VIP volta a cair mas mantém mais de metade do mercado

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]s receitas do jogo VIP de Macau caíram 15,74% no segundo trimestre, em relação aos mesmos meses de 2015, mas continuam a representar mais de metade do sector (51,53%), segundo dados oficiais ontem divulgados.
Fazendo as contas ao semestre, os grandes apostadores continuaram também a representar mais de metade das receitas brutas do jogo em Macau (52,8%), ao contrário do que o Governo do território havia anunciado no início do mês.
Num comunicado divulgado a 1 de Julho, o gabinete do secretário da Economia do Governo de Macau havia dito que o peso do jogo de massas tinha ultrapassado o VIP no primeiro semestre, representando 53,1% do mercado.
As receitas do jogo VIP caíram no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2015 (variação homóloga), mas também em relação aos três meses anteriores (-12,45%), segundo os dados divulgados ontem pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos de Macau.
A fatia do jogo VIP no bolo das receitas dos casinos de Macau já foi superior a 77%, mas tem vindo a diminuir. No conjunto de 2015, representou 55,3%.
As receitas dos casinos de Macau, o maior centro de jogo do mundo, estão em queda há dois anos.
Esta contracção do sector tem sido associada à desaceleração da economia da China e à campanha anti-corrupção lançada por Pequim, que parece ter afastado da região os grandes apostadores chineses.
O executivo de Macau tem defendido e apostado na diversificação do sector, tradicionalmente dependente dos grandes apostadores chineses.
No mesmo comunicado divulgado a 1 de Julho, o Governo de Macau disse que há uma “enorme possibilidade” de as receitas dos casinos continuarem a cair no segundo semestre deste ano.
As receitas brutas dos casinos de Macau, pilar da economia local, caíram 8,5% em Junho, comparando com o mesmo mês de 2015, para o valor mais baixo desde Setembro de 2010, segundo dados oficiais.
Os analistas têm sido consensuais em afirmar que as receitas dos casinos vão estabilizar no segundo semestre de 2016 e interromper o longo ciclo de queda, mas discordam quanto ao momento que isso acontecerá.
No início do mês, o Governo de Macau lembrou as suas estimativas no orçamento da região para este ano, menos optimistas do que as dos analistas, que apontam para que as receitas dos casinos sejam na ordem de 200.000 milhões de patacas no final do ano (numa média de 16,6 mil milhões de patacas mensais), uma quebra de 13,3% em relação a 2015.
Entre Janeiro e Junho, em termos acumulados, os casinos registaram receitas de 107.787 milhões de patacas, numa média de 17,97 mil milhões de patacas, menos 11,4% do que no primeiro semestre de 2015.
 

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