Hong Kong | Pró-colonialista acusado de sedição

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A polícia de Hong Kong anunciou a detenção, por alegada sedição, de um homem que prestava homenagem à rainha Isabel II junto ao consulado britânico no território chinês. Num comunicado divulgado na terça-feira, a polícia confirmou que o homem de 43 anos foi detido, perto do consulado, para investigação por suspeita de “ter cometido um acto com intenção sediciosa”, sem fornecer mais pormenores.

A imprensa local noticiou que, na segunda-feira, o homem estava a tocar música numa harmónica, incluindo o hino britânico e “Glória a Hong Kong”, uma canção de índole colonialista.

Tanto a canção como os slogans são considerados pelas autoridades chinesas como uma violação da lei de segurança nacional, imposta por Pequim em 2019, numa tentativa de acabar com a dissidência pública. O crime de sedição, ou insurreição, inscrito na lei ainda durante a administração britânica de Hong Kong, acarreta uma pena de até dois anos de prisão.

Figuras públicas em Hong Kong estão a ser escrutinadas sobre a sua resposta à morte da rainha, e a atrair críticas se forem vistas como demasiado admiradoras do seu reinado ou do domínio britânico em geral.

Nas redes sociais chinesas choveram críticas ao veterano actor e cantor de ópera chinesa Law Kar-ying por este ter publicado uma fotografia no exterior do consulado britânico no Instagram com uma legenda que inclui a frase: “Hong Kong foi uma terra abençoada sob o seu reinado”.

Criticado duramente por atribuir a prosperidade de Hong Kong ao domínio britânico, Law apagou a publicação e divulgou um vídeo de desculpas na rede social Weibo. “Eu sou chinês e amarei para sempre a minha pátria”. Sinto muito”, escreveu.

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