EPM | Exames nacionais voltam a realizar-se a partir de hoje 

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Após cancelar a realização dos exames nacionais de acesso ao ensino superior em Portugal, a direcção da Escola Portuguesa de Macau voltou atrás, com a autorização da DSEDJ, criando um regime excepcional para os finalistas que terminam o ensino secundário este ano. Os exames podem voltar a realizar-se a partir de hoje

 

A direcção da Escola Portuguesa de Macau (EPM) decidiu voltar atrás na decisão de suspender a realização dos exames nacionais de acesso ao ensino superior em Portugal no contexto do surto pandémico. O HM teve acesso ao comunicado emitido que dá conta que os exames, suspensos desde quinta-feira, podem voltar a ser realizados a partir de hoje.

A autorização para o regime excepcional para estes alunos, numa altura em que as escolas tiveram de cancelar todas as provas, partiu da própria Direcção dos Serviços de Educação e Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ).

Para a realização dos exames é necessário apresentar um teste de ácido nucleico negativo realizado um dia antes da prova, sendo necessário chegar à EPM 45 minutos antes do exame para a realização de um auto-teste, fornecido pela escola. Os alunos devem usar máscara e apresentar o código de saúde de cor verde. Além disso, só poderão estar entre três a quatro alunos por sala.

Recorde-se que um grupo de pais apresentou uma carta aberta para que a direcção da EPM intercedesse junto da DSEDJ, e não apenas do Ministério da Educação em Portugal, a fim de assegurar que o grupo de alunos, que não vai além dos 20 estudantes, pudesse realizar os exames, tendo em conta que muitos já têm viagens marcadas com os pais para Portugal. Além disso, mesmo que os exames da primeira fase contassem como segunda fase, sem perda de contingente, o adiamento das datas iria fazer com que muitos estudantes não pudessem fazer melhoria de nota.

Final feliz

Os exames na EPM decorriam com normalidade até quinta-feira, mediante apresentação de teste rápido negativo, até que um despacho da DSEDJ travou o processo. À Lusa, Manuel Machado declarou que a decisão de realizar os exames deixou muitos pais mais descansados.

“Os pais legitimamente ficaram muito apreensivos, fizeram chegar essa apreensão aos serviços de Educação e foi possível, depois, junto das autoridades que mostraram a maior abertura, resolver o problema.”

“A alteração é boa para todos, para a comunidade em geral, mas especialmente para aqueles alunos e para aqueles encarregados de educação directamente envolvidos”, notou à Lusa o presidente da Associação de Pais da EPM, realçando que a não realização das provas nacionais “podia causar graves problemas no acesso ao ensino superior”.

Depois de comunicar com a direcção da escola, que deu conta da suspensão dos exames – contou Filipe Regêncio Figueiredo – a associação enviou um email à Direção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) pedindo que, através de um regime excepcional, fosse possível a realização das provas.

Apesar de a situação estar resolvida, na quinta-feira, cerca de uma dezena de alunos falharam a prova nacional de Economia. Esta é uma disciplina do 11.º ano, mas que “é necessária para o prosseguimento dos estudos em certos cursos” do ensino superior, explicou o presidente da direcção da EPM, referindo que os alunos poderão realizar o exame na segunda fase que, depois de contactadas as autoridades portuguesas, “vai valer como a primeira”. Com Lusa

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