Orquestra de Macau | Programa de concertos já é conhecido

Kyung Wha Chung, Stefan Vladare e Henning Kraggerud são apenas alguns dos nomes que vão acompanhar a Orquestra de Macau na próxima temporada de concertos. O programa foi divulgado ontem e dele constam espectáculos de música clássica para todos os gostos e idades

[dropcap style≠’circle’]S[/dropcap]ão mais de 25 os espectáculos que vão preencher a próxima temporada de concertos da Orquestra de Macau (OM). A apresentação do programa aconteceu ontem e hoje os bilhetes já estão à venda, sendo que até dia 31 de Agosto, os interessados podem usufruir de um desconto de 40 por cento.

A iniciativa tem como tema, nesta edição, “Confraternizando com a alegria musical” e conta com actividades distribuídas por cinco categorias: “virtuosos extraordinários”, “maestros com carisma”, “produções especiais”, “viagem de câmara” e “gala de ópera”.

São quatro os espectáculos inseridos na categoria “virtuosos extraordinários”, que têm início com o concerto de abertura da temporada. Marcado para o dia 2 de Setembro, conta com Kyung Wha Chung. “A rainha do violino”, assim é designada pela organização, traz ao palco do grande auditório do Centro Cultural de Macau (CCM) o Concerto para Violino em Ré Maior, Op. 61, de Beethoven, e de Brahms a Sinfonia nº 4 em Mi menor, Op. 98.

Na mesma categoria, a temporada segue a 20 de Janeiro com “três gigantes da música alemã e austríaca – Beethoven, Brahms e Bruckner”, num espectáculo que conta com o pianista Stefan Vladar.

A 10 de Março o palco do CCM vai acolher três peças de Dvorak. O intérprete convidado é o violoncelista Mario Brunello, vencedor do concurso internacional Tchaikovsky. A categoria fecha a 22 de Maio com o concerto que junta o compositor, maestro e violinista escandinavo Henning Kraggerud à OM.

De acordo com a organização, o concerto mistura “as montanhas íngremes, os belos fiordes e os misteriosos glaciares daquela zona do norte da europa”. A ideia de trazer a Macau o “autêntico som da Noruega” com obras como a “Suite de Holberg”, de Grieg, a “Suite em Lá menor”, de Christian August Sinding, e “Danças Norueguesas”, de Johan Halvorsen. O concerto reserva ainda uma peça do próprio Henning Kraggerud: “O Equinócio”.

Tratando-se do centésimo aniversário do nascimento do maestro e compositor americano, Leonard Bernstein, o maestro local Lio Kuokman é o convidado para assinalar a efeméride com um concerto a seu cargo.

A organização destaca ainda o espectáculo que conta com a violinista nascida na Alemanha, de origem sul coreana, Clara Jumi Kang, e o concerto de final de temporada com a OM a interpretar a “Sinfonia nº 9”, de Beethoven.

Para os miúdos

Na categoria das produções especiais, o Instituto Cultural continua a chegar aos mais jovens. A 30 de Junho a organização promete levar o público numa “jornada heróica, diferente de qualquer coisa que já ouviu ou, na verdade, viu”.

A organização refere-se à peça “Heróis: uma sinfonia de jogos electrónicos” que apresenta a música de alguns dos jogos electrónicos mais populares incluindo “ The elder scrolls”, “BioShock” e o “Halo”, entre outros. O concerto é acompanhado de imagens projectadas de modo a ser “uma apresentação imersiva”.

Para os bebés que ainda não nasceram, tem lugar, a 17 de Março, um concerto em que são interpretadas obras de Mozart, Haydn e Prokofiev numa apresentação especialmente concebida para as futuras mães. A ideia, afirma a organização, é que seja “a primeira experiência musical do bebé”.

O Dia Mundial da Criança não foi esquecido e a 2 de Junho, em colaboração com o grupo de teatro infantil Ratão, a OM apresenta “Terra de fadas e magia sinfónica”. A ideia é combinar música, dança e teatro de modo a despertar a curiosidades dos mais pequenos.

Do programa destaca-se também a deslocação da OM à comunidade. Neste sentido a orquestra desloca-se às escolas, desde o ensino primário ao superior com eventos musicais especificamente concebidos para cada um destes públicos. A OM vai ainda continuar a dar concertos nos locais classificados como património. De acordo com a organização, é uma forma de “criar experiências musicais únicas num ambiente de encontro entre o oriente e o ocidente”.

De modo a estar mais perto da comunidade vão continuar, à semelhança dos anos anteriores, os espetáculos que levam a música clássica à galeia da Tap Seac, à biblioteca e ao museu.

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