Festival de curtas-metragens | Jacky Cheong estreia “Majestosa Macau” no domingo 

O cartaz do fim-de-semana do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau inclui cinema de Macau. No domingo será dia da estreia do documentário de Jacky Cheong, intitulado “Majestosa Macau”, que não é mais do que um retrato dos bastidores do sarau cultural de celebração dos 20 anos da RAEM. No sábado será exibido “The Handover” [A Entrega], de Maxim Bessmertny

 

[dropcap]O[/dropcap] Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau apresenta este domingo o documentário “Majestosa Macau”, da autoria de Jacky Cheong. Com cerca de 25 minutos de duração, este documentário revela os bastidores do sarau cultural que subiu aos palcos a 19 de Dezembro do ano passado e que serviu para celebrar os 20 anos da RAEM.

“É um documentário sobre o processo pelo qual a equipa passou, desde a preparação, ensaios e o espectáculo. ‘Majestosa Macau’ foi o nome dado ao programa que incluía um espectáculo de kung fu combinado com um recital com crianças.”

Jacky Cheong recorda os desafios que teve de ultrapassar para realizar o documentário. “O tempo escasseava e precisamos acompanhar os treinos e os ensaios várias vezes. Queríamos mostrar às pessoas para que estas soubessem mais sobre os participantes de Wushu e a situação através deste filme”, adiantou.

O realizador contou com a colaboração de Jia Rui, ex-atleta de Wushu, que trabalhou na organização do sarau cultural. “Jia Rui encontrou-se comigo para gravar o programa, desde o início até ao espectáculo, para que deixássemos um documentário para as pessoas. Penso que ele acreditou que o ‘Majestosa Macau’ iria transmitir um sentimento forte e que seria transmitida a ideia de que Macau é um bom sítio para a aprendizagem do Wushu.”

Recorde-se que este sarau cultural contou com a presença do Presidente Xi Jinping e realizou-se, no dia 19 de Dezembro de 2019, na Nave Desportiva dos Jogos da Ásia Oriental de Macau. O espectáculo, que teve como tema “A Minha Pátria e Eu”, contou com várias performances musicais e actuações da dança do leão, além das artes marciais.

Jacky Cheong co-fundou a produtora IRMO em 2014, trabalhando hoje como realizador videógrafo. Ao longo da sua carreira participou em produções diversas como anúncios publicitários, micro-filmes, documentários e curtas-metragens.

Regresso do “The Handover”

No sábado é a vez de o público de Macau voltar a ver “The Handover” [A Entrega], uma curta-metragem com 31 minutos de duração realizado por Maxim Bessmertny. A curta-metragem, escrita em parceria com Jorge Vale, relata o dia-a-dia de um casal que luta contra o tempo para deixar a casa limpa antes que o senhorio chegue para fazer a inspecção geral ao apartamento.

Ao HM, Maxim Bessmertny recordou um processo fílmico que foi, acima de tudo, “divertido”.
“Foi um projecto muito interessante e divertido que surgiu quando estava na Rússia, à espera de desenvolver o meu próximo filme. Comecei a fazer isto com o Jorge Vale e tivemos um período muito divertido a escrever o filme, pois temos gostos semelhantes na área do cinema. O Jorge tinha escrito o guião com um casal português, mas sugeri cortar o guião, de 40 para 27 páginas, e o casal passar a ter uma rapariga chinesa e um rapaz português.”

“The Handover” é também um filme auto-biográfico, confessou o realizador. “Tirei coisas da minha vida, e pela primeira vez aconteceu ser algo mais auto-biográfico do que aquilo que estava à espera.”

“Este filme é sobre o dia-a-dia de um casal que tem de se mudar e é um pesadelo, um período muito stressante. E quando não se fala chinês o stress é ainda maior, o que é o caso de Miguel, o personagem principal. Para ele é um dia muito difícil”, acrescentou Maxim, para quem a presença em festivais, e sobretudo no Festival Internacional de Curtas-Metragens de Macau, é sempre importante.

“Já exibi este filme quatro vezes em Macau e obtive sempre reacções muito diferentes, o que é muito divertido. Mesmo que seja uma história longa, de 31 minutos, o que senti na última exibição é que o público acompanhou a história e tudo correu bem. Fiquei muito surpreendido, estava nervoso.”

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