Exposição | Pintura chinesa e caligrafia patente na Fundação Oriente

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Associação de Pintura e Caligrafia Macau Oriente inaugura no próximo dia 22 “A segunda exposição de associados”. O evento terá lugar na galeria da Fundação Oriente às 18h30.
Esta é a segunda iniciativa do género desenvolvida pela associação e tem como objectivo a “promoção do intercâmbio entre a cultura chinesa e portuguesa”, revelou o responsável pela entidade, André António, ao HM.
Este ano o certame oferece algumas novidades e conta com um espaço dedicado a uma exposição internacional que exibe trabalhos de autores japoneses.
A exposição está dividida em três partes. Num primeiro momento “A segunda exposição de associados” apresenta um conjunto de trabalhos feito pelos membros da entidade que se expressam através de pinturas a óleo, aguarelas tradicionais chinesas e alguns trabalhos de caligrafia.
Num segundo momento, a mostra foca-se mais especificamente no trabalho do mestre local, Lam Iok Fai.
Por fim, vai estar patente uma exposição colectiva internacional em que a Associação de Pintura e Caligrafia Macau Oriente “convida amigos de vários países entre os quais Portugal”. Este ano, e para alargar o espectro do tipo de pinturas, foram também convidados artistas das Filipinas, Índia e Japão. No entanto, e dada a falta de tempo para concluir trabalhos, apenas os artistas japoneses vão marcar presença. “Os artistas da Índia e das Filipinas não tinham tempo para terminar as suas obras”, explicou André António. Nesta parte, a caligrafia fica de lado e vão ser expostas pinturas a óleo e aguarelas.

Dois em um

No total estão prontas a ser exibidas mais de 100 obras. Devido à falta de espaço, a exposição vai ser alterada cerca de duas semanas após a sua inauguração. “Estamos a pensar em mudar a exposição depois de decorridos 15 dias da sua abertura porque não conseguimos colocar todos os trabalhos de uma vez e assim as pessoas podem ver duas exposições numa só iniciativa”, explicou André António. “Primeiro colocamos uma parte das obras e depois mudamos para mostrar as que restarem. Num mês as pessoas podem ver duas exposições”.
A Associação de Pintura e Caligrafia Macau Oriente foi constituída há oito anos, mas só teve a sua primeira exposição no ano passado na galeria da Fundação Rui Cunha.
A ideia de constituir esta entidade partiu do próprio Mestre Lam Iok Fai que “é muito conhecido em Macau como artista” apontou André António. “Na década de 80 o Governo da altura chegou a comprar obras do artista que fazem actualmente parte do espólio do Museu de Macau”, acrescentou.
Da associação fazem parte elementos portugueses, macaenses e chineses num total de 30 membros. “Não precisamos de muitos mais também porque queremos ter artistas de qualidade”, disse.
Segundo o responsável, a arte tradicional chinesa, tanto na área da pintura como da caligrafia, é alvo de cada vez mais interesse e muito procurada por parte do público, especialmente do continente.
Os trabalhos dos artistas associados são particularmente procurados por apresentarem particularidades que dizem respeito ao próprio território. “Misturamos algumas técnicas e conceitos ocidentais nas obras que fazemos, o que lhes confere características especiais”, explicou. “É um trabalho ligeiramente diferente do tradicional, também por ser feito em Macau”, acrescentou André António numa referência à mistura cultural que caracteriza o território.

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