Festival Rota das Letras registou défice nas contas

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Festival Literário Rota das Letras tem vindo a registar um défice nas contas finais todos os anos. A garantia foi dada ao HM por Ricardo Pinto, director da Praia Grande Edições, empresa responsável pela organização do evento. “Temos conseguido que o défice do festival tenha sido reduzido de ano para ano, mas não é muito fácil controlar o orçamento do festival, são muitas as condicionantes e os factores imprevisíveis. Temos procurado que o orçamento possa crescer um pouco mas a conjuntura não é muito favorável, já que estamos numa altura em que uma série de entidades têm evocado a situação de menores receitas a nível global.”

Deve e haver

Ricardo Pinto falou ao HM no seguimento de uma carta enviada por um dos vencedores do concurso de contos, Darío Bravo, em que este se queixa do atraso no pagamento do prémio, de 10 mil patacas. Entretanto o valor já foi pago, segundo confirmou Ricardo Pinto e Hélder Beja, director do festival.

“Os gastos excederam as receitas e estamos a levar mais algum tempo do que gostaríamos, mas os pagamentos serão todos efectuados. Dentro de duas a três semanas todos os pagamentos relacionados com o festival estarão feitos”, confirmou Ricardo Pinto.

O vencedor de língua portuguesa, oriundo do Brasil, enviou a carta a todas as redacções de vários meios de comunicação locais e às empresas patrocinadoras do Rota das Letras, falando de má gestão.

“O porquê desta mensagem: tornar público que os organizadores do IV Concurso Rota das Letras não cumpriram a palavra e que eles não têm ideia de quando isso será resolvido; se daqui a um mês, um semestre ou um ano. Se isso se deveu a uma falha organizacional, sugiro que em futuras edições os promotores do evento só anunciem o prémio se tiverem lastro económico, isto é, se estiverem em reais condições de cobrir possíveis percalços e contratempos. Aproveito a oportunidade para desabafar: o assunto me é desconfortável, e eu gostaria de ter sido poupado deste constrangimento”, pode ler-se na carta. Ao HM, Hélder Beja garantiu que sempre respondeu aos e-mails e que nunca foi dito que o pagamento seria efectuado com um ano de atraso. Jane Camens, outra das vencedoras do concurso, também já recebeu o seu prémio, disse a própria ao HM.

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