Arquitectura | Exposição dos alunos da USJ é inaugurada amanhã

A “USJ Architecture Program Exhibition”, exposição que reúne os trabalhos finais dos alunos de arquitectura da Universidade de São José, vai ser inaugurada amanhã na Creative Macau. A iniciativa realiza-se anualmente e pretende mostrar algumas ideias dos futuros arquitectos de Macau

 

[dropcap style≠’circle’]À[/dropcap] semelhança de anos anteriores, e chegado o final das aulas, a Creative Macau recebe os projectos de fim de curso dos alunos do último ano de arquitectura da Universidade de São José (USJ). A exposição deste ano, “USJ Architecture Program Exhibition”, é inaugurada amanhã às 18h30.

A mostra divide-se em dois momentos expositivos. Num primeiro espaço, vai estar patente ao público uma peça concebida em conjunto. “É um trabalho absolutamente conceptual em que os alunos não propõem nenhum tipo de edifício”, refere a responsável pela Creative Macau, Lúcia Lemos, ao HM.

Trata-se de uma obra que tem, por princípio, de ser concebida em bambu, assim tem sido todos os anos. A razão da escolha deste material é óbvia: “No oriente é o bambu que sustenta o processo de construção e há uma ligação muito forte com este material”, diz Lúcia Lemos.

Ao mesmo tempo, os alunos de arquitectura da USJ desenvolvem ao longo do percurso académico uma forte relação com o material e com quem o trabalha, de acordo com a directora da Creative Macau.

A produção deste momento expositivo está intimamente relacionada com o desenvolvimento de uma maior ligação ao artesanato, aponta Lúcia Lemos. “A montagem dos andaimes em bambu requer muita técnica e muito trabalho manual, desde a forma como a estrutura vários objectos da arquitectura erefere o comunicado oficial.)IC) trabalho, jtrar o que os futuros arquitecto s de Macau é montada aos modos de junção das canas”, explica.

Para ajudar na montagem desta peça, os alunos tiveram a ajuda dos mestres que dedicaram a sua vida profissional a trabalhar na construção e com o auxílio dos professores no apoio à concepção “mais intelectual”.

“Podemos dizer que é um trabalho da área da arquitectura urbanística, no sentido de que algo pode ser projectado para um espaço público sem ter de possuir uma utilidade prática”, refere a responsável pela associação.

A segunda parte da exposição é constituída pelos trabalhos de final de curso dos alunos. Os projectos que vão ser apresentados podem abranger vários objectos da arquitectura com a finalidade de mostrar o que os estudantes, ainda sem experiência no mercado de trabalho, já conseguem idealizar. “Estamos a falar de pessoas muito jovens que ainda estão a estudar. Fazem o seu trabalho dentro do possível e podemos mesmo dizer que há aqui alguma inovação”, descreve Lúcia Lemos.

Parceria útil

A cooperação entre a Creative Macau e a USJ não é uma aliança formalizada através de protocolos, mas isso não impede o desenvolvimento de iniciativas conjuntas. “Faz parte do nosso projecto estarmos a par daquilo que se faz em Macau. Desde há muito tempo que temos esta iniciativa com os alunos de arquitectura e de design de comunicação”, aponta.

Para Lúcia Lemos, esta colaboração “faz todo o sentido”, até porque “é uma forma de trazer estes trabalhos para o público em geral”.

Mas o que surpreende a responsável pela Creative Macau é a forte adesão por parte de estudantes do ensino secundário. “Estas exposições têm muitos visitantes, mesmo de alunos das escolas secundárias”, refere. Na opinião de Lúcia Lemos, esta adesão pode ser explicada pelo facto deste tipo de iniciativas poderem ajudar os estudantes que se encontram numa fase de escolha de carreira.

 

Arquitectura | USJ presente na Bienal de Veneza

O Departamento de Arquitectura da Universidade de São José participou na Bienal de Arquitectura de Veneza 2018, entre 26 a 28 de Maio, com “URBAN CATALYST: SHAPING THE FUTURE OF MEDINI CITY”. O projecto foi desenvolvido pelo estúdio de design urbano da universidade liderado por Nuno Soares. Este projecto estará integrado no Programa de Sessões da Bienal de ISKANDAR PUTERI 100YC, como uma proposta conceptual ao desafio de design global apresentado às principais escolas internacionais de Arquitectura. “URBAN CATALYST: SHAPING THE FUTURE OF MEDINI CITY” oferece formas arquitectónicas e urbanas originais para a nova Cidade de Medini, o futuro Distrito Comercial Empresarial de Iskandar Puteri, concebido a partir da sua estrutura essencial, e visando criar um plano director alternativo como ponto de partida para esta nova comunidade urbana nos próximos 100 anos. O Iskandar Puteri 100YC (100 Year Cities) é uma colaboração global de investigação liderada pela RMIT (Instituto Real de Tecnologia de Melbourne) e pela Nextdor Property Communications Sdn Bhd. O seu principal objectivo é promover o pensamento multidisciplinar e a colaboração como as principais qualificações para a inovação futura, reunindo os visionários de hoje e as escolas de arquitectura internacionais mais progressistas do mundo em busca de futuros optimistas e ideais originais para as cidades, refere o comunicado oficial.

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