Ponte 16 | Executivo optimista sobre futuro dos casinos

Pode haver vida para os casinos-satélite depois dos três anos de transição para o modelo de gestão, pelo menos de acordo um executivo da empresa que gere o casino Ponte 16. Para tal, é preciso que o mercado de massas regresse a volumes pré-pandémicos e seja conseguido um “desempenho histórico”

 

Após um processo legislativo que colocou em causa a sobrevivência dos casinos-satélite, pode haver uma luz ao fundo do túnel. Pelo menos, na óptica de Hoffman Ma Ho Man, vice-presidente do Success Universe Group Ltd, que gere o casino Ponte 16, ao abrigo da licença de jogo da SJM Holdings Ltd.

“Se o mercado de jogo se mostrar rentável nos próximos três anos, é ainda possível que os casinos-satélite considerem a transição para um modelo empresarial de gestão”, apontou o responsável ao portal GGRAsia.

As empresas que gerem este tipo de casinos costumam partilhar com as concessionárias que detinham as licenças de jogo as receitas apuradas nas mesas que operavam. Porém, com a revisão da lei do jogo, terminado o período de transição de três anos, as empresas responsáveis pelos casinos-satélite apenas vão ter direito a cobrar despesas de gestão às concessionárias (que recebem a totalidade dos lucros da exploração de jogo).

Outra condição para se manterem no negócio, é que o Chefe do Executivo aprove o contrato de gestão firmado entre as empresas que gerem os casinos-satélite e as concessionárias.

“Mesmo com a aplicação do modelo de taxa fixa de gestão às empresas findo o período de transição, esse acordo pode ainda ser exequível se o operador do casino-satélite conseguir um desempenho histórico nos próximos três anos”, indicou Hoffman Ma Ho Man acrescentando que tal registo lucrativo poderia dar margem de manobra negocial para fixar a taxa de gestão futura.

Lei do mais forte

Uma coisa parece certa e transversal a todo o sector. A sobrevivência depende das receitas feitas com o segmento de massas. “Se o desempenho da indústria em Macau conseguir recuperar para níveis pré-pandémicos, em particular no segmento de massas, penso que os casinos-satélite que ainda existem têm uma boa chance de transitarem para o modelo empresarial de gestão”, prevê o responsável pelas operações do casino Ponte 16. Um dos maiores desafios que estas empresas vão enfrentar é a dura competição com os grandes resorts pela captura do mercado de massas, sem poder recorrer à angariação de jogadores VIP.

Com a aprovação da nova lei do jogo, sete casinos-satélite fecharam portas e 11 mantiveram operações ao abrigo das novas concessões de jogo, que entraram em vigor no passado dia 1 de Janeiro. Dos 11 ainda em activo, nove dependem da licença da SJM Holdings para operar.

Além do Ponte 16, continuam sobre a alçada da SJM o Casino Grandview na Taipa, e o Casino Landmark, Casino Casa Real, Casino Kam Pek Paradise, Casino Fortuna, Casino Emperor Palace, Casino L’Arc Macau, e Casino Legend Palace na península de Macau.

O Casino Waldo, no centro de Macau, opera sob a licença do Galaxy Entertainment Group Ltd, enquanto o Casino Grand Dragon, na Taipa explora jogo ao abrigo da licença da Melco.

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