Falta de infra-estruturas nas habitações públicas “deixa fracções vazias”

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s fracções de habitação pública são deixadas vazias por não serem convenientemente estruturadas. É o que diz Lao Chi Ngai, presidente da Associação Económica de Macau, que considera que a falta de infra-estruturas nas habitações públicas leva a que as pessoas não queiram lá viver. As rendas das lojas que existem nestes locais, diz ainda, também não atrai.
Apesar da tendência do Governo ser dar prioridade à construção de habitação pública, as críticas sobre falta de infra-estruturas nos terrenos permanecem. Em declarações ao Jornal Ou Mun, o representante do sector imobiliário diz mesmo que há residentes cujas solicitações para uma habitações pública foram aprovadas, mas dado que as instalações de apoio são insuficientes e os transportes ainda são poucos “há quem opte por arrendar casas nos bairros velhos de Macau e deixar a fracção vazia”.
Lao Chi Ngai dá como exemplo as habitações públicas de Seac Pai Van, “vazias por carência” destas infra-estruturas.
O presidente da Associação Económica de Macau considera que, para resolver o fenómeno de existir a procura mas pouca oferta nestas zonas de habitação, o Governo deve tomar a iniciativa para o planeamento e não depender somente do comportamento de mercado. Sugere mesmo que o Governo possa considerar estabelecer uma companhia para a gestão dos serviços de apoio nestas áreas.
“É mais por causa da falta dos serviços e infra-estruturas de apoio que não se consegue realizar a necessidade de uma vida coesa. O Governo ainda não tem conhecimento da procura real das habitações públicas.”
Os recursos de habitação pública por enquanto ainda não são suficientes, admite lao Chi Ngai, mas o Governo também está a enfrentar o problema de ter muitas fracções vazias. “O Executivo deve considerar recomprar as fracções vazias, já que o aumento de custo é melhor do que a perda dos recursos sociais”, remata.

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