Martim Moniz | O portal que une comunidades

O Portal Martim Moniz é uma plataforma portuguesa que presta serviços de ligação entre chineses e portugueses. Do ensino de línguas ao apoio logístico, os serviços são actualmente fundamentais num momento em que China e Portugal estreitam laços

[dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]xiste em Portugal uma plataforma que une as comunidades portuguesa e chinesa, o Portal Martim Moniz. Além de proporcionar informação bilingue de actualidade com interesse para públicos de ambos os países, fornece uma série de serviços com potencial para a integrar a comunidade chinesa em Portugal. “O Portal é uma plataforma digital de intercâmbio cultural entre Portugal e a China, cujo objetivo é dar conhecer Portugal aos chineses e a China aos portugueses”, resume a directora executiva, Sara Costa.

A vertente informativa é a mais visível da plataforma, mas são os serviços, nomeadamente relativos à língua, que representam uma maior procura. “Temos um Centro de Língua Chinesa e um Centro de Tradução e Interpretação de modo a optimizar a comunicação entre as comunidades”. O objectivo, afirma, é o fomento do intercâmbio cultural entre os dois povos.

Aprendizagem de línguas é, neste momento o serviço mais procurado e em particular o ensino do português a chineses. “É uma oportunidade de aprender português com professores qualificados para o ensino de PLE (Português Língua Estrangeira) e que possuem também um total domínio do mandarim”, diz Sara Costa. O contrário também acontece e, de acordo com a directora, são cada vez mais os empresários portugueses a procurar formação em mandarim. Estudantes do ensino secundário e universitário também integram estas formações, bem como alguns curiosos acerca da língua e cultura chinesa.

Para a responsável, a existência do portal é fundamental no momento actual de relações que os dois países vivem. “A plataforma surge numa altura especialmente próspera das relações Portugal-China. Esta é uma história que tem mais de 500 anos, uma vez que os portugueses chegaram à China no início do século XVI. Nos últimos anos temos vindo a assistir a um reforço dos investimentos chineses em Portugal, nomeadamente no sector da energia, dos seguros, da banca, do imobiliário, entre outros”.

Sara Costa não deixa de sublinhar o desenvolvimento de relações entre os dois países também no sector do turismo, sendo que “Portugal foi um dos primeiros países a estabelecer um acordo estratégico com a República Popular da China definindo, a posteriori, diretrizes para cooperação no turismo”.

“O acordo estratégico assinado em 2005 é sobretudo uma declaração de intenções passada a escrito que a China adotou para privilegiar alguns países com quem tem melhores relações e que começou a ter repercussões mais visíveis a partir de 2010”, explica Sara Costa.

Integração inevitável

A comunidade chinesa em Portugal já está, se acordo com responsável, enraizada. “Se, por um lado, continuamos a ver comunidades um pouco fechadas entre si nos negócios mais tradicionais desta comunidade, por outro vemos já a segunda geração a integrar-se nas nossas escolas, atividades e sociedade civil”. Por outro lado, refere, os sectores de trabalho a que se dedicam são também cada vez mais diversos. Para Sara Costa as relações entre os dois países estão a passar “uma das melhores etapas” e a existência deste tipo de trabalho é cada vez mais importante.

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