Fórum Macau | Brasil estrela da semana cultural entre China e países lusófonos

O Brasil é o país em destaque da 11.ª semana cultural entre a China e os países lusófonos em Macau, que reúne, entre 12 e 18 de Outubro, vários artistas do espaço lusófono na região

 

[dropcap]M[/dropcap]úsica, dança, teatro, exposições, artesanato e gastronomia reafirmam-se como as “actividades centrais” de um certame que este ano abre portas ao cinema brasileiro e onde a Índia está também representada, através de Goa, Damão e Diu, indicou ontem o secretário-geral adjunto do Fórum de Macau, Rodrigo Brum, em conferência de imprensa.

Com forte presença no cartaz e por ocasião do terceiro festival de cinema brasileiro na China, que decorre em Novembro e passa, pela primeira vez, a integrar Macau na sua rota, o Brasil é o “primeiro convidado de honra” desta semana cultural, a que se seguirão outros países nas próximas edições, afirmou o responsável.

De Portugal, viaja até Macau o grupo originário de Coimbra “Anaquim”, que em 2018 lançou o seu quarto álbum de originais, a artesã Andreia Marques, cujo trabalho se foca no uso de técnicas ancestrais de tecelagem, e o colectivo artístico Primeira Pedra.

O cartaz de música e dança inclui, além dos portugueses, artistas de Angola (Lino Cerqueira Fialho), Brasil (DJ Dolores), Cabo Verde (DJODJE), China (circo de acrobacias da província de Hebei), Guiné-Bissau (José Manuel, Karina Gomes, Miss Bity e Eric Dario), Moçambique (Grupo RM), São Tomé e Príncipe (Leguelá) e Timor-Leste (Voz of Crocodile).

Olhares e horizontes

No campo das artes plásticas, destaque para o brasileiro Rodrigo Braga, com a mostra “Horizontes deslizantes”, e para o guineense António Ferreira Seguy (“Chipi”), com “Outros Olhares”, ambas patentes na Doca dos Pescadores. Em paralelo, a galeria da residência consular de Portugal em Macau irá apresentar obras de 20 jovens de Macau.

A 11.ª semana cultural integra ainda uma mostra de artesanato, com a participação de artistas da China, Portugal e de todo o bloco lusófono, e de gastronomia, com chefes de cozinha provenientes de Angola, Brasil, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau, anunciou a organização.

Uma das novidades deste ano é o “desfasamento da semana cultural”, já que a mostra de teatro decorre “na semana imediatamente a seguir”, uma decisão estratégica com a qual a organização espera atrair mais visitantes.

Esta última mostra integra, além do colectivo “Primeira Pedra”, companhias de Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Macau.

Sob o tema “Uma Faixa e uma Rota Cultural”, numa alusão à iniciativa chinesa lançada em 2013, o evento tem em 2019 um orçamento de cerca de nove milhões de patacas, precisou a coordenadora do gabinete de apoio ao secretariado permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau), Mok Iun Lei.

A responsável salientou que o evento assinala, com “mais elementos culturais”, o 20.º aniversário do regresso de Macau à China, em 1999, e os 40 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e Portugal, em 1979.

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