Concerto | Festival “Hush!” acontece a partir de domingo

Vem aí mais uma edição do festival “Hush!”, que começa no próximo domingo e prolonga-se até ao feriado do 1º de Maio. O areal da praia de Hac-Sá, em Coloane, acolhe um punhado de bandas locais e estrangeiras, onde se inclui o grupo português 80 e Tal

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] festa começa logo à hora de almoço no próximo domingo. Bandas de Macau vão dar vários concertos na praia de Hac-Sá, em Coloane, até ao dia 1 de Maio. A iniciativa é organizada pelo Instituto Cultural (IC) e, pela primeira vez, conta com a presença da banda portuguesa 80 e Tal, que toca no Dia do Trabalhador. O cartaz é composto por bandas locais, mas também por grupos vindos de Hong Kong ou de Singapura.

“É a primeira vez que participamos neste festival e as expectativas são elevadas, porque desde que chegámos a Macau fomos vendo a evolução do evento e cada vez se tem tornado maior, e com maior projecção. Estamos ansiosos para que chegue o dia”, contou ao HM Tomás Ramos de Deus, um dos membros da banda. Devido a problemas pessoais do baixista, os 80 e Tal sobem ao palco com outro músico, Ivan Pineda.

Com esta presença, os 80 e Tal, que têm uma ligação com a Casa de Portugal em Macau, esperam vir a ser mais conhecidos no seio da comunidade chinesa. “A nossa música é um pouco desconhecida no meio chinês mas, com este tipo de exposição, vamos ter mais visibilidade, sem dúvida.”

Ao tocarem com bandas vindas de géneros musicais tão diversos, os 80 e Tal esperam uma troca de sonoridades e mútua aprendizagem. “Espero que consigamos inspiração artística das outras bandas, assim como elas consigam uma inspiração da nossa música. Vai ser um bom intercâmbio.”

Novos discos

Gabriel Stanczky vai subir ao palco com a sua banda, os WhyOceans, que farão também a apresentação do seu novo álbum de originais. “Somos uma banda de rock e a nossa música tem um grande foco nos instrumentos, então é uma música mais emotiva. Temos um novo álbum que será lançado nesse dia, e é sobre algumas coisas que acontecem na cidade”, contou ao HM.

Os WhyOceans encaram a música como sendo um meio para “ultrapassar um dia de trabalho”. “Na banda, podemos expressar outras emoções sobre a família, o próprio trabalho e a cidade. O álbum tem vários tópicos sobre estes temas, as letras têm algo que ver connosco”, disse ainda o músico.

O cartaz conta também com a presença de grupos locais como os Forget the G, Catalyser ou Wat de Funk, que foram convidados pelo IC. De fora vêm nomes como Supper Moment, de Hong Kong, ou Break the Rules, com músicos de Macau e de Zhuhai, China.

Para Tomás Ramos de Deus, é preciso apostar mais neste tipo de eventos para mostrar a música que se produz localmente. “É este tipo de festival que dá mais credibilidade à música que é feita aqui. Tem uma grande produção e um grande palco, isso ajuda a que a música seja ouvida de outra maneira. Se houvesse mais eventos deste género em Macau, a música era mais ouvida.”

Na segunda-feira serão ainda concedidos os prémios da competição de vídeo “Hush! 300 Segundos”, cujo prazo para a entrega dos trabalhos terminou ontem. A entrada no festival é gratuita.

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