Festival da Lusofonia | Jandira Silva e The Brazilian Vibe actuam este sábado

É já este fim-de-semana que acontece a 23.ª edição do festival da Lusofonia. Jandira Silva actua no sábado, dia 17, fazendo-se acompanhar dos ritmos latinos que lhe são característicos. O concerto é o espelho dos anos em que a cantora brasileira viveu em Portugal, num “show com axé, samba, forró, reggae” e um pouco de lambada

 

[dropcap]J[/dropcap]andira Silva, cantora brasileira radicada em Macau, é um dos rostos do cartaz deste ano do festival da Lusofonia. Sobe ao palco no segundo dia da festa, a 17 de Outubro, por volta das 22h. O espectáculo acontece, como habitualmente, no anfiteatro das Casas-Museu da Taipa.

Ao HM, a cantora fala de um concerto que se baseia nas suas próprias vivências em Portugal, uma vez que residiu seis anos em Lisboa. “Sei que o público gosta de dançar ao som de Daniela Mercury, Ivete Sangalo ou Gilberto Gil. Tentei inclui sons no show que nos remetem para os grandes sucessos da música dançante brasileira de forma a trazer boas lembranças, principalmente tendo em consideração que, devido à pandemia, muitas pessoas, pela primeira vez, não foram passar o Verão em Portugal.”

Os “The Brazilian Vibe”, banda que acompanhará a cantora no concerto, são compostos por músicos brasileiros, australianos e portugueses, tal como Paulo Pereira, Ivan Pineda ou João Mascarenhas, entre outros. “Vai ficar ainda mais bonito contando com a participação das dançarinas do Dança Brasil. Vai ser um show com axé, samba, forró, reggae e até vou me arriscar no funk”, confessa Jandira Silva, que promete incluir também a lambada no concerto.

“Momento delicado”

Para Jandira Silva, o facto de o Festival da Lusofonia deste ano ser apenas feito com músicos locais torna esta edição ainda mais especial. “É importante que as pessoas saibam que estamos preparando tudo isso para a população festejar e se distrair. Mas o principal é perceberem que aqui moram músicos incríveis que só precisam de mais espaço e oportunidades para montarem projectos interessantes.”

O facto de, no palco das Casas-Museu da Taipa, se reunirem várias nacionalidades é algo “incrível e enriquecedor”. “Cada um traz na bagagem um pouco de si. Juntando tudo resulta numa experiência fantástica para todos”, frisou a cantora.

Numa altura em que todos atravessam um “momento delicado” devido à pandemia da covid-19, nunca Macau precisou tanto de se distrair. “Ficámos muito gratos por terem confiado em nós, os músicos que aqui vivem, e de nos darem a oportunidade de realizar o show, assegurando que o festival se vai realizar.”

A cantora diz-se grata “por morar num lugar onde o Governo toma conta da população e cuida de todos”. “Várias medidas de segurança vão ser postas em prática durante os dias do festival e com certeza vai ser um evento fantástico. Andamos a todo o vapor, com todo o mundo ensaiando, pois temos de preparar um repertório e fazer a festa acontecer”, frisou Jandira Silva. Tudo para manter “o mesmo nível de qualidade musical que sempre fez parte da programação”.

No mesmo dia, mas a partir das 20h15, é a vez de Betchy Barros, cantora da Guiné-Bissau, subir aos palcos e trazer sonoridades de neo-soul e jazz, entre outras.

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