CPU | Dúvidas e progressos no planeamento dos aterros

 

Sem grandes novidades a nível de datas para planos definitivos, o planeamento da parte leste das zonas B e E1 dos Novos Aterros Urbanos tornou-se um pouco mais específico

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] meio da reunião, um dos membros do conselho questionou: “Não sei para que serve este organismo, qual a sua função”. A questão foi levantada ontem durante o primeiro plenário de 2017 do Conselho do Planeamento Urbanístico (CPU), referente aos destinos a dar aos novos aterros urbanos B e E1. Wu Chou Kit chegou mesmo a propor um prazo de dois anos para que haja alguma decisão específica em termos de planeamento, salientando já terem sido feitas “três auscultações públicas”. Ou seja, foi pedida acção ao Executivo. Chan Tak Seng seguiu na mesma linha, colocando uma objecção relativa à área de habitação no aterro E1, que vem sido discutida desde 2015: “Já passou mais de um ano e este planeamento é uma repetição do que já sabíamos”.

No entanto, o arquitecto Rui Leão recebeu a nova planta com agrado. “Vejo que houve um grande desenvolvimento em relação à proposta anterior, principalmente no plano rodoviário. Houve uma evolução, antes havia apenas uma espinha viária, sem estrutura urbana de acessibilidade e circulação.” O arquitecto acrescentou ainda que esta planta “parece mais racional, realista, mais bem sedimentada”, salientando a criação de estacionamentos como algo vital para a zona.

Em relação às zonas costeiras, o arquitecto interrogou o Executivo relativamente às propostas de construção de campos de jogos, assim como de acessos à orla marítima com circulação pedonal. Manuel Pui Ferreira lançou para a mesa a possibilidade de “criação de um cais de lazer de forma a criar a possibilidade de lançar produtos turísticos”.

No seguimento da insistência de pedidos de especificidade, Raimundo do Rosário explicou que o Executivo não está a guardar informações. “Ainda não há um plano pormenorizado. Por isso, quando me perguntam como vão ser as ruas, a afluência de carros e pessoas, não posso dar esses dados detalhados”, esclareceu. O secretário para os Transportes e Obras Públicas reiterou que as dúvidas que estão nas cabeças dos membros do CPU são as mesmas que tem, alertando para o risco de se querer avançar rápido demais. Raimundo do Rosário rematou a sua intervenção ao dizer que o Executivo “está caminhando, fazendo”.

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