Festival Internacional de Curtas-Metragens divulga cartaz de animação

Entre os dias 4 e 9 de Dezembro, o Teatro Dom Pedro V recebe o Festival Internacional de Curtas-Metragens, que terá em exibição 90 filmes oriundos dos quatro cantos do mundo. Ontem foram revelados as curtas que participam na classe de animação, e que vão ser exibidos no dia 6 de Dezembro

 

[dropcap]O[/dropcap]s primeiros detalhes do cartaz do Festival Internacional de Curtas-Metragens, Sound & Image Challenge, estão aí com a divulgação dos filmes que participam na categoria de animação. O evento, marcado para o Teatro Dom Pedro V, decorre entre os dias 4 e 9 de Dezembro e conta com 90 filmes, 13 palestras, dois concertos, 15 prémios, 10 videoclips e 4 masterclasses.

Com filmes originários um pouco de todo o mundo, a edição deste ano da secção de animação, que será exibida a 6 de Dezembro a partir das 15h30, tem em destaque duas películas portuguesas e uma de Macau. “Porque este é o meu ofício” é o nome do filme de Paulo Monteiro. Em pouco mais de 10 minutos, a curta leva o espectador a perder-se num “vórtice de tempo sobre a infância” e na forma como “ela nos marca para a vida”, pode-se ler no comunicado da Creative Macau. A narrativa centra-se na relação entre pai e filho e nas “muitas palavras nunca ditas, porque estão escritas no coração”.

Também de Portugal chega-nos “Rácio entre dois volumes”, de autoria de Catarina Sobral. O equilíbrio e o volume são os focos deste filme, com um dos personagens, Sr. Cheio, a funcionar como uma espécie de esponja circunstancial que guarda dentro de si todas as situações em que se envolve no dia-a-dia. “Nunca esquece uma lembrança, um pensamento ou uma emoção”, lê-se no comunicado de apresentação da categoria de animação do Festival Internacional de Curtas-Metragens. Por outro lado, independentemente dos esforços constantes, nada preenche o Sr. Vazio. Até ao dia em que o Sr. Cheio decide confrontar os seus medos e Sr. Vazio resolve viajar.

O som e a imagem

“A Lâmpada Bob”, de autoria de Chong Chon In, é o filme que representa Macau na secção de animação da edição deste ano do Festival Internacional de Curtas-Metragens. A narrativa gira em torno da vida profissional de uma lâmpada chamada Bob, como indica o título do filme, que conseguiu finalmente o emprego dos seus sonhos. Porém, logo no primeiro dia, Bob percebe que o “seu trabalho é odiado por muitas pessoas”.

A representação da República Checa faz-se através de “Vigilante”, de autoria de Filip Diviak, que tem como cenário um país nórdico indefinido no início do século XIX. “A história é sobre a vida estereotipada de um idoso que trabalha como vigilante acordando pessoas. A sua vida é sempre igual, até ao dia em que recebe um velho sino brilhante”, refere o comunicado da Creative Macau.

Do Canadá chega-nos “Magi”, realizado por Hao-feng Lu. O pequeno filme de menos de dois minutos procura expressar “a busca artística de animação 2D, usando técnicas de animação directa e animação em papel em três estados abstractos: rigidez, maleabilidade e epifania”.

Também do continente americano, mas bem mais a sul, é exibido no ecrã do Teatro Dom Pedro V “Novo Brinquedo”, um filme da autoria do brasileiro Rogério Boechat. A narrativa centra-se num dia de particular tédio para um bebé, que se altera radicalmente quando a mãe lhe oferece um urso de peluche. O novo brinquedo torna-se no seu melhor amigo. Com o tempo a excitação da novidade esvai-se e o tédio apodera-se da relação, até que uma reviravolta do destino troca as voltas à improvável dupla.

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