futuros imãs que, actualmente, é frequentado por cerca de 400 alunos.

Orgulho na diversidade

“Não quisemos nunca destruir a identidade do povo uigur, que faz parte há muitos séculos do mosaico de culturas da China, que se orgulha da sua diversidade”, explicou um oficial ao HM. “Por isso, adoptámos uma política de combate ao terrorismo e ao extremismo a longo prazo, o que talvez tenha, pela sua leniência, sido a causa de terem passado tantos anos até termos conseguido acabar com os ataques”. De facto, desde 2016, que a situação no Xinjiang acalmou e não aconteceram mais atentados, ali ou noutros lugares da China.

A intensificação das acções terroristas, já no século XXI, encontra-se também relacionada com a dispersão de elementos do Estado Islâmico (EI), na sequência da guerra na Síria, onde, enquanto opositores ao regime laico de Bashar al-Assad, dispuseram e dispõem de um paradoxal auxílio americano e só foram derrotados (parcialmente) depois da Síria ter pedido ajuda militar à Rússia e graças à coragem do povo curdo, entretanto abandonados pelos seus aliados de ocasião estadunidenses.

Entretanto, a cessação dos atentados terroristas tem permitido ao governo chinês implementar diversas medidas no sentido de proporcionar à população do Xinjiang uma significativa melhoria das suas condições de vida e fomentar de modo sério a sua ligação com o resto do país, através da construção de inúmeras vias de comunicação, estradas e ferrovias, e com o exterior permitindo àquela região reassumir o seu papel de ponto nevrálgico da Nova Rota da Seda, ou seja, de escoamento de produtos de e para a Eurásia.

Mais recentemente, os Estados Unidos e os seus aliados têm feito do Xinjiang um “dano colateral” na sua investida anti-China, albergando alguns dos elementos terroristas fugidos do país, destinando 500 milhões de dólares para a promoção de desinformação sobre a China e financiando o aparecimento de organizações alegadamente defensoras da identidade uigur que acusam a China de vários abusos, entre os quais o genocídio dessa minoria étnica e a destruição da sua cultura.

Contudo, basta ver os números para constatar que, ao invés de ter diminuído, pelo contrário todos os anos a população uigur tem aumentado, o que por si só torna ridícula e abstrusa a acusação, e revela como leviana e grotesca a acusação de genocídio, ofendendo aqueles povos que, de uma forma ou de outra, sofreram realmente experiências genocidiárias, como os judeus durante a II Guerra Mundial, ou as populações ameríndias na América do Norte, durante e após a colonização.

Entretanto, Xinjiang prossegue o seu plano de desenvolvimento económico e social que passa, inclusivamente, pela protecção das culturas e das identidades das minorias, na medida em que essas culturas e identidades constituem uma riqueza imaterial fundamental para a prossecução desse desenvolvimento. Esta atitude de preservar as identidades das minorias e, inclusivamente, fazer dessas identidades pólos de desenvolvimento turístico, deita por terra as acusações de etnocídio (destruição cultural), algo que pode facilmente ser constatado no terreno.

* O Hoje Macau deslocou-se a Xinjiang a convite do Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China

27 Set 2022

PJ | Interrogado por abuso de menina com três anos

Um pré-adolescente, com 12 anos, foi detido por haver suspeitas que abusou sexualmente de uma menina de três anos. O caso foi relatado ontem pela Polícia Judiciária (PJ). Segundo as autoridades, a situação verificou-se na sexta-feira, depois da menina ter sido levada pelos pais para uma biblioteca na Taipa, onde estava com um menino de cinco anos, e os respectivos encarregados de educação.

O incidente ocorreu quando o menino de cinco anos e a menina foram à casa-de-banho das crianças juntos. Nessa altura, o pré-adolescente entrou na casa-de-banho, trancou a porta, tirou as cuecas da menina e tocou-lhe nas nádegas. A situação foi interrompida porque os pais terão estranhado a demora e batido à porta da casa-de-banho.

Surpreendido o rapaz de 12 anos conseguiu fugir, o que levou a que as autoridades fossem chamadas ao local. A detenção aconteceu no sábado. O pré-adolescente foi acompanhado pelos encarregados de educação à polícia e o caso terá sido transferido para o Ministério Público (MP).

27 Set 2022

Ponte HKZM | Suspensão de dísticos de circulação em Outubro

A partir de 1 de Outubro, a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) irá suspender a impressão de sinais distintivos de circulação de veículos na Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. A medida faz parte da promoção do governo electrónico, de acordo com um comunicado divulgado ontem pela DSAT.

Actualmente, os veículos que utilizem a Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau têm que afixar no para-brisas dianteiro do veículo dísticos de cores diferentes. Porém, a partir de 1 de Outubro, depois de receber o requerimento da DSAT a anunciar o fim da apreciação pela parte de Macau o condutor recebe informação para completar a submissão numa página electrónica criada especificamente para o efeito.

27 Set 2022

IIM | Rika Naito e António Aresta ganham Prémio Identidade

A professora Linda Rika Naito e a professor António Aresta foram distinguidos pelo Instituto Internacional de Macau (IIM) com o Prémio Identidade, edição de 2022. O anúncio foi feito ontem “após deliberação unânime” do júri constituído pelos órgãos sociais do IIM.

Esta é a primeira vez que o IIM atribui o prémio a uma individualidade de nacionalidade estrangeira. Rika Naito lecciona Estudos sobre Macau nas universidades japonesas de Keio, Sophia e também em Tóquio. Estudou língua portuguesa em Leiria e Aveiro, tendo completado a licenciatura em Língua Portuguesa na Universidade de Sophia.

Em 2009, obteve Mestrado pela Universidade Aberta de Tóquio, com a tese “transformação da etnicidade macaense após a transferência de poderes”. Publicou ainda vários livros em japonês sobre a Cultura, Gastronomia e Literatura Macaenses. Em 2016, ganhou o 19º. Prémio literário Rodrigues, o Intérprete, conferido pela Embaixada de Portugal no Japão.

Por sua vez, António Manuel Borges Aresta é licenciado e mestre em Filosofia pela Faculdade de Letras do Porto, onde também concluiu a parte curricular do doutoramento em Filosofia. Foi professor de Filosofia em Portugal, Macau e Moçambique. Dedica-se a investigar a história cultural de Macau e a história da filosofia, tendo vários livros publicados em prol da memória de Macau no Oriente.

O Prémio Identidade, instituído em 2002, destina-se a distinguir personalidades, individuais e colectivas, que, nos campos da Cultura em geral, nas Artes, no Pensamento, na Antropologia, nas Ciências Jurídicas e na Educação e Ensino “tenham contribuído relevantemente para a substanciação dos factores da identidade de Macau”.

27 Set 2022

“Noru” | Impacto directo em Macau “é baixo”, dizem SMG

Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) estimam que o impacto directo em Macau da tempestade tropical “Noru” será “baixo”, segundo a previsão disponível no website. Tal deve-se ao facto de “a zona de convenção forte da tempestade se concentrar principalmente no lado sul, pelo que deverá haver uma distância de cerca de 700 quilómetros de Macau”.

A tempestade, vinda do leste das Filipinas, chegou ao Mar do Sul da China na manhã de ontem, esperando “que se desloque para oeste através da zona central do Mar do Sul da China em direcção ao Vietname”. Os SMG prometem “continuar a acompanhar de perto a evolução deste sistema”.

A partir de hoje deverão ocorrer aguaceiros ocasionais em Macau devido à deslocação de uma monção de nordeste a sul. Os SMG apontam que “o vento pode atingir, ocasionalmente, o nível 6 da escala ‘Beaufort’ com rajadas”, existindo a “possibilidade de emitir o sinal de ventos fortes de monção”.

A mesma análise dos SMG aponta que, no final desta semana, “pode desenvolver-se outra área de baixas pressões no Mar do Sul da China”, não se excluindo “a possibilidade de evolução para uma tempestade tropical”.

26 Set 2022

Congresso Nacional | Dirigentes do Gabinete de Ligação nomeados

O director e o subdirector do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, Zheng Xincong e Zhang Rongshun, foram nomeados delegados para o 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista da China. A lista dos 2.296 delegados foi publicada no domingo à noite pela agência oficial Xinhua.

Aos dirigentes do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM junta-se o director do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, Xia Baolong. A Xinhua indica que a lista de delegados “é composta por membros distintos do Partido Comunista da China, altamente qualificados em termos ideológicos, com boa capacidade de trabalho e padrão moral elevado, competentes na discussão de assuntos de Estado e que conseguiram notáveis êxitos nos seus trabalhos”.

O passo seguinte no processo será a verificação da elegibilidade dos delegados por uma comissão especial de revisão especial.

26 Set 2022

Seca no centro da China agrava-se com precipitação média a cair 50% desde Julho

O Observatório Meteorológico Central da China emitiu hoje um alerta amarelo de seca, depois de os níveis de precipitação na bacia do rio Yangtsé, no centro do país, terem caído quase 50 por cento, em termos homólogos, desde julho passado.

Em algumas áreas das províncias de Hunan, Hubei, Jiangxi e Anhui, a precipitação média entre julho e setembro caiu até 80%, em comparação com o mesmo período de 2021, segundo a mesma fonte.

O Observatório também alertou para um aumento das temperaturas no centro do país, que esta semana podem chegar aos 37 graus, e para “alto risco” de incêndios florestais.

No último fim de semana, a seca atingiu níveis “moderados, severos ou extremos” em doze províncias localizadas a sul do Yangtsé, o rio mais longo da China.

O curso principal do Yangtsé está atualmente 4,56 metros abaixo do nível registado há um ano. O nível da água no Lago Poyang, o maior lago de água doce da China, localizado na província de Jiangxi, sofreu uma redução homóloga de 7,72 metros. O Poyang atingiu na sexta-feira o nível mais baixo desde que há registos.

Nos últimos dias, o Governo central enviou uma equipa de fiscalização do Centro Nacional de Comando para a Prevenção de Secas e Inundações para as áreas mais afetadas pela seca, onde recomendou que a prioridade deve ser “prevenir secas de longo prazo” e garantir o “abastecimento de água potável” e a “estabilidade da colheita de outono”.

Durante o verão, a seca levou a fenómenos inusitados, como pessoas em Chongqing (centro) a atravessar de motocicleta o rio Jialing, cujo leito ficou exposto devido à queda do nível da água, ou a descoberta de esculturas budistas de 600 anos até então cobertas pela água.

As altas temperaturas registadas também fizeram com que províncias dependentes de energia hidroelétrica, como Sichuan (centro), restringissem o uso de energia a algumas indústrias. O Governo central alertou para uma “séria ameaça” à colheita de outono.

O meteorologista local Chen Lijuan explicou recentemente que os períodos de calor intenso, que começam “mais cedo e terminam mais tarde”, podem tornar-se o “novo normal” no país asiático, sob o “efeito das mudanças climáticas”.

26 Set 2022

Ucrânia | Japão proíbe exportação de armas químicas para a Rússia

O Governo do Japão aprovou hoje um novo pacote de sanções devido à invasão russa da Ucrânia, incluindo a proibição da exportação para a Rússia de partes e produtos relacionados com armas químicas.

O Ministério da Economia, Comércio e Indústria japonês anunciou num comunicado a expansão das sanções que já incluíam mais de 20 organizações associadas à indústria de defesa da Rússia.

“Para contribuir com os esforços internacionais, o executivo do Japão aprovou na segunda-feira a proibição de exportações para organizações específicas da Federação Russa”, referiu o comunicado.

O novo pacote de sanções abrange a empresa de construção civil Moselektronproyekt, a associação de pesquisa e produção Etalon, e o Instituto Alikhanov de Física Teórica e Experimental do Centro Nacional de Pesquisa Kurchatov, avançou a agência noticiosa russa TASS.

Também hoje, o porta-voz do governo japonês expressou grande preocupação com o possível uso de armas de destruição em massa pela Rússia contra a Ucrânia.

“Como o único país do mundo que sofreu ataques nucleares, exigimos fortemente que a ameaça ou o uso de armas nucleares pela Rússia nunca aconteça”, disse Hirokazu Matsuno, numa conferência de imprensa.

Em 17 de setembro, o Presidente dos Estado Unidos, Joe Biden, avisou o seu homólogo russo, Vladimir Putin, de que haverá consequências se a Rússia usar armas nucleares ou químicas na Ucrânia.

Numa entrevista ao programa “60 Minutos” da CBS, Joe Biden disse que haveria “consequências” e que os russos “se tornariam os maiores párias que o mundo já viu”. “A resposta dependerá da extensão do que eles fizerem”, avisou o líder democrata dos EUA.

O Japão tem vindo a impor sanções à Rússia, proibindo as importações de vários materiais e produtos deste país e congelando os bens de alguns cidadãos russos, incluindo os do primeiro-ministro, Mikhail Mishustin.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

26 Set 2022

Gastronomia | Livro com receitas da diáspora chega em Outubro

Tiago Martins, franco-português, lança em Outubro o livro “L’Histoire du Portugal dans mon assiette” que inclui mais de 60 receitas portuguesas e factos histórico-culturais sobre o país. A cultura e a história de Macau estão presentes na conta de Instagram de Tiago Martins

 

O livro “L’histoire du Portugal dans mon assiette” chega em Outubro às livrarias em França, com mais de 60 receitas e factos históricos sobre a gastronomia portuguesa compilados por Tiago Martins, um franco-português que faz sensação nas redes sociais.

“Já no Instagram eu falava de gastronomia e de história de Portugal. Com a pandemia e a popularidade crescente da minha conta, conheci pessoas, conheci a editora Cadamoste e começaram a surgir algumas ideias, resolvemos então escrever este livro há dois anos. Houve muita pesquisa, fui muito a Portugal, do Norte ao Sul, fui a restaurantes, mas o mais difícil foi coordenar os mais de 60 ‘chefs’ que estão no livro”, disse Tiago Martins em declarações à Lusa.

Na conta “Portuguese Facts”, na rede social Instagram, Macau surge explicado num vídeo de um minuto que destaca as especificidades culturais do território, como é o caso da presença da toponímia em português, das Ruínas de São Paulo ou da Calçada Portuguesa. Destaque ainda para uma publicação onde Tiago Martins fala de alguns dos mais importantes monumentos do território, como é o caso da Fortaleza do Monte ou a zona do Leal Senado, entre outros. De frisar ainda, uma outra publicação sobre o bairro português de Malaca, na Malásia.

Tiago Martins nasceu em França, mas os pais são da aldeia da Barrenta, perto de Leiria, tendo tido sempre um interesse pela história e geografia de Portugal. A conta de Instagram foi crescendo, tendo agora mais de 14 mil seguidores. Sem formação em cozinha, este franco-português recorreu então a ‘chefs’ em Portugal e fora do país para reunir cerca de 60 receitas de pratos tradicionais portugueses.

“Eu sei cozinhar, mas eu não tenho legitimidade para escrever uma receita. O que eu queria era um livro colaborativo, gosto muito dessa ideia por sermos uma diáspora solidária. Assim, cada receita tem um chefe diferente porque cada um tem uma ideia diferente da cozinha portuguesa”, explicou.

Pratos globais

Assim, no livro “L’histoire du Portugal dans mon assiette”, ou “a História de Portugal no meu prato”, pode-se encontrar a receita de orelha de porco com ovos ou polvo à lagareiro acompanhado por húmus, pratos tradicionais, muitas vezes reinventados por ‘chefs’ com origens portugueses em França, Suíça, Alemanha, Angola, Macau, Áustria, Canadá, Estados Unidos da América, entre outros.

Mas Tiago Martins lembra que este é mais do que um livro de receitas portuguesas em francês. “O livro não tem só receitas. Tem também anedotas históricas e curiosidades, alguns pratos mais estranhos. Mas falo também dos produtos portugueses, da fruta portuguesa, como o ananás dos Açores, e também dos vinhos espirituosos”, explicou.

Assim, todos os pratos são acompanhados de factos históricos e das suas origens como a sopa do vidreiro, da Marinha Grande, ou a chanfana. Tiago Martins também incluiu episódios das suas viagens sempre que se deparou com lendas que dão vida a estes pratos típicos.

O jovem franco-português não gosta só de escrever sobre a gastronomia, gosta também de a provar e tem os seus pratos preferidos. “É um prato preferido de muita gente, mas adoro bacalhau à Brás. Adoro quando os ovos não estão muito cozidos. Mas também adoro o bacalhau à Gomes de Sá, mas esse não me atrevo a cozinhar porque o da minha mãe é muito bom. No livro, temos uma receita do bacalhau à Gomes de Sá de um ‘chef’ alemão, que é muito diferente, mas a essência está lá”, indicou.

O livro estará nas livrarias francesas a partir de 13 de Outubro, com uma tiragem de 4.000 exemplares, e Tiago Martins tem já pedidos de outros pontos do mundo, como Estados Unidos, para uma tradução em inglês, pensando também na possibilidade de traduzir o livro para português.

26 Set 2022

Redução de rendas e de preços de telecomunicações abrandam inflação

A taxa de inflação homóloga em Macau abrandou em Agosto para 1,13 por cento, sobretudo devido a uma queda nas rendas das casas e nos preços dos serviços de telecomunicações, foi divulgado na sexta-feira.

As rendas das habitações em Macau caíram 8,3 por cento em termos homólogos na primeira metade do ano, sobretudo devido ao “elevado desemprego”, segundo um relatório da imobiliária JLL.

A taxa de desemprego subiu para 4,1 por cento entre Maio e Julho, o valor mais elevado desde 2005, embora o número de trabalhadores estrangeiros sem estatuto de residente tenha diminuído em quase 4.600 em Julho, mês em que Macau enfrentou o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia.

Por outro lado, subiram os salários dos trabalhadores domésticos (mais 19,8 por cento) e os preços dos combustíveis (21,7 por cento) e das refeições fora de casa (1,7 por cento), indicou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), em comunicado. O índice de preços da secção dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas diminuiu 0,20 por cento, em termos mensais, graças à redução dos preços do peixe fresco e dos produtos hortícolas.

A DSEC indicou ainda que na secção de bens e serviços o índice de preços dos transportes subiu em Agosto 5,94 por cento, em termos anuais.

No capítulo dos serviços domésticos, importa recordar que em Abril deste ano, o território tinha levantado as restrições fronteiriças a trabalhadores das Filipinas, isenção mais tarde alargada à Indonésia – duas das principais fontes de trabalhadores domésticos para Macau.

Recomeço de voos

A companhia aérea Air Macau anunciou na semana passada o recomeço em 12 de Outubro dos voos directos com o Vietname, um outro importante país de origem dos trabalhadores domésticos na região chinesa.

No entanto, ao contrário do que acontece para quem entra pela fronteira com a China continental, quem chega do estrangeiro continua a ser obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel, seguido de três dias de “autovigilância médica” que pode ser feita em casa.

Em Agosto, o índice de preços no consumidor geral desceu 0,17 por cento comparativamente ao mês anterior, de acordo com a DSEC. Enquanto que em Julho, a taxa de inflação homóloga em Macau era de 1,38 por cento.

26 Set 2022

Gripe | Começou hoje vacinação para grupos de alto risco

A campanha de vacinação gratuita contra a gripe sazonal arrancou hoje, numa primeira fase destinada a grupos de alto risco de gripe, indicaram ontem os Serviços de Saúde (SSM). Como tal, é aconselhado a “crianças, idosos, mulheres grávidas e pacientes com doenças crónicas, que correm alto risco de complicações da gripe, a receber a vacina contra a gripe sazonal, o mais rápido possível antes o pico da gripe”.

As autoridades de saúde indicam que “uma vez que as mulheres grávidas, crianças, idosos e pacientes com doenças crónicas, são mais propensos a ter complicações graves e até, a morte após serem infectados pelo vírus influenza, ao mesmo tempo, com o aumento do fluxo de pessoas no exterior e a alta incidência de doenças respiratórias no Outono e Inverno, o risco de importação do novo tipo de coronavírus e o risco de transmissão da gripe também aumentaram”.

Os SSM acrescentam que, neste contexto, “a vacinação antigripal pode efectivamente reduzir o risco de sobrepor a epidemia da pneumonia, causada pelo novo tipo de coronavírus ao surto da gripe, diminuindo a possibilidade de ocorrerem consequências graves, devido à infecção dupla”.

26 Set 2022

Segurança nacional | Wong Sio Chak garante protecção de direitos

O secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, garantiu, numa reunião com dirigentes da Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM), que será salvaguardada “a liberdade de imprensa e difusão consagrada pelo sistema jurídico da RAEM, bem como os direitos inerentes a qualquer cidadão e instituição da RAEM”.

O encontro, que decorreu no sábado às 15h, serviu para discutir “a revisão da Lei relativa à defesa da segurança do Estado” e decorreu por convite da parte do secretário Wong Sio Chak. Os representantes da AIPIM, José Miguel Encarnação, Presidente da Direcção, João Francisco Pinto, antigo Presidente da Direcção e ex-Presidente da Mesa da Assembleia Geral, e João Carreira, Vogal do Conselho Fiscal, “foram informados sobre as alterações propostas à Lei relativa à defesa da segurança do Estado, tendo estes colocado várias questões relacionadas com a actividade jornalística, no âmbito da referida Lei”, aponta uma nota, sem especificar que tipo de questões foram apresentadas.

26 Set 2022

Colina da Guia | Governo visitou obras do sistema pedonal

Ho Iat Seng, André Cheong e Raimundo do Rosários visitaram na sexta-feira as obras de construção do sistema pedonal circundante na zona da Guia, que será inaugurado a 1 de Outubro. No local, os governantes “inspeccionaram todo o sistema pedonal, incluindo o túnel e a ponte pedonal, os elevadores e os demais equipamentos”.

A obra vai ligar a Colina da Guia à zona envolvente da Avenida de Horta e Costa e Zona de Aterros do Porto Exterior (ZAPE). As autoridades entendem que o projecto vai “beneficiar o bem-estar da população”, permitindo “reduzir significativamente a distância de deslocação dos peões” e “optimizando o ambiente pedonal das referidas zonas”.

A obra consiste na construção de um túnel pedonal, o qual atravessa a Colina da Guia no sentido Sul-Norte e faz a ligação entre a ZAPE e a Avenida de Horta e Costa, permitindo que o percurso pedonal, com aproximadamente 1100 metros, seja encurtado para 400 metros.

O túnel pedonal é equipado com um sistema automático de circulação pedonal e elevadores que dão acesso à Estrada do Engenheiro Trigo (circuito da Colina da Guia), com vista a facilitar a deslocação nas imediações com uma passagem pedonal mais conveniente e rápida. Além disso, as obras permitem ainda a optimização das condições de travessia pedonal da zona que abrange o troço da Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues, situado a Leste do Túnel do Monte da Guia, e a Estrada do Reservatório.

26 Set 2022

Macau vai arrendar terreno nas Portas do Cerco para extensão do Metro

O Chefe do Executivo salientou ainda que, na reunião de sexta-feira, o Governo Central autorizou Macau “a aproveitar” um terreno situado junto no norte do território, para construir uma ligação entre as Portas do Cerco, principal fronteira com a China, e uma futura linha leste do Metro Ligeiro em Qingmao. O terreno será arrendado, mas Ho Iat Seng não revelou a quantia que a RAEM irá pagar à China, dizendo apenas que não é elevada.

“A Linha Leste não previa esta ligação para o posto de Qingmao, mas a ligação é importante para conseguirmos promover o Metro Ligeiro como um transporte colectivo rápido. Também não podia chegar às Portas do Cerco, era impossível porque havia um terreno que não pertence à jurisdição de Macau, mas à administração de Zhuhai. Mas agora vamos poder aproveitar esse terreno nas imediações das Portas do Cerco para fazer uma ligação do Metro Ligeiro até ao posto de Qingmao”, afirmou Ho Iat Seng, citado pelo canal Macau da TDM.

Em relação ao arrendamento do terreno, o Chefe do Executivo aproveitou o momento para afirmar que “o Governo Central presta, igualmente, apoio a Macau no que diz respeito a acelerar a concretização de grandes projectos de infra-estruturas.”

Custo não revelado

O secretário para a Administração e Justiça, André Cheong não revelou a quantia que a RAEM irá desembolsar pelo arrendamento do terreno, mas assegurou que não será avultada. “Não é um espaço de arrendamento muito grande, é apenas aquele terreno nas Portas do Cerco onde serão instalados os pilares para a passagem do Metro Ligeiro. A área não é muito grande, tem cerca de 3000 ou 4000 metros quadrados, por isso a renda não vai ser muito cara”, afirmou o governante, sem relevar as quantias envolvidas.

Apesar de o início das obras ainda não ter data para arrancar, o Chefe do Executivo adiantou que o processo deverá começar com brevidade. “Vamos tentar abrir o concurso público o mais rapidamente possível, talvez em Novembro”, indicou Ho Iat Seng, recordando que até começarem as obras é necessário seguir os procedimentos normais de adjudicação de obra. Porém, a prioridade é que “as obras se iniciem muito em breve”.

26 Set 2022

João Pedro Rodrigues filma o que lhe apetece e desta vez é um conto de fadas queer

Por Sílvia Borges da Silva, da agência Lusa

 

O realizador João Pedro Rodrigues estreia na próxima quinta-feira, em Portugal, o filme “Fogo-Fátuo”, que é “declaradamente uma comédia”, um conto de fadas queer no qual entram ainda incêndios, alterações climáticas, monarquia e colonialismos.

“Fogo-Fátuo” chega aos cinemas portugueses depois de ter aberto a Quinzena dos Realizadores, em Cannes, de já ter tido estreia em salas francesas e de estar a fazer um intenso e elogiado percurso por outros festivais.

João Pedro Rodrigues, nascido em Lisboa em 1966, já não assinava uma longa-metragem em nome próprio desde 2016, ano em que venceu o prémio de melhor realização com “O Ornitólogo”, no Festival de Locarno. Assinou algumas ‘curtas’ e fez o documentário “Onde fica esta rua?”, com o realizador, produtor e companheiro João Rui Guerra da Mata, também já exibido este ano em festivais.

A fazer filmes desde finais dos anos 1990, João Pedro Rodrigues entrou agora, pela primeira vez, no registo de comédia com esta longa-metragem, que o próprio descreve como uma “fantasia musical”, sobre um jovem príncipe que quer ajudar o país a livrar-se do flagelo dos incêndios e que acaba por se apaixonar por um bombeiro.

A relação entre aqueles dois homens “é o que mantém o filme de pé, mas também é uma história de amor entre um príncipe e um bombeiro e, além disso, acho que só pode ser tratado de uma forma cómica, em particular em Portugal. O tom da comédia está certo para isto. É um bocadinho conto de fadas”, afirmou o realizador, em entrevista à agência Lusa.

“Fogo-Fátuo”, protagonizado por Mauro Costa e André Cabral, “é uma comédia muito da palavra, do diálogo e da escrita”, que faz rir e pensar sobre a relação de Portugal com o passado monárquico, colonialista, sobre preconceitos, homossexualidade, sobre a incúria dos incêndios florestais, sobre a realidade das alterações climáticas.

“Eu não sou muito programático. A minha aproximação à minha criação no cinema não é teórica. Eu vou contando as histórias que têm a ver comigo no momento em que eu as quero contar e que me estão próximas. Sempre fiz os filmes que queria fazer. Felizmente vivemos num país onde existe liberdade e nunca tive nenhuma condicionante”, explicou o realizador.

João Pedro Rodrigues lembra que não se desvia do que lhe é essencial: “O que sinto que estou a fazer nos meus filmes é o meu ponto de vista perante o mundo, mas eu não o tenho de explicar. Faço os meus filmes para os outros e para que sejam vistos, mas depois cada um tem liberdade de fazer o que quiser”.

O realizador de “Odete” (2005), “Morrer como um homem” (2009) e “A última vez que vi Macau” (2012), correalizado com João Rui Guerra da Mata, admite que, ainda assim, quer libertar-se do que já fez.

“Por isso é que se calhar os meus filmes são tão diferentes uns dos outros. Eu não quero sentir-me confortável num estilo ou numa maneira de fazer os filmes. Eu quero sempre questionar-me”, sublinhou.

João Pedro Rodrigues tem andado quase sempre em viagem, a divulgar e a falar sobre “Fogo-Fátuo” com diferentes públicos, enquanto planeia o próximo projeto, em montagem financeira, intitulado “O Sorriso de Afonso”.

“Vou fazer um filme que se passa durante o 25 de Abril [de 1974]. É a história de um adolescente que descobre a sexualidade nesse período revolucionário. (…) Eu acho que temos uma dificuldade em falar do nosso passado presente e discute-se pouco. Na ficção temos dificuldade em voltar ao nosso passado recente. A mim apetece-me falar sobre isso”, disse.

E justifica as escolhas para o próximo filme: “Logo após o 25 de Abril, há um grupo de trabalho homossexual que escreveu um manifesto publicado no Diário de Lisboa, para defender os direitos do homossexuais, e veio o Galvão de Melo [militar que pertenceu à Junta de Salvação Nacional, de onde viria a ser excluído no final de setembro de 1974] à televisão dizer que a revolução não foi feita para prostitutas e homossexuais. Se pensarmos, a homossexualidade só foi legalizada nos anos 1980. A revolução é liberdade, mas a liberdade não era para todos”.

Depois de um problema com o produtor do filme anterior, “Ornitólogo”, que está ainda a decorrer em tribunal, João Pedro Rodrigues passou a assumir também o papel de coprodutor das suas obras e não descarta qualquer convite para, por exemplo, trabalhar diretamente para ‘streaming’.

“Não digo ‘não’ a nada, a mim interessa-me a variedade e a diversidade. Depende do grau de liberdade que eu pudesse ter. Uma das coisas que fazem com que o cinema português seja reconhecido lá fora é precisamente a sua diferença, são universos particulares. Os filmes não se parecem com outros filmes. E é isso que interessa às pessoas”, sublinhou.

25 Set 2022

Coreia do Sul diz que Coreia do Norte testou míssil em direção ao mar

Os militares da Coreia do Sul dizem que a Coreia do Norte disparou hoje pelo menos um míssil balístico não identificado em direção ao seu mar oriental. O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul não disse imediatamente que tipo de míssil era ou quão longe voou.

O lançamento ocorreu um dia depois de as autoridades sul-coreanas terem detetado sinais de que a Coreia do Norte estava a preparar-se para testar um míssil projectado para ser disparado de submarinos.

A Coreia do Norte acelerou as suas atividades de testes para um ritmo recorde em 2022, testando mais de 30 armas balísticas, incluindo os seus primeiros mísseis balísticos intercontinentais desde 2017, enquanto continua a expandir as suas capacidades militares, no meio de um impasse prolongado na diplomacia nuclear.

O lançamento ocorreu quando o porta-aviões nuclear USS Ronald Reagan e o seu grupo de ataque chegaram à Coreia do Sul para o exercício militar conjunto dos dois países para mostrar a sua força contra as crescentes ameaças norte-coreanas.

A ameaça norte-coreana também deverá estar na agenda da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, quando esta visitar a Coreia do Sul na próxima semana, depois de participar no funeral, em Tóquio, do ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.

25 Set 2022

Antigo diplomata de Myanmar pede ao Japão para não legitimar junta militar em funeral de Abe

Um diplomata birmanês demitido pela junta militar de Myanmar, pela oposição ao golpe de Estado, criticou a decisão do Japão de incluir o atual embaixador birmanês entre os convidados para o funeral de Shinzo Abe.

Aung Soe Moe, um dos diplomatas autorizados a permanecer no Japão pelo governo japonês depois de ter sido afastado da embaixada de Myanmar (antiga Birmânia) no ano passado, disse que permitir a presença do embaixador Soe Han, juntamente com outros dignitários, no funeral de Estado do antigo primeiro-ministro nipónico, morto a tiro durante um comício eleitoral a 08 de julho, vai servir para legitimar a junta militar.

“O que os generais querem é o reconhecimento oficial do regime pela comunidade internacional” e, ao mesmo tempo, tornar o golpe de fevereiro de 2021 “um facto consumado”, disse Aung Soe Moe, de 53 anos, em conferência de imprensa, citado pela agência de notícias japonesa Kyodo.

O antigo diplomata referiu, como exemplo, a decisão do Reino Unido de não permitir a participação de qualquer delegação birmanesa no funeral da rainha Isabel II e afirmou que o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, devia tomar uma posição semelhante contra a junta.

“O Japão não convidou Min Aung Hlaing [líder da junta], mas isso não fará muita diferença, se o governo de Kishida permitir que o embaixador nomeado pela junta participe” no funeral de Estado, argumentou Aung Soe Moe.

Entre os dignitários estrangeiros que confirmaram a presença no funeral de Abe, na terça-feira, incluem-se a vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, e o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese.

Desde que foi expulso do Ministério dos Negócios Estrangeiros birmanês por se juntar ao movimento de desobediência civil contra a junta, Aung Soe Moe, primeiro secretário da embaixada birmanesa em Tóquio aquando do golpe militar, tem estado ativo no Japão pela restauração da democracia em Myanmar.

A comunidade birmanesa pró-democracia no Japão disse também não compreender o convite para o funeral do antigo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe de um representante de um regime que está a reprimir violentamente os opositores, e pediu que a decisão seja reconsiderada.

Desde que a líder Aung San Suu Kyi e outros responsáveis democraticamente eleitos foram afastados do poder, a 01 de fevereiro de 2021, a junta matou mais de duas mil pessoas, deixou cerca de 974 mil deslocados e quase 12 mil pessoas foram arbitrariamente detidas e muitas torturadas, de acordo com dados da ONU.

O Japão condenou o golpe e instou a junta a inverter o seu curso, mas Tóquio não reconheceu o chamado “governo de unidade nacional” de Myanmar, formado em abril do ano passado, por representantes que se opunham à junta militar.

25 Set 2022

Covid-19 | Vacinas para crianças até aos três anos chegam até Novembro

Macau deverá receber, em “Outubro ou Novembro”, vacinas contra o novo coronavírus, responsável pela covid-19, adequadas para crianças dos seis meses até aos três anos, disseram ontem as autoridades.

A região está “em negociações com os fornecedores” de vacinas mRNA, disse uma responsável do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus dos Serviços de Saúde de Macau (SSM). Leong Iek Hou disse, em conferência de imprensa, (ver texto principal), que, “segundo a resposta dos fornecedores, o mais provável é que as vacinas estejam disponíveis em Outubro ou Novembro”.

Neste momento, Macau dispõe apenas de vacinas inactivadas da chinesa Sinopharm, para crianças com idade igual ou superior a 3 anos, e de vacinas de mRNA (da alemã BioNTech) para crianças com idades entre 5 e 11 anos. O regulador norte-americano aprovou em Junho a administração de emergência das vacinas mRNA contra a covid-19 da Pfizer e da Moderna em crianças a partir dos seis meses de idade.

22 Set 2022

Hong Kong | Secretário das Finanças fala em recessão económica no final do ano

Hong Kong deverá terminar o ano em recessão, previu ontem o secretário das Finanças da região chinesa, cuja economia está a ser afectada pelas restrições ligadas à covid–19 e pelo aumento das taxas de juros.
“Há uma elevada probabilidade de que Hong Kong tenha um crescimento negativo do PIB este ano”, disse Paul Chan, em conferência de imprensa.

O território anunciou ontem uma subida em 0,75 pontos percentuais da principal taxa de juro de referência, para 3,5 por cento “uma taxa não vista em três décadas”, lembrou o dirigente.

O dólar de Hong Kong está indexado ao dólar norte-americano, obrigando assim a Autoridade Monetária de Hong Kong (HKMA, na sigla em inglês) a seguir o aumento anunciado na quarta-feira pela Reserva Federal norte-americana.

“As pessoas devem estar preparadas para que as taxas interbancárias do dólar de Hong Kong subam ainda mais”, avisou ontem o presidente executivo da HKMA, Eddie Yue Wai-man.

A subida da taxa de juro ocorre num momento em que a economia da região administrativa especial chinesa está já em “recessão técnica”, após registar um declínio no PIB durante os primeiros dois trimestres do ano.

Danos colaterais

Outrora um centro de transportes e logística asiático, Hong Kong ficou isolada do mundo durante mais de dois anos devido às políticas anti-pandémicas, de acordo com a estratégia de zero casos da China.

A partir de 12 de Agosto, Hong Kong passou a permitir aos viajantes permanecer em quarentena durante três dias num hotel designado, e depois submeterem-se a quatro dias de vigilância médica.

Paul Chan disse mostrou-se favorável a facilitar a entrada de pessoas vindas do estrangeiro, para promover um maior investimento, pois as pessoas estão mais cautelosas num ambiente de altas taxas de juros.

No domingo, o secretário das Finanças tinha previsto que o défice orçamental da cidade chegará este ano a 100 mil milhões de dólares de Hong Kong, o dobro das estimativas iniciais.

Depois do anúncio da subida das taxas de juro, a bolsa de valores de Hong Kong negociou em baixa, com o principal índice, o Hang Seng, a cair 1,96 por cento até às 15:45. O Hang Seng perdeu mais de 22 por cento do seu valor este ano, depois de já ter caído 14 por cento em 2021.

22 Set 2022

MNE chinês e português reúnem-se à margem da sessão da Assembleia Geral da ONU

Os dois ministros concordaram que, apesar da difícil conjuntura internacional, Portugal e a China souberam manter a amizade e as boas relações, sobretudo económicas. Segundo deixaram entender, o melhor ainda estará para vir

 

O Conselheiro de Estado chinês e Ministro dos Negócios Estrangeiros Wang Yi encontrou-se com o seu homólogo português, João Gomes Cravinho, na quarta-feira à margem da 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU em curso.

Notando que “o povo chinês tem sentimentos amigáveis para com o povo português”, Wang disse que a relação China-Portugal resistiu ao teste das mudanças da paisagem internacional e alcançou um desenvolvimento sólido com base no entendimento mútuo e na confiança mútua.

“Os dois países avançaram na sua cooperação prática enquanto superavam o impacto da pandemia da COVID-19”, disse Wang, acrescentando que as exportações de produtos agrícolas e alimentares portugueses para a China estão a crescer rapidamente, e que a cooperação entre as grandes empresas de ambos os lados e a cooperação tripartida está a progredir sem problemas. “Tanto a China como Portugal estão empenhados na prática de um verdadeiro multilateralismo”, disse.

“Face às turbulências e transformações da situação internacional, a China está disposta a trabalhar com Portugal para defender conjuntamente o papel central da ONU nos assuntos internacionais, e promover a causa da paz humana, do desenvolvimento e do progresso”, afirmou ainda o MNE chinês.

Wang disse que Portugal, como membro importante da UE, tem desempenhado um papel positivo e construtivo nos intercâmbios China-UE: “A China espera compreensão mútua, apreciação mútua, coexistência pacífica e aprendizagem mútua com países europeus, incluindo Portugal, bem como respeito pelo caminho de desenvolvimento uns dos outros escolhido com base no seu respectivo legado histórico e cultural”.

Wang manifestou também a expectativa de que a UE adopte uma atitude objectiva, racional e imparcial e se mantenha fiel à corrente dominante da cooperação China-UE, de modo a obter resultados vantajosos para ambas as partes.

Pela sua parte, João Cravinho disse que os intercâmbios amigáveis entre Portugal e a China duraram séculos, e a cooperação prática bilateral em vários domínios desenvolveu-se rapidamente. “As empresas portuguesas têm um forte interesse em investir na China”, afirmou.

“A China desempenha um papel crítico na abordagem de desafios comuns, tais como a salvaguarda da paz e da segurança, e no combate às alterações climáticas. O lado português aprecia o papel positivo da China nos assuntos internacionais, e está pronto para manter intercâmbios de alto nível e promover diálogos estratégicos com o lado chinês”, acrescentou o ministro português.

“Portugal concorda com a diversidade de civilizações, apelando ao reforço da compreensão mútua através de um diálogo aberto e franco para criar uma atmosfera favorável à cooperação Portugal-China e UE-China”, conclui Cravinho.

As duas partes falaram muito da transferência suave de Macau através de negociações amigáveis entre os países, que criaram um destaque na cooperação, e comprometeram-se a aumentar conjuntamente o apoio à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Chamando efectiva a prática de “um país, dois sistemas” em Macau, Cravinho disse esperar que “Macau continue a actuar como ponte para facilitar a cooperação Portugal-China”.

Os dois lados também trocaram pontos de vista sobre a questão da Ucrânia. Wang informou sobre a posição básica da China de promover conversações de paz e sobre o papel construtivo que tem desempenhado.

22 Set 2022

Cheong Chi Kin admite apostas paralelas em salas operadas pelo Suncity

Cheong Chi Kin, quinto arguido no caso Suncity, admitiu ontem em tribunal, pela primeira vez, que decorreram apostas paralelas em várias salas VIP do território, incluindo as que eram operadas pelo grupo Suncity. Segundo a TDM Rádio Macau, esta foi a primeira vez que um arguido admitiu a ocorrência deste tipo de apostas ilegais no território, depois de duas sessões de julgamento em que foi abordado o alegado envolvimento de Cheong Chi Kin nestas operações.

O quinto arguido admitiu ter criado duas empresas que admitiam e geriam clientes de apostas paralelas, sendo que muitos deles terão sido apresentados a Cheong Chi Kin por Alvin Chau, ex-CEO do grupo Suncity e primeiro arguido do processo. No entanto, Cheong Chi Kin nega que Alvin Chau tenha estado directamente envolvido no esquema, tendo apontado mais dois arguidos como sendo sócios destas empresas.

O arguido não quis adiantar mais detalhes sobre estas entidades por estar muita gente envolvida sem ligação directa com o caso. Cheong Chi Kin referiu também que Alvin Chau sabia do esquema, mas não deu uma autorização directa para a realização de apostas ilegais, uma vez que era um tipo de operação recorrente nas salas de jogo em Macau, não sendo necessário consentimento.

Em tribunal, foram revelados documentos em que consta o nome “Wa”, relativo a um sócio, mas Cheong Chi Kin disse não se recordar se esse nome correspondia a Alvin Chau.

Os contabilistas

Na sessão de ontem, o Ministério Público apresentou ainda conversas em que Cheong Chi Kin partilhava com Alvin Chau informações de clientes que faziam apostas paralelas, incluindo quando estes decidiam mudar de sala no casino.

O arguido disse que lhe transmitia estes dados porque sentia que o devia fazer, uma vez que Alvin Chau lhe apresentava clientes e era suficientemente simpático para o ajudar a gerir as empresas, noticiou ainda a TDM Rádio Macau.

Cheong Chi Kin admitiu também que três contabilistas do grupo Suncity o ajudavam com as contas das apostas paralelas, sendo pagos por Patrick Wong, trabalhador da Suncity e oitavo arguido no processo. Cheong Chi Kin continua a ser ouvido hoje em tribunal.

22 Set 2022

DICJ | Duas chefias tomaram posse quarta-feira

A Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) anunciou ontem que na quarta-feira teve lugar a cerimónia de tomada de posse de Tou Chi Iau como chefe de Departamento de Estudos de Jogos e de Ligação e Wong Sou Kuan como chefe da Divisão de Ligação e Formação.

As duas responsáveis prestaram juramento de posse perante o director Adriano Marques Ho, o subdirector Lio Chi Chong e demais chefias.

Adriano Marques Ho “frisou que a chefe de departamento Tou Chi Iau e a chefe de divisão Wong Sou Kuan possuem uma vasta experiência profissional na DICJ. O director destacou o “bom conhecimento do funcionamento interno dos serviços, esperando que ambas consigam cumprir com lealdade as funções que lhes são confiadas e enfrentar desafios, liderando o pessoal dos serviços para criar uma equipa de trabalho eficaz e unida.”

Tou Chi Iau é licenciada em “Ciências (especialização em Economia e Estatística) pela Universidade Nacional de Singapura, tendo ingressado no cargo de técnico da DICJ em Setembro de 2006 e técnica superior, de Dezembro de 2006 a Setembro de 2021”.

Quanto à chefe de divisão “Wong Sou Kuan é licenciada em Economia pela Universidade de Xiamen, e ingressou no cargo de técnico superior da DICJ desde Março de 2005 até à presente data; Chefe da Divisão de Ligação e de Formação, em regime de substituição, de 8 de Setembro de 2021 a 7 de Setembro de 2022.

22 Set 2022