Timor-Leste | Ministra da Educação apoia expansão da Escola Portuguesa de Díli

A ministra da Educação timorense anunciou o apoio ao projecto de expansão da Escola Portuguesa de Díli (EPD), que arrancou ontem simbolicamente o ano lectivo e que terá o maior número de alunos de sempre, mais de mil

[dropcap style=’circle’]S[/dropcap]ei que a direcção da escola tem intenção de aumentar as suas instalações e aproveito para dizer que, no que depender do Ministério da Educação, terão todo o nosso apoio”, afirmou ontem Dulce Soares num acto que decorreu na EPD. “A EPD e o Ministério da Educação timorense têm o mesmo objectivo, que é proporcionar uma educação de qualidade, e será para isso que trabalharemos sempre em conjunto”, afirmou.

Acácio de Brito, director da escola, confirmou que o processo de expansão – que terá um custo total de cerca de 4,3 milhões de euros – está a decorrer, permitindo aumentar significativamente a capacidade de acolhimento de alunos.

O projecto prevê a construção de mais um piso no edifício principal do espaço, acomodando entre 15 e 20 salas, a construção de uma sala multiusos que servirá como auditório e ginásio e ainda a instalação de dois campos desportivos, entre outras melhorias e alterações.

Este ano a EPD terá 1032 alunos, com 270 no ensino pré-escolar, 376 no 1.º ciclo, 131 no 2.º ciclo, 144 no 3.º ciclo e 121 no ensino secundário. “Esta é uma escola portuguesa ao serviço de Timor e das relações fraternas entre dois povos que se querem e que no exercício de uma soberania inquestionável não renegam o passado comum”, afirmou Acácio Brito.

Farol educativo

José Pedro Machado Vieira, embaixador de Portugal em Díli, recordou que a EPD é um “projecto de referência para o Governo português” e é um “farol” no sector da cooperação na área educativa, que “continua a ser prioritário” para a actuação portuguesa em Timor-Leste. “A educação é a face mais visível da cooperação portuguesa e um sector prioritário de actuação para os dois países”, disse. “O Governo português apoia uma série de projetos de grande significado na qualificação do ensino em Timor-Leste, com grupos distintos, mas que cumprem todos o propósito de apoiar o Governo de Timor-Leste no desígnio nacional de ter a língua portuguesa como língua oficial”, afirmou.

Na sua intervenção, Dulce Soares recomendou aos alunos aproveitar a oportunidade que significava estudar numa escola “de grande qualidade”, louvou o facto dos livros e manuais serem disponibilizados gratuitamente aos estudantes e disse que os pais deviam aproveitar para “aprender com os seus filhos”.

“A educação dos filhos não pode ser só entregue aos professores e alunos. É importante acompanhar os nossos filhos. Ajudem-nos, acompanhem o seu percurso escolar e leiam com eles”, afirmou. Aos finalistas, Dulce Soares deixou um pedido para que se esforcem para prosseguirem os estudos universitários e pediu para que se formem e contribuam para o desenvolvimento do país. “Timor-Leste precisa de pessoas qualificadas, contribuam para o desenvolvimento do país”, disse, agradecendo a dedicação dos professores que estão deslocados de Portugal na EPD.

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