Escola Internacional | Pandemia leva à saída de 20 por cento dos professores

Devido aos efeitos da pandemia, a Escola Internacional de Macau chegou a temer perder metade dos professores no final do ano lectivo, mas o número afinal vai ser menor. Neste momento, trabalha-se na contratação de novos docentes

 

Apesar de ter chegado a temer perder metade dos professores no final do ano lectivo, a Escola Internacional de Macau (TIS, em inglês) acredita ter resolvido o problema. Inicialmente, havia a expectativa de que no final do ano lectivo metade dos professores pudesse deixar Macau, muitos deles motivados pelas políticas de restrições de circulação nas fronteiras, mas o número foi reduzido e deverá rondar apenas os 20 por cento. A contratação de novos profissionais está quase terminada.

“Estávamos à espera que no final deste ano lectivo um grande número dos nossos funcionários deixasse a escola. Por isso, a questão foi sempre tratada como a nossa prioridade”, começou por explicar Howard Stribbell, director da TSI, ao HM. “Felizmente através de uma estratégia em que, por um lado, fizemos tudo para lidar com as preocupações dos nossos funcionários para o próximo ano lectivo e, por outro, apresentámos planos muito concretos, fomos capazes de minimizar as saídas”, acrescentou.

Howard Stribbell explicou igualmente que em condições normais cerca de 10 por cento dos professores deixavam a escola. Neste sentido, a saída de 20 por cento dos docentes, num contexto em que as fronteiras estão praticamente fechadas há dois anos, é encarada como um número dentro do expectável.

Além das saídas, o grande desafio é a contratação de professores, porque há poucas alternativas. A contratação de docentes no Interior é assim uma das poucas alternativas, além da contratação de residentes que estejam foram da RAEM. “Fomos capazes de recrutar e preencher 80 por cento das vagas em aberto”, admitiu Stribbell. “Agora já estamos numa fase em que se não conseguirmos preencher todas as vagas, podemos sempre ter um plano B”, considerou.

Tempos difíceis

No entanto, o arrastar da pandemia tem feito com que as instituições de ensino tenham cada vez mais dificuldades para arranjar professores. O problema estende-se a todo o sector, como reconheceu Howard Stribbell. “Não podemos deixar de agradecer ao Governo todos os esforços que tem feito para nos manter seguros, mas, neste momento, há muitas dificuldades para contratar professores. É uma dificuldade comum a todas as instituições”, apontou.

O HM sabe que, por exemplo, no caso da Escola Portuguesa de Macau também há alguma incerteza sobre a saída de professores, e que, por agora, está em cima da mesa a saída de quatro a cinco docentes. No entanto, esta não é uma situação definitiva.

Pior é a situação da Alliance Français, que desde o início do ano suspendeu todos os serviços, inclusive o ensino da língua francesa. Apesar de não ter havido um esclarecimento sobre este aspecto, o jornal Ponto Final avançou que a situação tinha sido motivada pela falta de docentes.

Lorne Schmitdt novo director

A partir do próximo ano lectivo Howard Stribbell vai ser substituído por Lorne Schmitdt no cargo de director da Escola Internacional de Macau. A notícia foi transmitida no final do mês passado, através de uma carta enviada por Stribbell, à associação de pais da Escola Internacional.

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