Cursos de Verão deverão ser cancelados até 2020

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) reforçou ontem a intenção de acabar com os cursos de Verão até 2020. A informação dada ontem através do site do organismo ressalva ainda que estes cursos fazem parte de um serviço opcional, ao contrário do que tem acontecido em algumas escolas, onde é reportado que os alunos são obrigados a frequentá-los.
Neste momento, 70% das escolas já cancelaram o serviço e a entidade prevê que a desistência para o próximo ano chegue aos 80%. O ano lectivo de 2019/2020 é também a data apontada para a plena implementação das “Exigências das Competências Académicas Básicas” em todos os níveis de escolaridade não superiores e o cancelamento dos cursos de Verão é uma das metas de trabalho do organismo.
A DSEJ sublinha ainda que está a aperfeiçoar, continuamente, os currículos e o ensino das escolas.
O “Quadro da Organização Curricular da Educação Regular do Regime Escolar Local” publicado em 2014 alarga a limite a duração das actividades educativas das escolas de 180 para 195 dias, facultando a integração do curso de Verão nas actividades educativas de todo o ano lectivo. “A futura orientação política do Governo é acompanhar a concretização do aperfeiçoamento dos currículos e promete a plena transformação para fomentar uma evolução saudável dos alunos.”
Os actuais cursos de Verão enquanto elementos de participação opcional permitem que não sejam pagos, se não frequentados. Mas a Macau Concealers publicou uma carta de reclamação de um pai a criticar a escola do filho, o Colégio Baptista de Macau, porque a escola terá obrigado os alunos a participar nesta iniciativa estival tendo descontado da conta do encarregado de educação do aluno 900 patacas. Como na altura o pai estava ausente de Macau, não conseguiu informar a escola de que o seu filho não participaria no curso. Quando o pai voltou para Macau, a instituição respondeu que já não era possível cancelar a transferência.
 
 * por Angela Ka

Estudantes de Macau fazem curso em Bragança

Um grupo de 25 jovens de Macau vai passar esta semana num curso de Verão do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) para contactarem localmente com a cultura e a língua portuguesas, divulgou a instituição. Trata-se, segundo o politécnico, de estudantes macaenses oriundos de Escolas Luso-Chinesas de Macau, finalistas do ensino secundário, que irão permanecer, no Nordeste Transmontano até sábado.
De acordo com o Gabinete de Comunicação e Imagem do IPB, “o instituto preparou um conjunto de actividades de cariz formativo e cultural a acontecer na região, repartido por três áreas fundamentais: formação em língua e cultura portuguesas, viagens de estudo de carácter cultural e patrimonial e actividades culturais, desportivas e musicais”.
Este curso de Verão terá uma segunda fase em Viana do Castelo, sob o patrocínio do Instituto Politécnico de Viana local e terminará em Lisboa, onde os estudantes estarão entre 3 e 5 de Agosto, para visitar os locais mais emblemáticos da capital.
“A frequência deste curso de Verão mostra claramente a vontade dos estudantes e do governo de Macau, que apoia a iniciativa, de aprofundar a aprendizagem da língua portuguesa”, saliente o IPB. O Instituto Politécnico de Bragança tem estado envolvido em várias parcerias com universidades chinesas, “recebendo todos os anos vários estudantes chineses que se integram perfeitamente no sistema de ensino português e, particularmente bem no IPB e na cidade que os acolhe”, segundo ainda a instituição.
Os responsáveis entendem ainda que “este é mais um passo na já consolidada internacionalização” do politécnico de Bragança, que acolhe um total de mil estudantes de 35 nacionalidades.

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