Covid-19 | Dois terços do pessoal médico do São Januário vacinados

Segundo os dados do Governo, entre seis e 10 por cento das pessoas que fazem marcações para ser vacinadas não comparecem na altura da inoculação

 

A taxa de vacinação entre os trabalhadores do Hospital Conde São Januário é de dois terços. O número foi revelado ontem por Tai Wa Hou, médico adjunto da direcção do Centro Hospitalar Conde São Januário, que considerou esta taxa elevada, quando comparada com a restante população.

“A taxa de vacinação é de 66 por cento, dois terços, o que é número relativamente alto comparando com a restante população”, afirmou Tai Wa Hou. “Temos obrigação, melhor dizendo o dever de sermos vacinados, porque é uma profissão com alta exposição. Por isso, apelo a quem ainda não foi vacinado que adira ao plano de vacinação”, acrescentou.

O também responsável pelo plano de vacinação defendeu ainda que o pessoal médico entende as suas responsabilidades e que há “uma certa barreira imunológica”.

Quanto ao terço do pessoal médico por vacinar, Tai apontou que houve pessoas que não foram vacinadas devido a gravidez, precaução face a reacções alérgicas e outras condições que levaram ao aconselhamento da não vacinação nesta fase.

Até ontem, tinham sido administradas 109.255 doses da vacina a 71.719 pessoas. Entre estas, 37.674 tinham sido inoculadas com as duas doses e 34.045 com apenas com a primeira dose.

Tai Wa Hou revelou ainda que diariamente entre seis e 10 por cento de quem faz marcação para ser vacinado não comparece nas consultas.

Sem 21 dias de quarentena

Também ontem, foi anunciado que a partir da meia noite de hoje os estrangeiros que não tenham o estatuto de residente passam a poder entrar na RAEM, desde que se encontrem no Interior e tenham sido autorizados pelos Serviços de Saúde de Macau, devido a motivos familiares.

Os não-residentes não ficam dispensados da autorização dos SSM, nem de provar que a entrada se deve a motivos familiares. Foi ainda apresentado um novo formato do portal/aplicação móvel que permite entregar os pedidos de autorização junto das entidades competentes. “É uma medida para facilitar a circulação de pessoas entre Macau e o Interior”, explicou Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Doenças Infecciosas e Vigilância de Doença.

CCTV nos quartos

Na conferência de imprensa das autoridades de saúde, foi confirmado que quem cumpre o isolamento no Centro de Saúde do Alto de Coloane está sujeito a videovigilância 24 horas por dia. O único sítio onde não se é vigiado é dentro das casas-de-banho dos quartos.

Segundo o Governo, a videovigilância serve dois propósitos. Para evitar a entrada do pessoal médico dentro dos quartos, que exige procedimentos como vestir um fato especial, e ainda proteger a saúde das pessoas em observação.

“Não queremos vigiar as pessoas, mas queremos diminuir a e entrada do pessoal médico, que precisa de vestir um fato especial para a entrada nos quartos. A CCTV permite acompanhar a condição das pessoas, sem ter de se entrar nos quartos”, disse Leong Iek Hou.

Por sua vez, Tai Wa Hou destacou que as pessoas no Alto de Coloane estão em condições especificas, como em recuperação de fases terminais de cancro ou de operações, que exigem uma monitorização permanente.

Os SSM admitem ainda que as pessoas podem pedir para desligar a CCTV, mas que a última decisão é sempre do Governo.

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