Hoje Macau Eventos“Hush!” decorre até ao final da semana com concertos e yoga Arrancou na última sexta-feira mais uma edição do festival “Hush!” com concertos, workshops e outras actividades criativas que se dividem entre a zona junto à praia de Hac Sá e o Centro de Arte Contemporânea de Macau nas Oficinas Navais nº 2. Muitos dos eventos requerem inscrição na plataforma Conta Única de Macau, cujo prazo termina hoje. O cartaz prossegue hoje com o evento “Origem – Oficina de partituras para filmes”, nas Oficinas Navais nº 2, entre as 20h e as 22h, seguindo-se a sessão do “Cruzeiro Musical”, com concertos num barco que fará o circuito entre o Porto-Cais da Barra e Coloane. Na quinta-feira o guitarrista japonês Ichika Nito protagoniza o evento “Reverbação nas Cordas – técnicas e tonalidades de guitarra da nova geração”, entre as 18h e as 19h30, seguindo-se um concerto com o mesmo artista das 20h30 às 21h30 nas Oficinas Navais. Na sexta-feira decorre, das 19h30 às 21h45, o concerto “Upbeat Power”, com as bandas locais “Splash Town”, “Deer Apocalypse”, “Funkroller x Jay Cuevas” e “Bedroom Pirate”, também nas Oficinas Navais n.º2. Enquanto isso, no sábado e domingo, das 14h30 às 16h30, é dia da “Parada de Pais e Filhos ‘Os Louvores do Gato Guerreiro'”, que decorre no centro de actividades juvenis do Porto Exterior e praia de Hac Sá. Também no fim-de-semana decorrem vários concertos junto ao centro náutico da praia de Hac-Sá, com bandas como “WhyOceans”, “SOKONINARU”, “Free Yoga Mats” ou “The Hot Dogs Express”, num total de mais de dez bandas, incluindo um “convidado misterioso”. No domingo está agendado, das 14h às 15h30, o workshop de “bolas de areia giratórias” no centro náutico da praia de Hac Sá. O festival “Hush!” conta com mais de 50 grupos artísticos do Interior da China e do estrangeiro que prometem proporcionar “uma maratona musical que abrange uma gama variada de estilos musicais, como o rock, electrónica, R&B, hip-hop, música experimental e jazz”, descreve o Instituto Cultural (IC), uma das entidades que promove o evento. Sábado e domingo estarão montados três palcos junto à praia de Hac-Sá, Coloane, onde vão ser “apresentados espectáculos ao vivo de alta qualidade, interpretados por artistas nacionais e estrangeiros”, havendo ainda actuações de bandas infantis locais. Além disso, haverá ainda uma feira de produtos culturais e criativos feitos em Macau, um espaço dedicado à gastronomia e stands de jogos. Yoga para todos Paralelamente, sábado e domingo, terá também lugar o “Festival do Bem-Estar Yoga Urbano”, com mais de 40 instrutores de ginásio e desporto de todo o mundo. Esta vertente do festival “Hush!” contém três áreas temáticas com workshops dedicados ao yoga, exercício físico e meditação, decorrendo na praia de Hac-Sá e Zona de Lazer Temporária, cuja participação está sujeita à aquisição de bilhete. Destaque ainda para o evento “Hush! 300 Segundos”, um concurso que permite aos participantes mostrarem os seus talentos musicais.
Hoje Macau EventosLusofonia | Arte de rua de Bordalo II pode ser vista em Dezembro Bordalo II, artista português conhecido pelas suas intervenções criativas no espaço público, é um dos nomes integrantes da Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que arrancou ontem. Os trabalhos de Bordalo II poderão ser vistos em Dezembro na antiga fábrica de panchões Iec Long e nos estaleiros navais de Lai Chi Vun Nascido Artur Bordalo, em 1987, Bordalo II é um artista de rua português que foi buscar inspiração para o seu nome ao seu avô, o pintor Real Bordalo. Contudo, o trabalho de um dos nomes mais conhecidos da arte de rua contemporânea portuguesa, com intervenções criativas em vários locais de Lisboa, tem também um lado de activismo social e político, chamando a atenção, através da arte, para muitas questões do quotidiano. Bordalo II é um dos artistas presentes na Exposição Anual de Artes entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que integra o cartaz do 5.º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa. A mostra arrancou este domingo, apresentando, até 1 de Janeiro do próximo ano, uma série de trabalhos de artistas lusófonos na Galeria de Exposições e Casa de Nostalgia das Casas da Taipa. A presença de Bordalo II é a prova de que, pela primeira vez, esta exposição integra o formato de arte de rua. No caso das peças de Bordalo II, por serem trabalhos de grande dimensão pensados para o espaço público, poderão ser vistas em Dezembro na antiga fábrica de panchões Iec Long e nos estaleiros navais de Lai Chi Vun, Coloane, espaços reabilitados pelo Instituto Cultural (IC). Segundo um comunicado do IC, Bordalo II transformou, para a sua participação nesta iniciativa de Macau, “lixo em tesouro, ao criar duas obras de arte pública de grandes dimensões, utilizando os resíduos como meio para chamar a atenção das pessoas para as questões da protecção ambiental”. Assim, “uma das suas obras tem a forma de um panda gigante”, em homenagem à China. Bordalo II tem tanto de conhecido como de polémico, pois as suas intervenções têm chamado a atenção dos media. É disso exemplo o tapete gigante com a impressão de uma nota de 500 euros colocado no recinto das Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa, para criticar o dinheiro gasto no evento. Mais recentemente, o artista criou tendas coloridas para chamar a atenção para o crescente número de sem-abrigo na capital portuguesa que vivem em tendas na rua devido aos elevados preços da habitação. Relações com todos A exposição tem como tema “Relações” e reúne um total de sete artistas do interior da China, de Portugal, do Brasil, de Angola e de Macau, apresentando um total de 21 obras entre pinturas, instalações, vídeos e esculturas de grande escala ao ar livre. Um dos nomes oriundos da China é Zhou Wei, que apresenta “Memória de Macau e na Forma do Tempo”, uma “instalação inovadora” que discute “a relação simbiótica interna da cultura, entre o passado, o presente e o futuro de Macau”. Destaque para as instalações de dois artistas de Macau, Mel Cheong e Lai Sio Kit. A obra de Mel Cheong explora, segundo o IC, “as diferentes interpretações sobre coisas de cada indivíduo, criando uma sociedade colorida e diversificada”. Enquanto isso, o trabalho de Lai Sio Kit “retrata o tempo e expressa a marca do tempo através da pintura, dando uma aparência envelhecida e desbotada aos pisos antigos”. Do Brasil chega-nos Eduardo Fonseca, apresentando um coelho do zodíaco chinês, “retratando paisagens chinesas para apresentar o imaginário cultural chinês”. Por sua vez, as pinturas do artista angolano Lino Damião, através da sobreposição de formas geométricas e da utilização de cores especiais, representam, de forma abstracta, a cultura urbana angolana e as suas memórias de passeios pela cidade.
Hoje Macau China / ÁsiaWang Yi na América | Biden no prato O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, reuniu-se com o Presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca, na sexta-feira. O objectivo desta visita foi “comunicar com os EUA e implementar eficazmente o importante consenso alcançado na reunião entre os dois chefes de Estado em Bali, no ano passado, e aguardar com expectativa São Francisco, a fim de promover a estabilização e a recuperação das relações China-EUA para que estas regressem rapidamente a uma via de desenvolvimento saudável e estável”, disse Wang a Biden. Durante a sua reunião com Biden, Wang declarou que “o princípio de uma só China e os três comunicados conjuntos entre a China e os EUA constituem a base política mais importante para as relações bilaterais e devem ser mantidos sem interferência”. “A China atribui importância ao desejo dos EUA de estabilizar e melhorar as relações bilaterais”, disse Wang, por isso “todas as partes devem actuar de forma responsável em relação ao mundo, à história e às pessoas, e promover o desenvolvimento estável e positivo das relações China-EUA com base nos três princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação vantajosa para todos, propostos pelo Presidente Xi Jinping. Isto não só serve os interesses fundamentais de ambos os países e dos seus povos, mas também satisfaz as expectativas comuns da comunidade internacional”. Do lado americano, Joe Biden expressou que a parte americana está disposta a manter a comunicação com a China e a trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios globais. Após a reunião de Biden com Wang, a Casa Branca disse que o presidente enfatizou a “necessidade de gerir a concorrência no relacionamento de forma responsável e manter linhas abertas de comunicação”. “Ele sublinhou que os Estados Unidos e a China devem trabalhar juntos para enfrentar os desafios globais”. Problemas detectados Durante a sua visita aos EUA, Wang também se encontrou com o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e com o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan. “O secessionismo de Taiwan é a maior ameaça à paz e à estabilidade no Estreito de Taiwan e o maior desafio às relações entre a China e os EUA, devendo ser firmemente combatido através de políticas e acções específicas”, disse Wang a Sullivan. Os dois concordaram num esforço conjunto para uma potencial reunião entre os dois chefes de Estado em São Francisco. Os EUA vão acolher a APEC em 2023, sob o tema “Criar um futuro resiliente e sustentável para todos”, em São Francisco. No seu encontro com Blinken, na quinta-feira, Wang afirmou que se ouvem frequentemente vozes dissonantes nas relações entre a China e os EUA, mas que a China está calma em relação a elas, porque considera que “o critério do certo e do errado não é determinado por quem tem mais bravata ou uma voz mais alta, mas sim pelo facto de se comportar de acordo com as disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA, com o direito internacional e as normas básicas das relações internacionais e com a tendência dos tempos”. Biden e Xi | Encontro em Novembro Os Estados Unidos e a China concordaram em trabalhar na organização de um encontro no próximo mês entre os dois presidentes, depois de uma reunião na sexta-feira entre Joe Biden e o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi. Apesar das tensões bilaterais, o Presidente dos Estados Unidos espera reencontrar-se com o homólogo chinês, Xi Jinping, na cimeira da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), que se realiza em São Francisco, na Califórnia, em meados de novembro. Xi Jinping ainda não confirmou a presença na cimeira. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, não deu qualquer indicação se Pequim tinha respondido positivamente ao convite para que Xi Jinping visitasse os Estados Unidos. “Estamos a trabalhar em conjunto” tendo em vista essa visita por ocasião da cimeira da Apec, assegurou um funcionário americano que pediu anonimato.
Hoje Macau China / ÁsiaApesar das sanções, Huawei aumenta receitas O grupo tecnológico chinês Huawei disse que as suas receitas aumentaram nos primeiros três trimestres do ano, apesar das sanções impostas por Washington, que dificultam a venda dos seus produtos e a aquisição de tecnologia avançada. A empresa com sede em Shenzhen, no sudeste da China, informou que obteve 456,6 mil milhões de yuans em receitas, nos primeiros nove meses do ano, um aumento de 2,4%, em comparação com o mesmo período do ano passado. A Huawei, o maior fabricante do mundo de equipamentos de rede, disse que a sua margem de lucro líquido ascendeu a 16%, mas não deu nenhuma base de comparação. Ken Hu, o presidente rotativo da Huawei, afirmou que os números estavam “em linha com as previsões”, agradecendo aos clientes e parceiros da Huawei pela sua confiança e apoio. “No futuro, continuaremos a aumentar o nosso investimento em pesquisa e desenvolvimento para tirar o máximo partido da nossa carteira de negócios e elevar a competitividade dos nossos produtos e serviços para novos patamares”, afirmou. A Huawei, que não está cotada em bolsa, é alvo de sanções norte-americanas desde que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump proibiu a empresa de fazer negócios com empresas norte-americanas, acusando-a de estar sujeita a cooperar com os serviços de espionagem da China. A medida cortou efetivamente o acesso da Huawei a semicondutores e a outras tecnologias dos EUA. A Huawei nega as acusações de que constitui um risco para a segurança e insiste que não espia para o Governo chinês. A empresa, que já foi um dos principais fabricantes de telemóveis, caiu do topo da classificação mundial, depois de ter perdido o acesso aos serviços Google para os seus dispositivos. Desde então, a Huawei dedicou-se a ajudar as empresas, fábricas e minas a digitalizarem-se. O grupo tem um dos maiores orçamentos mundiais para pesquisa e desenvolvimento, incluindo em tecnologias como ‘chips’ semicondutores e condução autónoma. Em setembro, a Huawei causou agitação depois de ter lançado a sua série de telemóveis Mate 60 na China. O topo de gama Mate 60 Pro utiliza um chip avançado de fabrico nacional, o que, segundo os especialistas, sugere que a empresa começou a ultrapassar as sanções impostas pelos EUA. Os consumidores chineses compraram os telemóveis Mate 60, dando à Huawei um aumento de 37% nas vendas de telemóveis, no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, mesmo quando outras marcas como a Apple, Oppo e Vivo registaram um declínio no crescimento das vendas, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Counterpoint Research. A Huawei disse no início desta semana que lançou um laboratório de saúde em Helsínquia, na Finlândia, como parte dos seus esforços para aprofundar a investigação em algoritmos de monitorização da saúde, a colocar em dispositivos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e EUA concordam em aumentar para 70 voos semanais entre os dois países A Administração de Aviação Civil chinesa (CAAC, na sigla em inglês) confirmou o aumento do número de voos semanais diretos de passageiros entre a China e os EUA para 70, a partir de 9 de novembro. O Departamento de Transportes dos Estados Unidos também já tinha anunciado os novos regulamentos na sexta-feira, aumentando o limite atual de 48 voos semanais (24 viagens de ida e volta) para 70. Entre as companhias aéreas chinesas que poderão lançar mais voos para os EUA estão a Air China, a Beijing Capital Airlines, a China Eastern Airlines, a China Southern Airlines e a Hainan Airlines, referiu o jornal chinês Global Times. As autoridades norte-americanas manifestaram o desejo de continuar o “diálogo produtivo” com a CAAC para facilitar uma reabertura gradual e mais ampla do mercado de serviços aéreos entre a China e os Estados Unidos. As ligações directas entre os dois países foram reduzidas ao mínimo durante a pandemia, devido à política chinesa de ‘covid zero’, que incluiu um encerramento quase total das fronteiras a estrangeiros. A agência de viagens online chinesa Qunar sugeriu que, “embora ainda haja uma diferença significativa em comparação com o volume de vôos em 2019, este último aumento, que é o segundo ajuste na frequência de vôos num curto período, indica uma tendência para ambos os lados expandirem as operações de vôo”. O aumento do número de vôos permite aos passageiros aceder a mais vôos diretos, o que é de “grande importância” para o fluxo de passageiros entre os dois países, afirmou a agência. Os 24 voos semanais entre a China e os EUA corresponde a 6% do volume de 2019, lamentou em junho o vice-presidente para o Norte da Ásia da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), Xie Xingquan. A retoma das inúmeras rotas aéreas que existiam antes da pandemia entre os dois países tem sido lenta, o que tem feito com que o preço dos bilhetes entre as duas maiores economias do mundo tenha permanecido elevado. O aumento da frequência dos vôos surge após a visita do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, aos Estados Unidos, numa tentativa de melhorar as relações entre as duas potências. A viagem de Wang seguiu-se a visitas à China de vários responsáveis norte-americanos este ano, incluindo o secretário de Estado, Antony Blinken, os secretários do Tesouro e do Comércio, Janet Yellen e Gina Raimondo, e o enviado especial para as Alterações Climáticas, John Kerry. No início de outubro, o líder chinês Xi Jinping afirmou que a relação bilateral “irá determinar o destino da humanidade” após se reunir com a primeira delegação de senadores dos EUA a visitar a China em quatro anos.
Hoje Macau China / ÁsiaCaça chinês repele bombardeiro estratégico dos EUA Um caça chinês aproximou-se a menos de três metros de um bombardeiro norte-americano B-52, capaz de transportar ogivas nucleares, que sobrevoava o Mar do Sul da China, quase provocando um acidente, disse na sexta-feira o Exército dos Estados Unidos, que divulgou um vídeo de 38 segundos sobre o incidente. Durante a intercepção noturna, o caça bimotor Shenyang J-11 aproximou-se do avião da Força Aérea dos Estados Unidos a uma “velocidade excessiva e descontrolada, voando por baixo, à frente e a menos de três metros do B-52, colocando ambas as aeronaves em risco de embate”, afirmou o Comando para o Indo-Pacífico dos EUA, em comunicado. “Estamos preocupados com o facto de o piloto não ter consciência de que esteve muito perto de provocar um embate”, lê-se na mesma nota. O Governo chinês lê de forma diferente o incidente. “Para mostrar a verdade sobre o reconhecimento próximo dos EUA às portas da China, o Ministério da Defesa Nacional chinês publicou um vídeo que mostra que os EUA são os provocadores e causadores de problemas”, escreve o jornal Global Times. “Algumas horas antes da divulgação do vídeo dos EUA, a China tinha acabado de divulgar um vídeo dos militares dos EUA no Mar do Sul da China a aproximarem-se e a interromperem o treino normal dos militares chineses”, narra o Global Times. “Ainda mais crítico, mas não mencionado pelos EUA, é o facto de o B-52 dos EUA ser um bombardeiro estratégico que pode transportar ogivas nucleares, o que não é o mesmo que um bombardeiro normal. Porque é que apareceu no Mar do Sul da China? O que fez exactamente para que o lado chinês fizesse uma intercepção de emergência durante a noite? Em 2015, dois bombardeiros estratégicos B-52 invadiram sem autorização o espaço aéreo adjacente às ilhas Nansha, na China, e o Pentágono fez uma declaração especial mais tarde. A aparição do B-52 no Mar do Sul da China também recebeu atenção internacional muitas vezes desde então. Os militares norte-americanos não só o consideraram um dado adquirido, como acusaram a parte chinesa de intercepção injustificada. Pode ver-se que, no que diz respeito ao “encontro perigoso” causado pelo reconhecimento próximo dos militares dos EUA na vizinhança da China, a preocupação real dos militares dos EUA com a situação perigosa é muito menor do que o seu interesse em aumentar o perigo”, conclui o Global Times. “Condutores de autoestrada” O B-52 estava “legalmente a realizar operações de rotina sobre o Mar do Sul da China no espaço aéreo internacional” quando foi interceptado pelo J-11 na terça-feira, disseram os militares dos EUA. As Forças Armadas norte-americanas afirmaram no comunicado que o incidente não vai alterar a sua abordagem. “Os Estados Unidos vão continuar a voar, navegar e operar – de forma segura e responsável – onde a lei internacional permitir”, afirmaram os militares. Segundo Pequim, “no âmbito da sua estratégia de contenção da China, os EUA não querem genuinamente evitar o conflito, mas têm um forte impulso para demonstrar o seu poder militar através de acções provocatórias contra a China, uma vez que procuram obter uma vantagem psicológica sobre este país e dar ao mundo a impressão de que podem “conter” a China. É como os condutores que, na autoestrada, cortam frequentemente à frente dos outros só para mostrarem as suas capacidades de condução. Estas pessoas imprudentes são a verdadeira fonte de perigo. Em contrapartida, todas as acções da China são tomadas em legítima autodefesa. Como salientou o porta-voz do Ministério da Defesa Nacional chinês, os encontros directos entre navios e aviões chineses e americanos ocorrem todos nas zonas marítimas e aéreas que rodeiam a China, e não no Golfo do México ou ao largo da costa dos EUA. É o lado americano que vem à porta da China para provocar e causar problemas.”
Hoje Macau Manchete Sociedade929 Challenge | Três ‘startups’ lusas nos primeiros lugares As ‘startups’ portuguesas Glooma, Bedev e Fykia Biotech arrecadaram no sábado o primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente, na competição “929 Challenge” As ‘startups’ portuguesas Glooma, Bedev e Fykia Biotech arrecadaram no sábado o primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente, na competição “929 Challenge”, em Macau. A Glooma apresentou uma luva que detecta o cancro da mama precocemente, a Bedev mostrou o desenvolvimento de dispositivos médicos com recurso à impressão 3D, enquanto a Fykia Biotech deu a conhecer a investigação de microalgas com aplicações na saúde, cuidados da pele e agricultura, destacando-se entre os oito projectos de empresas finalistas avaliados pelo júri e potenciais investidores. “É fantástica, nesta edição, a qualidade dos projectos apresentados em áreas que são muito importantes em termos de sustentabilidade, como a saúde, a biotecnologia e agricultura, incluindo alimentação”, disse à Lusa um dos co-fundadores e coordenadores do “929 Challenge”, José Alves. “Portanto, isto é extremamente motivante para o concurso e para os patrocinadores e os organizadores. A competição, de facto, está a consolidar-se e está a demonstrar que existe espaço em Macau para se fazer mais nesta área de empreendedorismo entre a China e os países de língua portuguesa”, salientou o também director da Faculdade de Gestão da Universidade Cidade de Macau (CityU). Para Marco Rizzolio, co-fundador e coordenador da competição 929 e também da CityU, nesta edição deu-se “um grande salto”, já que “pela primeira vez, estiveram no painel de juízes ‘venture capitals’ a assistir aos projectos”. “Isso é um grande salto porque no final de contas, mais do que uma competição, queremos que estes projectos recebam dinheiro para poder evoluir para outros níveis”, frisou o responsável. Vitória de Cantão Divididas em duas categorias, 16 equipas finalistas, oito ‘startups’ e oito de universidades chinesas e lusófonas, disputaram a final da terceira edição desta competição sino-lusófona. Entre as universidades, o primeiro lugar coube à chinesa Guangdong University of Science and Technology (Universidade de Ciência e Tecnologia de Guangdong) com um projecto de óleos de alimentação para aquacultura, seguida pela Universidade de Macau com obrigações verdes para investir em projectos sustentáveis e compensar emissões de carbono. Em terceiro lugar ficou a Guangdong Polytechnic University (Universidade Politécnica de Guangdong) com um plano para proteger trabalhos digitais de piratas informáticos. Ao todo, a edição deste ano registou mais de 1.500 participantes em mais de 280 equipas de nove países lusófonos e da China. O montante total dos prémios foi de 180 mil patacas e 40 mil patacas em serviços e ferramentas da Alibaba. O concurso tem a organização conjunta do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau) e de várias universidades e instituições da região administrativa especial chinesa.
Hoje Macau SociedadeCarne de porco | Preços mais baixos desde sexta-feira O preço por grosso dos suínos vivos importados para Macau baixou de 1.960 patacas para 1.600 dólares por cada 60,48 quilogramas desde sexta-feira, o que representa uma descida de 18 por cento. Segundo um comunicado do Instituto para os Assuntos Municipais (IAM), foi já realizada uma reunião com representantes de supermercados e comerciantes a fim de ajustar os novos preços na venda a retalho da carne. O IAM adiantou também que vai anunciar publicamente os preços médios de venda a retalho de dez tipos de carne de porco fresca em sete mercados públicos e também nos principais supermercados a partir de hoje e nos próximos sete dias.
Hoje Macau SociedadeDSEC | Transportes, comunicações e armazéns com menos vagas No ano passado, o sector dos transportes, armazenagem e comunicações perderam quase 1.500 empregos, de acordo com os dados publicados na sexta-feira pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC). “Em 2022 existiam em actividade 3.293 estabelecimentos do sector dos transportes, armazenagem e comunicações, menos 27, face a 2021 e o pessoal ao serviço totalizou 18.992 pessoas, menos 1.451”, foi revelado com os dados oficiais. Em comparação com 2021, as receitas do sector também tiveram uma quebra de 11,7 por cento, para 16,83 mil milhões de patacas. A queda das receitas aconteceu a um ritmo mais rápido que a diminuição das despesas, que ficaram nos 15,16 mil milhões de patacas, uma redução de 10,3 por cento. Com base nestes cálculos, o sector apresentou um excedente bruto de 1,67 mil milhões de patacas, uma queda homóloga de 22,9 por cento. Em relação ao investimento no sector houve um aumento de 1,54 mil milhões de patacas, um crescimento face a 2021 de 137,2 por cento, “devido ao facto de alguns estabelecimentos terem adquirido veículos e equipamentos”. Em 2022 havia 3.258 estabelecimentos do sector dos transportes e armazenagem, menos 29, relativamente a 2021 e o pessoal ao serviço era composto por 16.628 pessoas, menos 1.428. No que diz respeito ao sector das comunicações, havia 35 estabelecimentos, mais dois, face a 2021. O pessoal ao serviço era composto por 2.364 pessoas, menos 23, em termos anuais. As receitas do sector corresponderam a 7,25 mil milhões de patacas e as despesas a 5,03 mil milhões de patacas, baixando 10,8 por cento e 13,2 por cento, respectivamente, em termos anuais.
Hoje Macau Grande Plano MancheteMorte de Li Keqiang enluta nação chinesa | “A prioridade deve ser as pessoas” Talvez por ter proferido frases como estas, Li Keqiang está a ser celebrado pelo povo chinês que reconhece as qualidades que exibiu enquanto governante, nomeadamente a sua capacidade de trabalho, defesa das reformas económicas e extraordinária aposta no desenvolvimento científico, que terá valido à China o seu primeiro Nobel da Medicina O ex-primeiro-ministro chinês Li Keqiang morreu na sexta-feira passada, aos 68 anos, de ataque cardíaco. Li, que ocupou o cargo de primeiro-ministro entre 2012 e Março deste ano, sofreu um ataque cardíaco na quinta-feira e, “apesar de todos os esforços para o salvar, morreu às 00:10 de 27 de outubro “, informou a emissora CCTV. O Governo chinês expressou as suas “profundas condolências”. “Expressamos as nossas profundas condolências pela morte do camarada Li Keqiang na sequência de um ataque cardíaco súbito”, declarou Mao Ning, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa regular. Nas redes sociais chinesas, as palavras-chave relacionadas com a morte de Li só na Weibo tiveram mais de mil milhões de visualizações em apenas algumas horas. Nas partilhas sobre Li, o ícone para “gosto” foi transformado numa margarida, uma flor comum nos funerais chineses, e muitos internautas escreveram “descansa em paz”. Outros consideraram a sua morte uma perda, afirmando que Li trabalhou arduamente e contribuiu muito para o país. Likonomics em acção Nenhum primeiro-ministro chinês antes dele apresentara no currículo uma licenciatura em Direito e um doutoramento em Economia, ambos pela Universidade de Pequim. Li começou por assumir a missão de corrigir o desequilíbrio económico causado pela implementação de um pacote de estímulo de 4 biliões de yuans (572 mil milhões de dólares) em 2008, utilizado pelo seu antecessor numa tentativa de gerir a crise financeira mundial. Também por isso, Li Keqiang tem sido recordado positivamente pelas suas tácticas económicas, conhecidas como “Likonomics”, que incluíam esforços de desalavancagem, reformas estruturais e estímulos moderados. Enquanto primeiro-ministro, de 2013 a 2013, Li enfrentou muito mais desafios do que os seus antecessores, incluindo um ambiente externo hostil, a resistência de grupos de interesses e condições político-sociais complexas. Abordável e pragmático, Li conduziu a segunda maior economia do mundo através de um período difícil durante a sua década como primeiro-ministro, fazendo um esforço incansável para reformas orientadas para o mercado, procedimentos governamentais simplificados e um melhor ambiente de negócios para empresas privadas e estrangeiras. No ano em que Li tomou posse como primeiro-ministro, Pequim aprovou o histórico documento de reforma, que prometia deixar o mercado desempenhar um papel decisivo na afectação de recursos e que descrevia em pormenor o roteiro da reforma. A economia continuou a expandir-se, apesar de um ritmo mais lento de uma média de 5 a 6 por cento na última década, aproximando-se do limiar de um país de elevado rendimento. No seu discurso no Congresso Nacional do Povo, em Março de 2022, prometeu que “a política de abertura da China não mudaria, tal como o curso dos rios Yangtze e Amarelo não será invertido”. Segundo a Xinhua, “Li tomou medidas para manter o crescimento económico estável, realizar reformas, promover o ajustamento estrutural, melhorar os meios de subsistência das pessoas, prevenir riscos e manter a estabilidade. Esforçou-se activamente para expandir a procura interna efectiva, manter os principais indicadores económicos dentro de um intervalo adequado e basear-se na inovação para optimizar e melhorar as estruturas industriais”. Além disso, ainda segundo a Xinhua, “avançou sistematicamente com reformas para desenvolver a economia socialista de mercado, estabelecendo um equilíbrio adequado entre o governo e o mercado. Isto permitiu que o mercado desempenhasse um papel decisivo na afectação dos recursos e que o governo desempenhasse melhor o seu papel, promovendo assim um mercado eficiente e um governo funcional”. Tempos difíceis No entanto, algumas das suas políticas foram abandonadas à medida que a segunda maior economia do mundo tem vindo a inclinar-se mais para a segurança desde o início do segundo mandato de Xi em 2018, uma vez que o presidente deu prioridade à luta contra a corrupção, à protecção do ambiente, à segurança nacional e ao controlo do coronavírus, por vezes em detrimento do desenvolvimento económico. Pequim também teve de lidar com a guerra comercial lançada pela administração Trump, que levou a China a adoptar a chamada estratégia de dupla circulação, confiando mais no mercado interno e na tecnologia para o crescimento, sob restrições dos EUA. “Os acontecimentos fizeram descarrilar parte da agenda [de Li] nos últimos 10 anos, mas o seu pensamento ainda é muito relevante hoje”, disse Bert Hofman, director do Instituto da Ásia Oriental da Universidade Nacional de Singapura. “Li sempre me pareceu muito empenhado no desenvolvimento da China, intelectualmente curioso, com um conhecimento muito sofisticado da economia chinesa e da forma como a China poderia aprender com as boas práticas internacionais em matéria de gestão económica”. Victor Gao, vice-presidente do Centro para a China e Globalização em Pequim, disse que Li também pressionou “muito” pela inovação tecnológica e “enfatizou” o crescimento da fintech, permitindo que as empresas utilizassem toda a extensão da lei. “A sua ênfase no Estado de Direito foi muito importante”, afirmou. “Penso que continuaremos a avançar na direcção que ele definiu para toda a nação”. A importância de ser sincero Li também se dedicou a delegar mais poderes de Pequim, reduzindo as aprovações governamentais e reforçando o ambiente empresarial. O fundador da Mei KTV, Wu Hai, escreveu uma carta aberta em 2015 criticando o ambiente empresarial da China, acabando por receber uma resposta directa de Li. “A carta que escrevi foi impressa e estudada dentro do governo e amplamente discutida nos meios de comunicação estatais, o que desencadeou um clímax de melhoria do ambiente empresarial na altura”, disse Wu, que descreveu Li como um “líder muito admirável” com um “grande coração”. Antes de se tornar primeiro-ministro, Li era conhecido pelo seu chamado índice Li Keqiang, que adoptava uma combinação de indicadores – incluindo o volume de carga dos caminhos-de-ferro, o consumo de eletricidade e os empréstimos bancários – para medir o pulso à economia chinesa. Durante a pandemia do coronavírus, Li fez várias avaliações honestas da situação económica que ressoaram junto do público em geral, ao mesmo tempo que se comprometeu a estabilizar a economia. Em Maio de 2020, afirmou que a China tinha 600 milhões de pessoas com um rendimento mensal de 1000 yuan (137 dólares), uma afirmação surpreendente que divergia dos dados oficiais publicados anteriormente. “É apenas o suficiente para cobrir a renda mensal numa cidade chinesa de média dimensão. Agora estamos a enfrentar uma pandemia. Depois da pandemia, a prioridade deve ser a subsistência das pessoas”, disse Li em Pequim, na altura. Segundo a Xinhua, “para melhorar o bem-estar da população, Li dedicou esforços para resolver questões importantes no domínio do emprego, da educação, da habitação, dos cuidados de saúde e dos cuidados aos idosos”. A ciência como factor de desenvolvimento Li Keqiang ficou também conhecido pelo seu apoio à investigação científica, para apoiar o crescimento nacional. No final de Fevereiro, semanas antes de se reformar, Li discutia a importância da investigação com o matemático chinês de renome mundial Yau Shing-Tung, que se reformou de Harvard no ano passado para ensinar a tempo inteiro na Universidade de Tsinghua, com “o objectivo de ajudar a China a tornar-se uma potência matemática dentro de uma década”. “Li acreditava que a inovação e o desenvolvimento da ciência e da tecnologia requerem o apoio fundamental da ciência básica, cuja base é a matemática, a que chamou a coroa da ciência natural”, segundo a Xinhua. O apoio de Li à comunidade científica remonta ao seu tempo de vice-primeiro-ministro, de 2008 a 2013. Liu Dunyi, director fundador do Centro de Micro Sondas de Iões Sensíveis de Alta Resolução (SHRIMP) de Pequim, especializado na datação de rochas, incluindo o solo lunar, recordou a visita de Li ao laboratório em Agosto de 2009. “Li foi o único líder nacional que o nosso laboratório tinha recebido. Fui incumbido de lhe apresentar o nosso laboratório. Ele ouviu-me e fez muitas perguntas aos outros colegas”, disse Liu, acrescentando que Li também falou com cientistas de topo sobre as alterações climáticas. “Antes de se ir embora, encorajou-nos a trabalhar arduamente para fazer avançar a ciência e a tecnologia no nosso país e reconheceu os nossos esforços”. “Foi o antigo primeiro-ministro que impulsionou o aumento do financiamento, do espaço no campus e do recrutamento para a Academia Chinesa de Ciências Geológicas”, disse ainda Liu. Mais dinheiro para o saber Durante o mandato de uma década de Li como primeiro-ministro, a partir de 2013, as despesas de investigação e desenvolvimento da China aumentaram de 1 bilião de yuan, ou seja, menos de 2 por cento do seu produto interno bruto (PIB) de 2012, para mais de 3,08 biliões de yuan ou 2,54 por cento do PIB em 2022. A China também gastou um recorde de 202 mil milhões de yuans em investigação fundamental no ano passado, ocupando o segundo lugar a nível mundial, a seguir aos Estados Unidos. Um ano depois de assumir o cargo de primeiro-ministro e principal responsável económico da China, Li convidou Marcia McNutt, na altura editora-chefe da revista Science, para uma reunião em Pequim. “O facto do primeiro-ministro chinês querer reunir-se comigo enviou fortes sinais de como a China está a encarar a ciência como fundamental para o seu bem-estar futuro”, escreveu McNutt, geofísica, num editorial para a Science intitulado “Li and Me”, contando o encontro que tiveram em 2014. O encontro de meia-hora acabou por durar 70 minutos e abordou questões que vão desde o programa espacial chinês, as alterações climáticas e a protecção ambiental, até à educação e à cooperação científica internacional, disse McNutt, que é actualmente presidente da Academia Nacional das Ciências dos EUA. “A investigação científica atingiu o estatuto de estrela de rock na China”, escreveu. “Se o resultado a longo prazo for que os jovens mais talentosos da China se tornem investigadores para encontrar soluções ambientais, todos ganharemos”. Numa nota de acompanhamento, também publicada na mesma edição da Science, Li afirmou que “o desenvolvimento das energias renováveis e a conservação da energia e dos recursos podem contribuir para o crescimento do PIB, preservando o ambiente”. McNutt disse que ficou “muito impressionada com o seu domínio do inglês, ao ponto de corrigir o tradutor, e com o seu fascínio pela ciência”, disse. “Admirava a relação estreita que o Primeiro-Ministro Li mantinha com Bai Chunli, o presidente da Academia Chinesa das Ciências (CAS). Foi essa relação que fez com que a ciência chinesa se tornasse o sistema de classe mundial que é hoje”. Li afirmou em 2015 que “a profundidade da investigação científica fundamental determina a vitalidade da inovação de um país”. Durante uma visita ao Instituto de Física do CAS nesse ano, Li encorajou os cientistas a prosseguirem uma investigação mais original, apelando a que transformassem “Made in China” em “Created in China”. Em 2016, disse numa conferência nacional que, apesar das pressões financeiras, o investimento público em investigação científica não podia ser reduzido, apelando a que fosse aumentado. No Fórum Económico Mundial de 2014, em Tianjin, Li promoveu pela primeira vez a sua campanha de empreendedorismo e inovação em massa. Os governos locais a todos os níveis aderiram – subsidiando incubadoras e parques de inovação, e criando fundos de capital de risco para permitir que as “microempresas” prosperassem na sua jurisdição. “Li desempenhou um papel fundamental na promoção da transferência de tecnologia e no fomento do empreendedorismo. Políticas como a de permitir que os cientistas lancem uma start-up abriram caminho para o rápido desenvolvimento da China nos últimos anos”, disse o cientista. Nobel no topo do bolo Li sublinhou repetidamente a importância de dar mais autonomia aos investigadores e de reduzir a burocracia administrativa, especialmente no que diz respeito ao financiamento. “Li concentrou-se mais na forma como a ciência e a tecnologia poderiam servir o desenvolvimento económico e social”, disse outro cientista do CAS. Enquanto primeiro-ministro chinês, Li partilhou a emoção da comunidade científica quando Tu Youyou ganhou o primeiro Prémio Nobel da Medicina da China, em 2015, pelo seu trabalho sobre o medicamento anti-malária artemisinina, baseado na antiga medicina herbal chinesa. “O prémio de Tu é um reflexo do progresso da China em ciência e tecnologia e da enorme contribuição da medicina tradicional chinesa para a saúde humana, mostrando o crescente poder nacional e a influência internacional da China”, escreveu Li numa carta de felicitações à Academia de Ciências Médicas Chinesas, onde trabalha Tu Youyou. O partido e a glória Segundo a Xinhua, uma nota fúnebre, emitida conjuntamente pelo Comité Central do PCC, pela Comissão Permanente do Congresso Nacional do Povo (CNP), pelo Conselho de Estado e pela Comissão Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, refere que “Li foi um excelente membro do Partido Comunista Chinês, um soldado comunista leal e de longa data e um revolucionário proletário excepcional, estadista e líder do Partido e do Estado”. Depois de se reformar do cargo de liderança, “Li continuou a defender firmemente a liderança do Comité Central do PCC, o papel central do camarada Xi Jinping, a preocupar-se com o avanço da causa do Partido e do país, e a defender firmemente os esforços do Partido para melhorar a conduta, construir a integridade e combater a corrupção. A vida de Li foi uma vida revolucionária, laboriosa e gloriosa, dedicada a servir de todo o coração o povo e a causa comunista”, refere a nota obituária, acrescentando que a sua morte é uma grande perda para o Partido e o Estado. “Glória eterna ao camarada Li Keqiang!”, conclui a nota obituária. Uma vida… Julho de 1955 Li Keqiang nasce em Dingyuan, província de Anhui, no leste da China. Março de 1974 Entra parta a Brigada de Dongling, comuna de Damiao, condado de Fengyang, em Anhui, como jovem instrutor. Maio de 1976 Torna-se membro do PCC. 1976-1978 Chefe do Partido na Brigada Damiao. Março de 1978 e Fevereiro de 1982 Li estuda no Departamento de Direito da Universidade de Pequim entre, onde foi director da União dos Estudantes. Após Fevereiro de 1982 Li foi sucessivamente secretário do Comité da Universidade de Pequim da Liga da Juventude Comunista da China (CYLC), membro do Comité Permanente do Comité Central da CYLC, director do Departamento Escolar do Comité Central da CYLC e secretário-geral da Federação dos Estudantes de Toda a China, membro suplente do Secretariado do Comité Central da CYLC, membro do Secretariado do Comité Central da CYLC e vice-presidente da Federação da Juventude de Toda a China, e chefe do Comité de Trabalho Nacional dos Jovens Pioneiros Chineses. Março de 1993 Desempenha as funções de primeiro membro do Secretariado do Comité Central do CYLC, presidente da Universidade Juvenil de Estudos Políticos da China e membro do Comité Permanente do 8º CNP. Após Junho de 1998 Li foi sucessivamente secretário-adjunto do Comité Provincial de Henan do PCC, governador interino de Henan e, mais tarde, governador de Henan; secretário do Comité Provincial de Henan do PCC e governador de Henan; e secretário do Comité Provincial de Henan do PCC e presidente do comité permanente do Congresso Popular Provincial de Henan. Dezembro de 2004 Secretário do Comité Provincial de Liaoning do PCC e, mais tarde, simultaneamente, presidente do comité permanente do Congresso Popular Provincial de Liaoning. Outubro de 2007 Eleito membro do Bureau Político do Comité Central do PCC e da sua comissão permanente. Março de 2008 Nomeado Vice-Primeiro-Ministro do Conselho de Estado e desempenhou as funções de Secretário-Adjunto do seu Grupo de Líderes do Partido. Foi responsável pelo trabalho quotidiano do Conselho de Estado. Ajudou a responder à crise financeira internacional, a acelerar a reestruturação económica, a aprofundar a aplicação da estratégia de desenvolvimento regional coordenado, a promover a conservação de energia, a redução das emissões e a protecção do ambiente, e a promover a reforma dos sistemas médico e de saúde. Novembro de 2012 Reeleito membro do Bureau Político do Comité Central do PCC e da sua comissão permanente. Março de 2013 Nomeado Primeiro-Ministro do Conselho de Estado. Outubro de 2017 Reeleito membro do Bureau Político do Comité Central do PCC e da sua comissão permanente. Março de 2018 Reconduzido no cargo de primeiro-ministro do Conselho de Estado. Março de 2023 Li deixa de ser o primeiro-ministro. 27 de Outubro Li Keqiang morre devido a um súbito ataque cardíaco.
Hoje Macau China / ÁsiaGaza | ONU alerta que “nenhum lugar é seguro A coordenadora dos assuntos humanitários da ONU para os territórios palestinianos alertou ontem que “nenhum lugar é seguro em Gaza” devido aos bombardeamentos israelitas no território desde o início da guerra com o Hamas. Lynn Hastings afirmou em comunicado que os “avisos prévios” emitidos pelo exército israelita para que as pessoas se retirem das zonas que pretende atingir “não fazem qualquer diferença”. “Nenhum sítio é seguro em Gaza”, afirmou Hastings, citada pela agência francesa AFP. A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas em Israel em 07 de Outubro, que as autoridades israelitas dizem ter causado mais de 1.400 mortos. Israel prometeu aniquilar o grupo islamita palestiniano e, desde então, tem bombardeado a Faixa de Gaza, com um saldo de mais de 6.500 mortos, segundo o Hamas. Hasting disse que o exército israelita “continua a avisar os habitantes da cidade de Gaza de que aqueles que permanecem em casa estão a colocar-se em perigo”. Referiu que, em alguns casos, a notificação do exército israelita] “encoraja as pessoas a irem para uma zona humanitária em Al-Mawasi”, situada a oeste da cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. “Para as pessoas que não podem fugir, porque não têm para onde ir ou não podem deslocar-se, os avisos precoces não fazem qualquer diferença”, disse a coordenadora da ONU. Hastings lamentou que as pessoas tenham de enfrentar escolhas impossíveis “quando as rotas de evacuação são bombardeadas, (…) quando faltam os bens essenciais à sobrevivência e quando não há garantias de regresso”.
Hoje Macau PolíticaTráfico humano | Governo expressa indignação após ser alvo de sanções dos EUA O Governo de Macau expressou ontem “forte indignação e firme oposição” após os Estados Unidos terem decretado sanções por falhas na luta contra o tráfico humano. “A respectiva determinação por parte dos EUA foi emitida sem o conhecimento total das informações, à luz de dados irreais e com base em informações incorretas sobre Macau do dito Relatório sobre o Tráfico de Pessoas, (…) numa tentativa de desencadear confusão na sociedade internacional, postergar os esforços envidados e os contributos desde sempre dados no âmbito da prevenção e do combate ao tráfico de pessoas”, defendeu em comunicado divulgado pelo gabinete do secretário para a Segurança. Na mesma nota salienta-se que “o trabalho de prevenção e combate ao crime de tráfico de pessoas em Macau tem sido eficazmente realizado com o apoio das autoridades centrais, (…) nunca tendo havido lugar à dependência e ajuda, nem sido recebido financiamento relevante ou qualquer forma de apoio por parte dos EUA”. O Governo de Macau sustentou ainda que “o crime do tráfico de pessoas tem mantido sempre uma baixa percentagem ou uma percentagem quase nula na sociedade”, que tem adoptado estratégias internacionais e realizado com sucesso “trabalhos relacionados com a prevenção e combate ao tráfico de pessoas e com a prestação de apoio às vítimas, (…) empenhando todos os esforços na eliminação deste perigo público mundial”. Anúncio americano Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira sanções a vários territórios, entre os quais Macau, com as sanções por incumprimento com os padrões da Lei de Proteção às Vítimas do Tráfico Humano a entrarem em vigor no próximo ano, de acordo com um decreto assinado pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, datado de 29 de Setembro. As sanções dos Estados Unidos a Macau aplicam-se à “ajuda não humanitária e não relacionada com o comércio”, mas também não permitem financiamento para a participação em programas de intercâmbio educativo e cultural, a não ser que promova a luta contra o tráfico de pessoas ou seja do interesse nacional norte-americano. Determina-se, contudo, que as sanções vão vigorar até que esses governos “cumpram as normas mínimas (…) ou envidem esforços significativos”, pode ler-se no decreto. No caso de Macau, Joe Biden deu ainda instruções aos responsáveis norte-americanos nos bancos de desenvolvimento e no Fundo Monetário Internacional (FMI) a “votar contra e a envidar todos os esforços para recusar qualquer empréstimo ou outra utilização dos fundos da respectiva instituição”. A determinação, contudo, elenca excepções. Por um lado, quando estiver em causa ajuda humanitária ou relacionada com o comércio, bem como à assistência ao desenvolvimento que responda diretamente às necessidades humanas básicas, desde que não seja administrada ou beneficie o governo de Macau. Por outro, quando essa ajuda possuir, também aqui, potencial para promover a luta contra o tráfico humano ou for do interesse nacional dos Estados Unidos. Macau encontra-se na ‘lista negra’ dos EUA de territórios com medidas insuficientes para travar o tráfico de pessoas, situando-se no nível três, numa avaliação em que o nível quatro é o mais baixo. Os EUA calculam que cerca de 27 milhões de pessoas no mundo são vítimas de tráfico humano e trabalhos forçados, um fenómeno que atinge sobretudo mulheres, pessoas da comunidade LGBT (sigla para lésbicas, ‘gays’, bissexuais e transgénero) e minorias étnicas e religiosas.
Hoje Macau EventosHalloween | Festas no Wynn e Albergue SCM este fim-de-semana Macau prepara-se para celebrar o Halloween com diversos eventos espalhados pela cidade já a partir deste fim-de-semana. Um deles decorre no Albergue da Santa Casa da Misericórdia de Macau (SCM) amanhã e domingo, intitulando-se “The 9th Halloween Albergue SCM”, festa que decorre no pátio do Albergue do SCM entre as 17h30 e as 21h30. No mesmo local, e nos mesmos dias, mas entre as 16h e as 19h, acontece o evento “Albergue SCM – Let’s Trick or Treat” (“Uma travessura ou um doce”) destinado aos mais pequenos e respectivas famílias. Ambas as iniciativas têm entrada gratuita e são organizadas pelo CAC – Círculo dos Amigos da Cultura de Macau, tendo ainda o apoio da Fundação Macau. Por sua vez, a operadora de jogo Wynn apresenta também uma festa de piscina para celebrar esta data festiva. Hoje e amanhã, entre as 19h e as 22h30, decorre a “Hallo Wynn Party” junto à piscina do Wynn Macau, com bilhetes que começam nas 488 patacas. Segundo um comunicado, espera-se um buffet com iguarias típicas do Halloween, ou seja, com muitas abóboras e imagens assustadoras, podendo o público integrar-se num ambiente com uma “decoração assombrosa inspirada nos castelos europeus” e com “bruxas malvadas, abóboras carnudas, morcegos assustadores e rosas negras”. Espera-se ainda uma festa com “espectáculos de dança com fogo e outros divertidos espectáculos teatrais, com personagens vestidas com fatos horripilantes que se vão misturar no meio da multidão”, descreve a Wynn, em comunicado.
Hoje Macau EventosFIMM | Fadista Gisela João actua amanhã É já amanhã que actua no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) a fadista portuguesa Gisela João, apresentando o concerto “AuRora”, onde se explorará “a essência do Fado, permitindo ao público desfrutar de uma experiência vocal repleta dos mais diversos sabores da vida”, descreve o Instituto Cultural (IC). O espectáculo integra o cartaz do XXXV Festival Internacional de Música de Macau (FIMM), que está prestes a chegar ao fim. Hoje, com repetição amanhã, acontece o espectáculo com Teodor Currentzis e a sua orquestra “musicAeterna” no grande auditório do CCM. Serão tocadas as composições clássicas de Rimsky-Korsakov, Rachmaninoff e Prokofiev. Amanhã e domingo acontece, na Casa do Mandarim, o espectáculo de fusão “Canção do Ch’in”, com o intérprete de guqin, Chen Leiji, que se une a um grupo de músicos da Câmara da Orquestra do CNAC da China, apresentando-se instrumentos de corda chineses e ocidentais. O FIMM termina segunda-feira com “Ecos da Vida”, um espectáculo criado pela jovem pianista germano-nipónica Alice Sara Ott e pelo arquitecto internacionalmente premiado Hakan Demirel, que acontece no grande auditório do CCM. Apresenta-se um recital de Alice Sara Ott e instalações de vídeo concebidas por Hakan Demirel em torno dos 24 prelúdios de Chopin.
Hoje Macau EventosConcerto de guitarrista Kris Nandharaj amanhã na FRC Acontece amanhã, a partir das 21h, na Fundação Rui Cunha (FRC), o concerto com o guitarrista tailandês Kris Nandharaj, que integra o ciclo “Meet the Masters” da iniciativa “Saturday Night Jazz”, que a FRC apresenta regularmente aos sábados. Segundo um comunicado da FRC, Kris Nandharaj é também compositor e professor de música no Departamento de Jazz da Universidade Silpakorn em Banguecoque, actuando em Macau ao lado da banda residente da Associação de Promoção do Jazz de Macau (MJPA). O guitarrista é especializado em jazz moderno, tendo uma sólida formação em jazz tradicional. Kris Nandharaj começou a estudar guitarra aos 15 anos por influência do rock, formando-se em Jazz pela Universidade Silpakorn de Banguecoque em 2004. Depois da formação académica trabalhou como professor e começou a tocar em diversas bandas na Tailândia. Em 2006, o músico mudou-se para Nova Iorque, tendo estudado, a partir de 2008, Música e Artes Performativas na New York Steinhardt University. Aí “teve a oportunidade de praticar guitarra jazz com muitos artistas famosos de classe mundial”, revela um comunicado da FRC. O guitarrista fez ainda um mestrado em Música e Performance de Jazz em 2010, ano em que se tornou instrutor de guitarra na Universidade de Nova Iorque (NYU) e passou a tocar em espectáculos e festivais de Nova Iorque, Boston e Washington D.C. Percurso de sucesso O artista regressou à Tailândia em 2012, onde tem feito um percurso profissional de sucesso, como professor e artista. Além de ter publicado um álbum instrumental de jazz em 2020, intitulado “Kris Nandharaj Quartet Plus One: West Side Story”, tocou e gravou com diversas bandas como os Mellow Motif, um grupo de jazz tailandês, os Bomi’s Homies, uma banda de jazz coreana, os The Begins Grand, a banda de apoio nos programas televisivos The Voice Tailândia e The Voice Kids, Big to the Future, uma banda holandesa de swing jazz. Kris Nandharaj teve ainda participações pontuais em bandas de jazz, pop-funk e ska-reggae tailandesas. O ciclo de espectáculos “Meet the Masters” é promovida anualmente pela MJPA, apresentando músicos profissionais radicados ou de passagem pelo território. Realiza-se desde 2014 e é uma das actividades de longo prazo da MJPA, tendo já sido convidados inúmeros músicos profissionais a Macau para ensaiar com os membros e actuar em conjunto para o público local. A MJPA, co-organizadora do Saturday Night Jazz com a FRC desde 2014, é uma associação artística local sem fins lucrativos, criada em 2010. O objectivo da MJPA é promover a música jazz junto do público de Macau e proporcionar oportunidades aos músicos locais, realçando assim a característica multicultural do território.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim quer reforçar cooperação com a Califórnia na questão do clima O ministro do Ambiente chinês, Huang Runqiu, afirmou ontem que a China pretende reforçar a cooperação com os Estados Unidos na luta contra as alterações climáticas, durante uma reunião com o governador da Califórnia, Gavin Newsom. Newsom está a fazer uma visita de uma semana à China, visando promover a cooperação no âmbito da luta contra as alterações climáticas. A viagem de Newsom como governador, outrora considerada rotineira, ganhou maior relevo no âmbito das tensões crescentes entre EUA e China. O clima é uma das poucas questões em que os dois países concordaram em trabalhar juntos. As relações entre Pequim e Washington deterioraram-se nos últimos anos, devido a uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos, o estatuto de Hong Kong e Taiwan ou a soberania do mar do Sul da China. Huang disse que o seu ministério vai continuar a cumprir os acordos ao abrigo de um memorando de entendimento assinado no ano passado entre China e Califórnia, que inclui “investimentos no mercado do carbono, adaptação climática, implementação da lei ambiental e intercâmbio entre pessoas para reforçar a cooperação e ter um efeito positivo na cooperação ambiental China – EUA”. A Califórnia é líder na regulação da poluição atmosférica e outras questões relacionadas com o clima, disse Newsom, durante o encontro. “Mas reconhecemos os limites da liderança subnacional. Precisamos de mais parceiros. E estou aqui com esse espírito de parceria e também de humildade, reconhecendo que não temos todas as respostas”, disse o governador. Ambas as partes falaram sobre o aumento de fenómenos de clima extremo nos seus países. Objectivo comum Califórnia e China emitiram uma declaração na quarta-feira na qual se comprometem a trabalhar em conjunto para combater as alterações climáticas, incluindo promover o uso de energia eólica, tecnologias avançadas de armazenamento de energia e veículos com emissões zero. Newsom foi recebido em Pequim com uma cordialidade e simpatia raramente vistas entre autoridades norte-americanas e chinesas. Na quarta-feira, reuniu-se com o líder chinês, Xi Jinping, e outros líderes de topo, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, e o vice-presidente, Han Zheng. Newsom destacou o clima como um domínio em que ambas as partes precisam de cooperar, uma vez que está em causa a sobrevivência e o futuro da população humana. Reuniu-se ainda com o chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, órgão máximo de planeamento económico do Governo chinês.
Hoje Macau China / ÁsiaTiangong | Pequim envia tripulação mais jovem de sempre para estação espacial A política chinesa de desenvolvimento espacial conheceu ontem um novo capítulo com a colocação em órbita dos astronautas mais jovens de sempre. O objectivo é ter um astronauta chinês na lua até 2030 A China lançou ontem a tripulação mais jovem de sempre para a sua estação espacial Tiangong, em órbita, no âmbito da estratégia de enviar um astronauta chinês à Lua até 2030. A missão tripulada Shenzhou-17 partiu a bordo de um foguetão às 11:14 do centro de lançamento de Jiuquan, no deserto de Gobi, no noroeste do país, segundo a agência espacial chinesa responsável pelos voos espaciais tripulados (CMSA). De acordo com a televisão estatal chinesa CCTV, a idade média dos três membros da tripulação, 38 anos, é a mais baixa desde o lançamento da missão inicial de construção da estação espacial, que ficou concluída no final de 2022. O trio de ‘taikonautas’ (o nome chinês para astronautas) Tang Hongbo (40 anos), Tang Shengjie (33 anos) e Jiang Xinlin (35 anos) deverá chegar à Tiangong dentro de seis ou sete horas, para substituir uma tripulação que está na estação há seis meses. A agência anunciou também ontem planos para enviar um novo telescópio para sondar as profundezas do universo. A CCTV disse que o telescópio permitiria mapear o céu, mas nenhum prazo foi dado para a instalação. A viagem de ontem insere-se na estratégia de enviar um astronauta chinês à Lua até 2030, um dos principais objectivos de um programa espacial no qual o país já investiu milhares de milhões de euros. Por todo o espaço A China tem actualmente projectos de cooperação com a Agência Espacial Europeia e o Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Espaciais Exteriores, que podem vir a aumentar, tendo em conta que a Tiangong pode em 2024 tornar-se a única estação espacial operacional. A Estação Espacial Internacional, iniciativa liderada pelos Estados Unidos e à qual a China está proibida de aceder devido aos laços militares do seu programa espacial, deverá ser abandonada em 2024. Em 2019, a China pousou uma nave espacial no lado mais distante da Lua, tornando-se a primeira nação do mundo a fazê-lo, e em 2020, trouxe de volta amostras lunares e finalizou o Beidou, sistema de navegação por satélite. Em 2021, a China fez aterrar um pequeno robô em Marte, e o próximo passo é garantir o lançamento de duas missões espaciais tripuladas por ano, segundo a CMSA. O país quer ainda lançar em 2030 a missão espacial Tianwen-3, para recolher e trazer de volta para a Terra amostras do solo de Marte, disse à Lusa no início do mês o cientista português André Antunes, responsável pela unidade de astrobiologia do Laboratório de Referência do Estado para a Ciência Lunar e Planetária da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau (MUST).
Hoje Macau SociedadeExcursões | Guia pediu grupo para transportar perfumes Os serviços de alfândega de Gongbei descobriram um caso de contrabando no qual está envolvido um grupo de excursionistas e o seu guia turístico. Segundo um comunicado enviado às redacções, o caso ocorreu no passado dia 19, tendo o guia incitado o grupo de turistas a contrabandear um total de 485 perfumes e produtos de higiene pessoal, colocados nas suas malas e bagagens. Todos estes produtos acabaram por ser detectados nas máquinas de raio-x dispostas no posto fronteiriço da ponte de Hong Kong-Zhuhai-Macau numa altura em que os turistas se dirigiam para o interior da China. Após uma investigação das autoridades, foi confirmado que os produtos pertenciam ao guia turístico, que pediu aos turistas para os colocarem nas suas malas e bagagens antes de passarem a fronteira.
Hoje Macau SociedadeWhatsApp | Desmentido boato sobre falso esquema A Polícia Judiciária (PJ) emitiu ontem um comunicado a desmentir um boato que circulou nas redes sociais sobre a opção “bloquear” da aplicação WhatsApp. Segundo a informação não-factual que foi partilhada, o falso esquema partiria de uma mensagem enviada por uma pessoa desconhecida e quando o receptor clicava em “bloquear” a sua conta na aplicação de conversação era “invadida imediatamente”. A PJ explicitou que “o referido botão de “bloquear” é o verdadeiro recurso de “ferramenta de segurança” do WhatsApp. Quando o utilizador de WhatsApp receber uma mensagem de uma pessoa que não é dos seus contactos, aparece automaticamente esta alerta”. Além disso, o Centro de Coordenação de Combate às Burlas da PJ revelou “que até ao presente não foi recebida qualquer denúncia em relação à invasão da conta de WhatsApp e que tenha havido prejuízo por causa de clicar o botão ‘bloquear’”.
Hoje Macau SociedadePJ | Desempregada presa por burla Uma residente com 47 anos foi presa, por estar envolvida num esquema de burlas relacionada com a oferta de empregos. Segundo a Polícia Judiciária (PJ), a suspeita encontrou-se com uma mulher num casino de Macau, e prometeu arranja-lhe emprego para a filha, assim como uma autorização de residência, a troco de um pagamento de 130 mil dólares de Hong Kong. O trabalho prometido era na empresa de construção do marido da mulher. Com a promessa foi ainda informado que o todo o processo seria terminado dentro de 20 dias, o que nunca aconteceu. No entanto, como a residente ficou incontactável depois de receber o pagamento, a vítima apresentou queixa junto das autoridades. A mulher residente foi detida a 22 de Outubro, quando se preparava para deixar Macau e ir para o Interior.
Hoje Macau SociedadeLei da Educação Patriótica elogiada em Macau A Assembleia Popular Nacional aprovou na terça-feira a Lei de Educação Patriótica, que entrará em vigor a 1 de Janeiro do próximo ano. A legislação foi anunciada como um instrumento que irá reforçar a educação patriótica e promover o espírito do patriotismo. Segundo o Ministério da Justiça da República Popular da China, “a lei destaca a educação patriótica para jovens e crianças e estabelece disposições relativas à educação patriótica para vários grupos de pessoas, tais como funcionários de departamentos governamentais, empresas e instituições públicas, residentes de zonas urbanas e rurais, bem como compatriotas de Hong Kong, Macau e Taiwan e chineses ultramarinos”. Apesar de não estipular directamente obrigações práticas que mexam com o sistema de ensino de Macau, a lei nacional mereceu elogios vários dirigentes políticos. O presidente da Associação Comercial de Macau, Frederico Ma Chi Ngai, foi um dos dirigentes que elogiou a Lei de Educação Patriótica. “A maioria dos residentes de Macau tem uma tradição patriótica e um forte sentimento de identidade nacional, de pertença e de orgulho nacional. A aplicação desta lei no futuro desempenhará um importante papel de orientação na educação patriótica de Macau na nova era”. Frederico Ma Chi Ngai, que também é membro da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, indicou em declarações ao jornal Ou Mun que, enquanto “defensor e praticante dos valores fundamentais do patriotismo e amor a Macau”, organiza todos os anos uma visita à Exposição sobre a Educação da Segurança Nacional com membros da Associação Comercial de Macau. O dirigente sublinhou ainda que as escolas afiliadas à associação comercial (Escola Secundária da Ilha Verde e Escola Seong Fan) “cooperam activamente com as políticas do Governo da RAEM de educação patriótica e esforçam-se para inculcar nos estudantes o espírito patriótico”. A história correcta O deputado e presidente da Associação dos Jovens do Povo Nick Lei considera que o Governo da RAEM deve “reforçar o trabalho de educação patriótica para a sociedade, especialmente para promover a compreensão profunda da história e da cultura da pátria”. O jovem deputado realça ainda que a “educação patriótica é uma parte vital da estabilidade e do desenvolvimento social”. “Apelo aos residentes de Macau, especialmente aos jovens, para que tenham uma compreensão profunda do desenvolvimento nacional, da conotação da educação patriótica, que salvaguardem conscientemente a soberania nacional, a unidade e a integridade territorial, e se oponham resolutamente a quaisquer forças externas”, afirma Nick Lei.
Hoje Macau PolíticaIdosos | IAS insiste que habitação é para pessoas independentes Os apartamentos para idosos foram concebidos a pensar nas pessoas que têm mobilidade total e são independentes. O esclarecimento foi feito ontem por Hoi Va Pou, vice-presidente do Instituto de Acção Social (IAS), depois das críticas contra o projecto do Governo, face à inexistência de instalações com cuidados de saúde. Hoi Va Pou explicou que há quartos com equipamentos de assistência de mobilidade, acessos facilitados, mas que não há um centro de cuidados, porque desde o início o projecto foi concebido para pessoas independentes. Contudo, Hoi indicou que existe uma clubhouse no prédio, com salas para cantar, jogar cartas, assistir a ópera cantonense, biblioteca, e outros espaços com equipamentos que permitem aos moradores socializar, receber familiares e amigos. Além disso, o IAS admite que vão ser organizados diferentes festivais e celebridade nos espaços comuns do prédio, em conjunto com a empresa que vai gerir o condomínio, para haver mais actividades para idosos. Hoi Va Pou deixou também a esperança que naquela zona, na Areia Preta, abram vários restaurantes de grande dimensão, de forma a proporcionar mais oportunidades de convívio e corresponder à necessidade dos mais velhos. As candidaturas para os apartamentos para idosos podem ser apresentadas a partir de 6 de Novembro, e até ontem tinham sido realizadas sete sessões de explicações, que contaram com a participação de mais de 300 pessoas.
Hoje Macau EventosRaphael Alves vence concurso fotográfico da “Somos!” Raphael Alves venceu a quarta edição do Somos Imagens da Lusofonia, que teve como tema a solidão vivida em tempos de covid-19, com uma fotografia captada num cemitério em Manaus, Brasil, anunciou hoje a organização. A imagem “Insulae”, premiada com 10 mil patacas retrata desigualdades socioeconómicas, sendo que a “falta de políticas para a região mostraram a fragilidade do maior estado brasileiro, o Amazonas”, escreveu o participante do Brasil na memória descritiva, segundo um comunicado da Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa (Somos – ACLP), de Macau, que organizou o concurso. “Durante a pandemia de covid-19, apenas três familiares de cada vítima podiam comparecer aos enterros nos cemitérios de Manaus. Uma morte isolada”, continuou Alves. O painel de jurados, composto por um grupo de fotojornalistas de Macau, Brasil e Portugal, atribuiu o segundo prémio – cinco mil patacas – ao trabalho de Jorge Meira, “Safe Distance”, uma imagem tirada “em Vila Praia de Âncora, depois do plano de desconfinamento do Governo português que previa um distanciamento de 1,5 metros entre veraneantes”, referiu a mesma nota. Dário Paraíso, que ficou em terceiro – 3.500 patacas -, concorreu com “Espera”, uma imagem captada no mercado de Bobo Forro, em São Tomé, e que, segundo a organização, “descreve a paragem no tempo há muito conhecida de São Tomé e Príncipe”. “Um sentimento transversal” Apesar da pandemia ter sido vivida de forma diferente em todo o mundo, os trabalhos recebidos revelam que “a solidão foi, entre outros, um sentimento transversal a todos os países concorrentes”, declarou à Lusa a presidente da Somos – ACLP, Marta Pereira. “A pandemia da covid-19 marcou o nosso quotidiano nos últimos anos, agravando a solidão e o isolamento social, em todo o mundo, o que inevitavelmente distanciou povos, nomeadamente dos países de língua portuguesa [PLP]”, referiu. O concurso, aberto a todos os cidadãos dos países de língua portuguesa e residentes de Macau, atribuiu ainda três menções honrosas aos portugueses Bruno Taveira, com a fotografia “Em busca do essencial”, e Rodrigo Cabrita, com “Solidão Coletiva”, e ao moçambicano Marcos Júnior, que apresentou “distância”. Com mais de 200 trabalhos recebidos, Marta Pereira notou ainda que a participação na competição tem vindo a aumentar e que a iniciativa Somos Imagens da Lusofonia “reúne todas as condições para vir a figurar entre os grandes concursos mundiais dedicados à fotografia”. A exposição Somos Imagens da Lusofonia 2022 – Na Solidão dos Dias irá ser inaugurada a 12 de Janeiro do próximo ano, na Casa Garden – Fundação Oriente.
Hoje Macau EventosIC | Feira de livros em chinês e português junta mais de 30 livrarias e editoras A Exposição de Obras Ilustradas em Chinês e Português em Macau, com a participação de mais de 30 livrarias e editoras, integra este ano palestras, oficinas e sessões de leitura em família, anunciou ontem o Instituto Cultural (IC). A feira, que se realiza entre sexta-feira e 05 de Novembro, no Auditório do Carmo, na zona da Taipa, quer contribuir para que “residentes e turistas tenham um conhecimento mais aprofundado sobre as publicações da China e dos países de língua portuguesa” (PLP) e para “a promoção do desenvolvimento de Macau como ‘cidade de leitura'”, escreveu o IC num comunicado. Com o objectivo de “incentivar as crianças e jovens a desenvolver bons hábitos de leitura”, o evento, integrado no 5.º Encontro em Macau – Festival de Artes e Cultura entre a China e os PLP, vai contar com a presença de mais de 30 livrarias e editoras, incluindo de Portugal, e incluir “mais de 500 livros ilustrados e livros infantis em várias línguas, principalmente em chinês e português”. Além disso, o IC vai organizar duas sessões diárias de leitura familiar. Ainda segundo o comunicado, entre sexta-feira e 29 de Dezembro, a Casa da Literatura de Macau vai receber a exposição “Amor entre Páginas”, com a apresentação de 50 conjuntos de “ilustrações originais fantásticas e de estilos variados, de nove autores [grupos] de livros ilustrados do interior da China, de Portugal e de Macau”.