Hong Kong | Arte multimédia revisita obra de Van Gogh

É a exposição de arte multi-sensorial mais visitada no mundo e pode ser vista diariamente em Hong Kong. Chegou em Abril à baía de Kowloon e vai ficar por lá até ao dia 7 de Julho. Entrar dentro de quadros como “A Noite Estrelada” ou “Os Girassóis” era até aqui imaginação apenas. Agora é só dar um salto ali ao lado

 

[dropcap]A[/dropcap] experiência de arte imersiva sobre um dos mais ilustres pintores holandeses está a dar que falar no vizinho território, depois de ter passado por mais de 40 cidades internacionais e atraído cerca de quatro milhões de visitantes em todo o mundo.

“Van Gogh Alive” é como assistir em três dimensões às várias fases da obra do pintor, onde três mil imagens são projectadas nas paredes, colunas, chão e tecto, criando movimentos que se transformam através das galerias e transcendem a noção de tempo e do espaço.

Poder estar dentro dos famosos quadros do pintor pós-impressionista é uma nova sensação para os visitantes, que se passeiam pelo “Campo de Trigo com Corvos”, as “Amendoeiras em Flor”, o “Quarto em Arles” ou a “Estrada com Cipreste e Estrela”, amplificados nos murais de LED com quase dez metros de altura. São mais de uma centena de telas que acompanham a vida e obra de Van Gogh, durante o período de 1880 a 1890, integrando as paisagens de Arles, Saint-Rémy-de-Provence e Auvers-sur-Oise, lugares onde se refugiou nos últimos anos de vida e onde criou os seus quadros mais icónicos.

O clássico mundo das artes abre-se com este espectáculo às grandes audiências, saindo do espaço de silêncio dos museus, onde a distância de protecção entre o público e a obra não admite a proximidade aqui conseguida. Este novo conceito de arte, como experiência para as massas, é possível graças a um sistema de tecnologia único, o Sensory4, que permite combinar as imagens gráficas em movimento com sons de alta-fidelidade, através de canais múltiplos com qualidade de cinema, que são projectados em ecrãs gigantes de alta resolução.

A dinâmica visual é o resultado desta experiência, com imagens incrivelmente detalhadas, num espaço saturado de cor e som, onde a cada canto se pode encontrar um novo ponto de vista ou um especial pormenor, nos conhecidos quadros do pintor que tantas obras-primas deixou, entre paisagens, naturezas mortas, retratos e auto-retratos, com orelha e sem orelha.

Viagem pelo mundo

A exposição chegou à FTLife Tower de Hong Kong, em Kowloon, no passado mês de Abril e vai ficar por lá até ao dia 7 de Julho. Entretanto, percorreu várias cidades como Madrid, Roma, Berlim, Atenas, Istambul, Moscovo, Varsóvia, Dubai, Singapura, Tel Aviv, São Petersburgo e, só no continente chinês, Xangai, Xiamen, Hangzhou ou Qingdao. Também em Lisboa, a exposição passou já pela Cordoaria Nacional, no verão de 2017.

Em Hong Kong está em exibição de segunda a quinta, das 10h às 21h, sextas a domingos, ou feriados, das 10h às 22h. Os bilhetes custam 230 dólares de Hong Kong, por adulto, e 190 para menores de 15 e maiores de 65 anos.

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