FMI estima que a economia de Macau cresça 61,2% este ano

A economia de Macau deverá crescer 61,2 por cento este ano, depois de em 2020 ter caído 56,3 por cento devido ao impacto da pandemia, segundo as Perspectivas Económicas Mundiais divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com o documento divulgado na terça-feira e citado pela Lusa, a economia de Macau terá também em 2022 um crescimento substancial de 43 por cento.

Em 2020, a economia, altamente dependente do turismo chinês, sofreu com a quebra do número de visitantes devido às restrições fronteiriças, que se traduziu na redução significativa das receitas do jogo, levando os casinos de Macau a terminar 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas, menos 79,3 por cento em relação ao ano anterior.

As previsões do FMI parecem estar em sintonia com a recuperação que já se regista na indústria do jogo em Macau, que em Março de 2021 contabilizou o melhor resultado desde o início da pandemia, ao contabilizar 8.306 milhões de patacas de receitas e, em relação ao período homólogo de 2020, um aumento de 58 por cento, indicam os dados oficias.

Segundo o documento das Perspectivas Económicas Mundiais divulgado pelo FMI, em termos de desemprego, a taxa permanecerá baixa: 2,5 por cento este ano e 2,1 por cento, no ano seguinte, indicou o FMI.

Quanto à inflação no território, esta deverá fixar-se nos 2,5 por cento em 2021 e nos 2,1 por cento no ano seguinte, depois de no ano passado, ter-se fixado em 2,9 por cento.

Ao ritmo da vacinação

O FMI reviu ainda em alta as previsões de crescimento económico global para 6,0 por cento em 2021, mais cinco décimas do que em Janeiro, devido ao forte crescimento registado nos EUA e na China, mas alertou para a existência de divergências significativas devido ao ritmo desigual da vacinação.

“As recuperações estão a divergir perigosamente entre e dentro dos países”, com economias onde o ritmo de vacinação é mais lento, o apoio mais limitado e há maior dependência do turismo a registar “pior desempenho”, disse a economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, no relatório onde constam as perspectivas económicas.

Para 2022, o FMI prevê um crescimento global de 4,4 por cento, mais duas décimas de ponto percentual do que há três meses.

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