Acessibilidade para deficientes é insuficiente, diz estudo dos kaifong

A acessibilidade para deficientes no território é considerada insuficiente, de acordo com um estudo conduzido pelo Centro da Política da Sabedoria Colectiva. A conclusão foi tirada a partir de um inquérito que ouviu as opiniões de mais de 1600 pessoas, entre as quais algumas com deficiências

 

[dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau não oferece condições óptimas para portadores de deficiência. Os resultados estão patentes num estudo apresentado, ontem, pela vice-presidente do Centro da Política da Sabedoria Colectiva, Cheong Sok Leng. A responsável explicou ainda que os regulamentos que definem as condições de acessibilidade em Macau entraram em vigor há mais de 30 anos e que estão desactualizadas. A vice-presidente defendeu também que as instalações têm agora uma utilização maior, as acessibilidades passaram a ser utilizadas não só por portadores de deficiências, mas também por idosos, grávidas e pessoas com bebés ao colo.

Ainda de acordo com os dados recolhidos no estudo, apenas um terço dos residentes inquiridos sem deficiências consideram as instalações sem barreiras suficientes. Por outro lado, Cheong Sok Leng revelou igualmente que mais de 71 por cento dos inquiridos nunca tinham ouvido falar das normas arquitectónicas de design para espaços que permita uma acessibilidade universal e sem barreiras para pessoas com limitações físicas.

Ao mesmo tempo, 25 por cento dos inquiridos considerou insuficiente, ou muito insuficiente, as instalações sem barreiras existentes em Macau. As instalações mais usadas pelas pessoas com deficiência são casas-de-banho públicas, os aparelhos sonoros para atravessar as passadeiras nas estradas e as rampas de acesso a edifícios.

As falhas nos acessos não se limitam aos espaços privados. Esta foi uma das opiniões partilhadas pelo secretário-geral da Associação da Associação de Apoio aos Deficientes de Macau, Ho Kuok Meng, que apontou que as insuficiências nos acessos existe igualmente em alguns serviços públicos, como no Edifício Administração Pública, em que não há qualquer acesso que facilite a entrada de pessoas com deficiência.

Já o vice-presidente do Centro da Política da Sabedoria Colectiva, Chan Ka Leong, reconheceu o trabalho do Governo na área, mas considerou que é necessário alertar a sociedade para o problema. Além disso, o vice-presidente sugeriu a criação de um fundo do Governo para apoiar a construção de acessos em edifícios antigos e actualizar a legislação, com a obrigação de se construírem acessos universais.

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