Número de visitantes que chegam de barco cai quase 40%

[dropcap]O[/dropcap] número de visitantes que chegam a Macau por via marítima caiu 39,5 por cento em 2019. Segundo os dados divulgados ontem pelos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o barco foi a última opção de escolha para quem visitou Macau no ano passado, tendo sido o meio escolhido por apenas 15,9 por cento dos visitantes (6,2 milhões). Dos que optaram pela via marítima, 41,7 por cento, ou seja 3,5 milhões de visitantes, chegaram pelo Porto Exterior e 36,3 por cento, ou seja 2,7 milhões, chegaram pelo Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa.

Por contraponto, os números revelados pela DSEC mostram que a via terrestre foi o meio de eleição de entrada em Macau, onde os barcos perderam peso face à entrada em funcionamento, em Outubro de 2018, da nova ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau (HKZM). Em 2019 entraram assim em Macau, pela via terrestre, 29,2 milhões de visitantes dos quais a grande maioria entraram pelas Portas do Cerco (20,9 milhões) e os restantes pela ponte HKZM (5,3 milhões). Já a via aérea foi a forma de entrada em Macau de 3,8 milhões de visitantes.

Sobre o número total de turistas que entraram Macau em 2019, foi batido um novo recorde, com os números da DSEC a confirmarem que a região recebeu mais de 39,4 milhões de visitantes, traduzindo-se num aumento de 10,1 por cento em relação ao ano anterior.

Tendência decrescente

Apesar do crescimento, Macau registou em Dezembro uma quebra do número de visitantes, sendo que no último mês de 2019 chegaram a Macau 3.083.406 visitantes, ou seja, menos 13,6 por cento do que em 2018.

Segundo a DSEC, o número de excursionistas (1.607.764) e de turistas (1.475.642) diminuíram 12,1 e 15,3 por cento, respectivamente, sendo que os visitantes permaneceram no território por um período médio de 1,2 dias.

Recorde-se que Direcção dos Serviços de Turismo (DST) já tinha estimado há dias, para 2020, uma queda de três por cento do número total de visitantes que, a verificar-se, será a primeira queda desde 2015. A estimativa, avançada pela directora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, atribui as razões da queda de visitantes em 2020 à actual conjuntura internacional, à guerra comercial entre a China e os EUA e aos sinais que os últimos meses têm dado acerca do número de visitantes.

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