China anuncia sanções contra Pompeo e outros responsáveis da administração Trump

A China anunciou esta quarta-feira sanções contra cerca de 30 responsáveis do Governo do antigo Presidente dos EUA Donald Trump, incluindo o secretário de Estado Mike Pompeo, por violação da sua “soberania”.

“A China decidiu sancionar 28 pessoas que violaram gravemente a soberania” chinesa, declarou o ministério dos Negócios Estrangeiros através de um comunicado difundido quando Joe Biden era investido nas funções de Presidente dos EUA, em Washington.

Para além de Pompeo, a diplomacia chinesa cita Peter Navarro, conselheiro para o comércio de Donald Trump, Robert O’Brien, um dos seus conselheiros para a segurança nacional, Alex Azar, ex-secretário da Saúde e Stephen Bannon, que também foi conselheiro do ex-Presidente dos EUA.

Todas estas personalidades e os membros das suas famílias são proibidos de entrar em território chinês, incluindo Hong Kong e Macau, sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. “Eles e as sociedades e instituições que lhes estão associadas também não poderão efectuar negócios com a China”, acrescentou.

Na quarta-feira, a China ridicularizou as acusações de Pompeo, que se referiu a um “genocídio” em curso contra os muçulmanos uigures na região do Xinjiang (noroeste). A questão uigure constitui um dos numerosos pontos de fricção entre Pequim e Washington, a par da doença covid-19, Hong Kong ou ainda Taiwan. Um confronto que o secretário de Estado cessante elevou a um nível de nova Guerra Fria.

De acordo com analistas estrangeiros, mais de um milhão de uigures estão ou foram detidos em campos de reeducação política em Xinjiang.

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