Epidemia | Governo diz que Portugal já não tem máscaras para vender

[dropcap]O[/dropcap] chefe do Governo de Macau disse ontem que Portugal já não tem mais máscaras para vender, mas garantiu que o território tem máscaras suficientes para enfrentar o surto do novo coronavírus.
“Macau tem dinheiro”, mas tem sido difícil arranjar máscaras no mercado, disse Ho Iat Seng, em conferência de imprensa, durante a qual anunciou todos os casinos do território vão fechar durante duas semanas.
Por entre vários apelos aos residentes para que permaneçam em casa, o líder do Governo de Macau indicou que o território adquiriu máscaras em países como Estados Unidos e Portugal, mas, por causa do surto do coronavírus e da grande quantidade deste equipamento médico utilizada na China, está a encontrar “dificuldade em arranjar mais máscaras no mercado externo”.
“Neste momento, Portugal já não tem mais máscaras”, afirmou o responsável do território, que conta dez casos confirmados de infecção pelo coronavírus.
As autoridades informaram que mais de 2,9 milhões de máscaras foram vendidas, desde o anúncio do primeiro caso de infecção em Macau, há duas semanas.
O Governo de Macau adquiriu ao todo 20 milhões de máscaras, que estão a chegar em vários carregamentos, e a serem distribuídas por farmácias convencionadas, associações e outros espaços definidos pelas autoridades. Cada residente, mediante apresentação da identificação, recebe dez máscaras para igual número de dias. “Se forem necessárias mais máscaras, o Estado [chinês] vai ajudar”, afirmou o líder do executivo de Macau.
Prioridades definidas
Quantos aos desinfectantes, esgotados em Macau, Ho Iat Seng disse que não vai utilizar o mesmo método de racionamento para a população. “Não vamos garantir esse tipo” de produto para a população, afirmou.
“Importante é nos hospitais e lares (…) esses têm de ser garantidos”, frisou, acrescentando ter sido adquiridas quatro toneladas de produtos desinfectantes.
“A prioridade é para os trabalhadores médicos (…) não queremos que médicos e enfermeiros sejam infectados”, reforçou Ho Iat Seng.

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