Rio 2016 | Equipa canarinha brilhou. Telma é porta estandarte. Tempo de balanço

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Jogos Olímpicos Rio2016 terminaram ontem com os maratonistas Rui Pedro Silva e Ricardo Ribas e os ciclistas David Rosa e Tiago Ferreira, no ‘cross country’, a fecharem a participação portuguesa. O Brasil festejou em grande a vitória contra a Alemanha e nas despedidas faz-se o balanço. Na comitiva portuguesa cabe a Telma Monteiro ser a porta-estandarte

Neymar, autor da grande penalidade decisiva que deu o inédito título olímpico de futebol ao Brasil, no sábado, admitiu que esse foi dos melhores momentos que já viveu. “Isto é das melhores coisas que já me aconteceu na vida”, admitiu o emocionado ‘capitão’ dos ‘canarinhos’, que dedicou o título à família, amigos e companheiros de selecção.
O Brasil reina no futebol internacional com cinco títulos mundiais, mas faltava-lhe o mais desejado: Neymar marcou o primeiro golo do desafio que terminou 1-1 no tempo regulamentar e após o prolongamento e, no quinto e último penálti, logo após Nils Petersen permitir a defesa de Weverton, teve o momento que o deixará na história do país. A equipa conquistou a medalha de ouro no torneio masculino de futebol do Rio, ao vencer a Alemanha por 5-4 no desempate através de grandes penalidades, depois do empate 1-1 no tempo regulamentar e no prolongamento. O Brasil já tinha vencido quase tudo no futebol, faltava a medalha de ouro olímpica no torneio masculino, que já não falta. Depois do prolongamento vieram os penáltis e foi então que o guarda-redes Weverton defendeu o ‘tiro’ de Nils Petersen e Neymar selou o triunfo da equipa canarinha.

Nas despedidas

Fernando Pimenta, João Ribeiro, Emanuel Silva e David Fernandes terminaram a final de K4 1.000 metros na sexta posição, a 5,339 segundos da Alemanha, campeã olímpica. Foi-se o ‘metal’, ficou o diploma, o quarto nas provas de canoagem, depois dos alcançados em K1 1.000 metros, K2 1.000 metros e no C1 em slalom. Já em fase de despedidas, Telma Monteiro, a única medalhada portuguesa, foi a porta-estandarte da delegação portuguesa na cerimónia de encerramento dos Jogos, repetindo a tarefa de Londres, então na cerimónia de abertura.
A escolha pertenceu ao chefe da missão portuguesa, José Garcia, dando honras a Telma Monteiro de levar a bandeira portuguesa, depois de ter sido o velejador João Rodrigues, recordista em Jogos Olímpicos, o porta-estandarte na abertura.

Em jeito de balanço

O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, felicitou a hospitalidade brasileira e mostrou-se satisfeito com o sucesso desta edição “Jogos emblemáticos e, os brasileiros são grandes anfitriões, unidos em torno dos Jogos Olímpicos”, frisou o responsável. Bach não esqueceu a parte competitiva, enaltecendo Usain Bolt e ainda a forma como foram tratados os membros da equipa olímpica de refugiados, tratados como ‘rockstars’ na Aldeia Olímpica”, concluiu.
 

Competição

Park In-bee sucede no historial do golfe olímpico a Margaret Abbott, 116 anos depois. A sul-coreana Park In-bee sagrou-se campeã olímpica de golfe feminino, sucedendo no historial à norte-americana Margaret Abbott, medalha de ouro em 1900. “Estou muito honrada e orgulhosa por ter conquistado uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. É verdadeiramente inacreditável! Estou muito feliz por ter subido ao lugar mais alto do pódio”, afirmou a sul-coreana. Park In-bee concluiu o torneio com 268 pancadas, menos cinco do que a neozelandesa Lydia Ko, número um mundial.
“Não consigo parar de chorar. Estou muito feliz por tudo o que fiz nos últimos quatro anos”, explicou a norte-americana Gwen Jorgensen, depois de se sagrar campeã olímpica de triatlo. Depois do furo no pneu da sua bicicleta que a remeteu para o 38.º lugar há quatro anos, Jorgensen venceu a prova, deixando a suíça Nicola Spirig, medalha de ouro em Londres e campeã da Europa em 2009, 2010, 2012, 2014 e 2015, no segundo lugar, a escassos 40 segundos. Jorgensen, campeã do mundo e vencedora de 12 etapas Mundial 2014 e 2015, assegurou o primeiro título olímpico na modalidade para os Estados Unidos.

E vão seis

A norte-americana Allyson Felix conquistou no sábado a sua sexta medalha de ouro em Jogos Olímpicos, ao ajudar os Estados Unidos a revalidar o título na estafeta de 4×400 metros, que conquistam desde Atlanta 1996. O quarteto formado por Courtney Okolo, Natasha Hastings, Phyllis Francis e Allyson Felix cumpriu a prova em 3.19,06 minutos, deixando a Jamaica, campeã do mundo em 2015, na segunda posição, a 1,26 segundos. A Grã-Bretanha assegurou a medalha de bronze, em 3.25,88. 

Movidos a galinha e salmão

A espanhola Ruth Beitia, especialista no salto em altura, queixou-se da variedade dos menus para os atletas na Aldeia Olímpica, onde está há 16 dias. “A nossa alimentação é à base de galinha e salmão, galinha e salmão e ainda galinha e salmão, mas temos também massa e salada”, explicou Beitia, admitindo que foram integrados novos pratos nos últimos dias. Não sendo apreciadora de carne, a espanhola vai levar algum tempo para voltar a comer salmão: “Comi tanto salmão que até fico com comichões quando vejo salmão”. De raízes cubanas e naturalizado espanhol em 2013, Orlando Ortega já adaptou o gosto ao país e escolheu paelha para celebrar a medalha de prata nos 110 metros barreiras.

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