Música e poesia fundem-se em espectáculo do escritor angolano Ondjaki

[dropcap]O[/dropcap] escritor angolano Ondjaki vai apresentar, em Novembro, em Macau, um “encontro surpresa” entre “a leitura de poemas e a música”, disse ontem à Lusa a delegada da Fundação Oriente no território, Ana Paula Cleto.

O espectáculo do poeta e da violoncelista brasileira Maria Clara Vale “Chão de Novo” vai marcar, em 2 de Novembro, o arranque do “Salão de Outono”, que comemora este ano o 10.º aniversário.
É “uma oportunidade fantástica” trazer Ondjaki a Macau para assinalar a data do certame, que tem funcionado como uma plataforma de visibilidade para artistas locais e este ano propõe quase 80 obras de meia centena de autores, acrescentou Ana Paula Cleto.

“Já tinha conhecimento de que ele [Ondjaki] fazia espectáculos de ‘spoken word’ e, em parceria com o Arte Institute (…) surgiu a ideia de trazer” ao território um dos escritores angolanos mais conhecidos em Portugal, indicou a responsável.

No mesmo dia, será atribuído na Casa Garden o prémio da Fundação Oriente para as Artes Plásticas, cujo vencedor será, à semelhança de anos anteriores, convidado a visitar Portugal para uma residência artística de um mês.

“Fazemos um programa para estes jovens artistas que inclui visitas a ateliês de artistas portugueses e visitas a alguns museus e galerias mais importantes”, explicou Ana Paulo Cleto, acrescentando que o ‘feedback’ dos últimos anos “tem sido excelente”.

No âmbito desta residência artística, a Fundação Oriente tem uma parceria com a galeria Arte Periférica, no Centro Cultural de Belém (CCB), onde os jovens têm espaço para trabalhar e na qual realizam uma exposição individual.

Encontro de artes

O certame anual possibilita aos “artistas mais jovens de Macau mostrarem aquilo que fazem”, já que nem todos teriam facilmente a possibilidade de fazer exposições no território, disse.
Entre as quase 80 obras expostas ao público até 30 de Novembro, encontram-se pinturas a óleo e acrílico, aguarela, desenho, escultura, fotografia e instalação.

Todos os artistas seleccionados, embora de diferentes origens, trabalham e vivem em Macau, segundo a Fundação Oriente.

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