China | Sector dos serviços cresce ao menor ritmo em quatro meses

O sector dos serviços na China cresceu, em Junho, ao ritmo mais lento desde Abril de 2020, após ter desacelerado significativamente, em comparação com o mês anterior, segundo o jornal de informação económica Caixin. De acordo com a Caixin, que reúne as estatísticas em colaboração com a consultora britânica IHS Markit, o índice de gestores de compras (PMI) do setor dos serviços fixou-se em 50,3 pontos, em Junho, face aos 55,1 registados em Maio. Neste indicador, uma marca acima dos 50 pontos implica expansão e, abaixo, uma contracção.

O PMI do sector dos serviços elaborado pela Caixin ficou pelo décimo quarto mês consecutivo em território positivo.
Segundo o economista da Caixin, Wang Zhe, a desaceleração foi impulsionada principalmente pelos subíndices que medem a actividade das empresas do sector e pelas novas encomendas, que foram afectados pelos recentes surtos de covid-19 na província de Guangdong, sudeste da China.

“O emprego no sector dos serviços ficou sob pressão. Os surtos, combinados com a fraca oferta e procura, prejudicaram o mercado de trabalho”, explicou Wang sobre o subíndice do trabalho, que entrou na zona de contracção pela primeira vez em quatro meses.

Sentimento positivo

Os preços no sector dos serviços mantiveram-se “estáveis”, em Junho, devido ao abrandamento da pressão inflacionária, embora os custos para as empresas tenham subido, devido ao aumento das matérias-primas e da mão de obra.

“O sentimento do mercado permanece optimista, mas o indicador de expectativas de negócios caiu para o nível mais baixo em nove meses, em Junho. Algumas das empresas pesquisadas ainda estão preocupadas com o estado da pandemia no país e a nível internacional num futuro próximo”, disse Wang.

Muitas das empresas estão também confiantes de que a pandemia será controlada e que as condições de mercado e a procura global vão “renascer” no próximo ano.

A desaceleração do crescimento no sector dos serviços fez com que o PMI composto, que reúne medições com as empresas do sector manufactureiro, caísse de 53,8, em Maio, para 50,6 em Junho.

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