Na ligação entre a China e os Países de Língua Portuguesa, não há como Macau, segundo o Comissário Liu Xianfa

“Macau, enquanto ponto de encontro entre as culturas chinesa e ocidental e ponte que liga a China aos Países de Língua Portuguesa, desempenha um papel insubstituível na promoção do intercâmbio cultural entre a China e o ocidente e na promoção da cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, disse Liu Xianfa, o Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China na Região Administrativa Especial de Macau na cerimónia de encerramento do o Programa de Intercâmbio Juvenil entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que decorreu entre 26 e 28 de Outubro, numa organização conjunta do Comissariado do MNE e o Governo da RAEM.
A iniciativa, dedicada ao tema “Sentir a beleza das culturas chinesa e ocidental de Macau e ser um bom embaixador jovem da amizade entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, convidou um grupo de 50 participantes, composto por estudantes dos Países de Língua Portuguesa que estão a estudar em instituições de ensino superior de Macau, nomeadamente de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, e por estudantes chineses que se encontram a frequentar cursos de língua portuguesa.
No seu discurso, o Comissário Liu Xianfa referiu ainda que “a realização bem-sucedida do 20.º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, por um lado, definiu um rumo e planeamento para a nova etapa do desenvolvimento nacional, por outro, injectou potentes forças motrizes com vista a aprofundar a relação de cooperação e benefício mútuo entre a China e a comunidade internacional”. O comissário espera que “os jovens de ambas as partes possam criar uma relação de complementaridade, no sentido de aprenderem mutuamente e de contribuírem para impulsionar o desenvolvimento próspero conjunto da China e dos PLP”.
Também presente a Chefe do Gabinete da Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Ho Ioc San, que no seu discurso salientou que “graças à sua ligação estreita com os Países de Língua Portuguesa, Macau beneficia de vantagens únicas na cooperação a nível de cultura, educação, juventude, desporto e outras áreas, estando os resultados frutíferos à vista de todos”.
Por isso, a chefe de gabinete “espera que os participantes possam aproveitar a oportunidade criada por este evento, para se reforçar o intercâmbio e as amizades e se oferecer uma maior e mais jovem dinâmica à relação de Macau com o exterior e à relação de cooperação e benefício mútuo entre a China e os PLP, com base num pleno desempenho da função de embaixadores jovens da amizade entre as duas partes”.
No âmbito deste programa, foi realizado o concurso de vídeos curtos “A Minha História de Macau – Conversa entre os Jovens Chineses e dos Países de Língua Portuguesa”, que teve uma grande adesão por parte dos jovens participantes. No total, o concurso contou com a participação de 33 equipas, cujos trabalhos foram produzidos por estudantes de Países de Língua Portuguesa, Macau, Interior da China e da comunidade macaense.
Tendo-se conhecido em Macau e aqui partilhado a sua própria história, a partir de aspectos como experiências sobre o encontro cultural em Macau, percepção sobre a implementação do princípio “Um País, Dois Sistemas”, reflexão sobre a função da plataforma sino-lusófona e entendimento sobre o correcto desempenho do papel de embaixador, expressaram, unanimemente, o seu desejo de transmitir esta relação de amizade e de fazer parte da futura cooperação entre a China e os PLP.
Um dos elementos do júri, o sinólogo brasileiro Giorgio Sinedino, afirmou que “os vídeos participantes usaram as vozes comuns para retratar histórias autênticas, através de um ponto de vista objectivo, preciso e honesto, o que permitiu promover abertamente a amizade sem fronteiras da China com os Países de Língua Portuguesa, bem como potenciar a função especial de Macau enquanto ponte de ligação sino-lusófona”.
O programa preparou ainda várias visitas para os jovens chineses e lusófonos, das quais se destaca a visita à Ponte Hong Kong–Zhuhai–Macau, que permitiu que “todos sentissem, em pessoa, este ‘projecto do século’, a dinâmica da construção da Grande Baía Guangdong–Hong Kong–Macau e a implementação bem-sucedida do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’”.
Foram ainda visitados ao Complexo de Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, a Universidade Politécnica de Macau e o Museu de Macau. Além disso decorreram também outras actividades, como palestras sobre as culturas oriental e ocidental em Macau e sobre as políticas diplomáticas da China, workshops de produção de pastéis de nata, de caligrafia, etc.
Em geral, os participantes foram da opinião “que esta iniciativa serviu para criar uma plataforma de intercâmbio e aprendizagem mútua, estabelecer relações de proximidade com os outros participantes, descobrir novos aspectos do encontro das culturas chinesa e ocidental em Macau e lançar sementes para enraizar ainda mais a amizade entre a China e os PLP”, refere um comunicado final.

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