Aves vivas regressam aos mercados municipais

Os mercados de Macau estão desde hoje a vender aves vivas novamente, após quase duas semanas de proibição por ter sido encontrado um vírus da gripe aviária num local de venda que levou ao abate de nove mil animais. Ontem já chegaram mais de oito mil aves.
“Após discussão com as entidades responsáveis do interior da China, a importação irá recomeçar a 6 de Julho. De acordo com o procedimento estabelecido, as aves a importar terão que permanecer no Mercado Abastecedor para serem inspeccionadas”, informou o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), num comunicado, que adiantava que as que chegaram ontem já foram inspeccionadas e começam a ser vendidas hoje.
O Instituto “vai aumentar ainda o número de inspecções e de amostras recolhidas” para testar a presença de vírus da gripe aviaria. Já as aves, que são importadas do interior da China, têm de ser testados no Mercado Abastecedor e só “caso os resultados não mostrem qualquer anomalia” serão vendidas nos mercados.
As autoridades anunciaram a 22 de Junho o abate de aproximadamente nove mil aves e a suspensão da venda após ter sido detectado um subtipo do vírus da gripe aviária H7 num mercado. O vírus foi detectado numa “amostra ambiental” do mercado (e não num animal), junto a uma banca de venda. Desde 2014 foi detectada por várias vezes a presença do vírus da gripe aviária no território e este ano aconteceu duas vezes.
Macau importa em média oito mil galinhas por mês, de acordo com dados do IACM, e quatro em cada dez residentes de Macau opõem-se à substituição de aves vivas por refrigeradas nos mercados, segundo um estudo divulgado na semana passada.
O Governo mantém a intenção de substituir a venda de aves de capoeira vivas por refrigeradas, mas devido à ausência de consenso, não tem data para avançar com a medida. LUSA/HM

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