Coreia do Sul restringe circulação de viaturas BMW

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo sul-coreano decidiu restringir a circulação dos veículos BMW que não tenham sido inspeccionados, depois de mais de 30 viaturas da marca alemã se terem incendiado no país. A partir do dia 20, o fabricante vai chamar à revisão 106 mil veículos com sistema de re-circulação de gases presente nos modelos a gasóleo e que, segundo a BMW, está na origem das chamas.

O fabricante deveria ter concluído ontem a revisão prévia das viaturas afectadas, mas o ministério sul-coreano das Infra-estruturas e do Transporte avançou com a restrição da sua circulação por ainda faltar avaliar 27 mil veículos.

Nas estradas podem circular apenas carros com destino à revisão, segundo o ministério, que pediu a colaboração dos condutores para “evitar acidentes de maior alcance”.

A BMW garantiu que vai acatar a decisão e que tomará as medidas necessárias para minimizar os inconvenientes para os seus clientes, segundo a agência noticiosa local Yonhap. Este ano registaram-se 39 incêndios em veículos BMW na Coreia do Sul, o mais recente dos quais na segunda-feira, sem provocar vítimas.

A chamada à oficina também acontecerá na Europa para 324 mil viaturas.

Fonte oficial do grupo automóvel revelou à Lusa que quase 2.400 veículos BMW serão chamados à revisão em Portugal.

A chamada dos veículos ocorreu depois de uma investigação do fabricante ter revelado um “mau funcionamento do módulo de recirculação dos gases de escape (EGR) que pode, em casos extremos, originar um fogo em alguns modelos BMW com motores a gasóleo”.

“O BMW Group decidiu levar a cabo uma acção de chamada por forma a analisar o módulo EGR nos modelos BMW Série 3, Série 4, Série 5, Série 6, Série 7, X3, X4, X5, X6 com motores Diesel de 4 cilindros (produzidos entre Abril 2015 e Setembro 2016) e motores diesel de 6 cilindros (produzidos entre Julho 2012 e Junho 2015)”, referiu informação oficial.

O fabricante referiu que, em alguns casos, o radiador do módulo EGR pode ter fugas de líquido de refrigeração, que se acumula no módulo EGR. “Quando combinado com sedimentos de óleo, este líquido pode tornar-se combustível. Devido às altas temperaturas dos gases de escape nesta unidade, estes depósitos podem inflamar-se e provocar, em casos extremos, um fogo”, explicou ainda a BMW.

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