Hong Kong | Pequim pede a novo líder que resolva problemas sociais

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O primeiro-ministro chinês pediu ontem ao novo Chefe do Executivo de Hong Kong, John Lee, para resolver os “problemas sociais” da cidade e desenvolver a economia, numa cerimónia, em Pequim.

Li Keqiang salientou que o novo governo de Hong Kong deve “melhorar a subsistência das pessoas” e “unir os vários sectores da cidade para resolver os problemas sociais”, de acordo com a imprensa local. Na cerimónia, Li apresentou a carta que formaliza a nomeação de Lee, que vai tomar posse em 1 de Julho.

O primeiro-ministro chinês garantiu que o governo central ia defender o princípio “um país, dois sistemas” – que tem governado Hong Kong desde o regresso à soberania chinesa em 1997 e permite um grau de autonomia e liberdades que não existem no continente – de uma “forma abrangente e precisa”, noticiou o jornal da região semiautónoma chinesa South China Morning Post (SCMP).

“Também exerceremos plena e precisamente a jurisdição abrangente do governo central sobre Hong Kong, bem como o princípio de que Hong Kong é administrada por patriotas”, acrescentou.

Segundo Li, Pequim vai “apoiar plenamente” o novo Chefe do Executivo de Hong Kong e o governo, “de acordo com a lei”, e salientou que a cidade devia “estudar os pontos fortes e as áreas em que se pode destacar”, e “compreender também o que o país precisa da cidade”, uma vez que “se integra” no desenvolvimento da nação.

“O novo governo da cidade precisa de melhorar a sua eficiência e reforçar o estatuto de Hong Kong como centro internacional de finanças, comércio e transportes”, acrescentou o primeiro-ministro chinês.

Com todo o gosto

Em resposta, Lee, de 64 anos, disse aceitar a responsabilidade “com lealdade”, depois de ter sido eleito, em 8 de Maio, por 1.416 dos 1.461 membros da comissão eleitoral.

Antigo inspector da polícia, Lee ocupava a pasta da Segurança quando Hong Kong foi palco de manifestações anti-governamentais, em 2019.

Foi também fundamental na implementação da lei de segurança nacional, imposta em Junho de 2020 por Pequim para pôr fim aos protestos, cada vez mais violentos. Em Junho do ano passado, foi nomeado “número dois” no Executivo.

A eleição do Chefe do Executivo foi adiada por seis semanas devido à pandemia da covid-19, e foi a primeira a realizar-se desde que Pequim impôs alterações ao sistema eleitoral da cidade, em 2021.

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