China pede “calma e contenção” aos EUA e Irão

[dropcap]A[/dropcap] China pediu ontem aos Estados Unidos e ao Irão que “mantenham a calma e a contenção” após Washington anunciar novas sanções contra Teerão, que acusou a administração norte-americana de assim “cortar a via diplomática”.

“Acreditamos que continuar a aplicar a pressão máxima (contra o Irão) não ajuda a resolver o problema”, disse Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, em conferência de imprensa. “Os factos mostraram que estas medidas têm o efeito oposto: exacerbam os problemas na região”, afirmou.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, impôs na segunda-feira um novo conjunto de sanções contra o Irão, incluindo contra o líder supremo, o ‘ayatollah’ Ali Khamenei, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif.

Teerão e Washington romperam os laços diplomáticos em 1980 e atravessam agora um período de renovada tensão, que pode abalar a região estratégica do Golfo. Donald Trump acusa o Irão de procurar desenvolver armas nucleares e de ser um “patrocinador do terrorismo”.

O assessor de segurança nacional dos EUA, John Bolton, disse ontem que a porta permanece aberta para negociações. “Ao mesmo tempo em que apela a negociações, está a tentar sancionar o ministro dos Negócios Estrangeiros! É óbvio que está a mentir”, reagiu o Presidente iraniano, Hassan Rohani.

“Impor sanções (…), é fechar permanentemente o caminho da diplomacia”, afirmou na rede social Twitter o porta-voz da diplomacia iraniana, Abbas Mousavi. As sanções dos EUA foram anunciadas quatro dias após a destruição de um drone norte-americano por um míssil iraniano. Teerão diz que o drone voava no seu espaço aéreo, uma informação negada por Washington.

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