Pequim diz ter chegado a “amplo consenso” com ONU após visita a Xinjiang

[dropcap]O[/dropcap] Governo chinês afirmou hoje ter chegado a um “amplo consenso” com a ONU em termos de cooperação antiterrorista, após a polémica viagem de um alto funcionário das Nações Unidas à região de Xinjiang.
Uma breve nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros refere que “as duas partes trocaram pontos de vista sobre o combate ao terrorismo e a cooperação antiterrorista entre a China e a ONU, tendo chegado a um amplo consenso” nesta matéria.

A visita a Xinjiang do chefe do gabinete da luta contra o terrorismo da ONU, Vladimir Voronkov, foi fortemente criticada pelos EUA e por organizações não-governamentais, por desviar a atenção para a violação dos direitos humanos naquela região.

Pequim enfrenta crescente pressão diplomática devido às acusações de que mantém detidos, naquela região ocidental, cerca de um milhão de membros da minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigure em centros de doutrinação política.

O Governo chinês, que primeiro negou a existência destes campos, afirmou, entretanto, tratarem-se de centros de formação vocacional que visam integrar os uigures na sociedade.

Voronkov visitou Pequim e Xinjiang de 13 a 15 de Junho e reuniu-se com diplomatas de topo da China, incluindo o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Le Yucheng.

“A China e o mundo devem unir-se para combater o terrorismo e a China apoia o trabalho do gabinete anti-terrorismo da ONU”, lê-se ainda na nota de Pequim.

Desde que, em 2009, a capital de Xinjiang, Urumqi, foi palco dos mais violentos conflitos étnicos registados nas últimas décadas na China, entre os uigures e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional, a China tem levado a cabo uma agressiva política de policiamento dos uigures.</p

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