Comissão | Governo não isenta talentos de imposto profissional

Isentar os residentes no estrangeiro do pagamento do imposto profissional para que regressem a Macau não está nos planos do Executivo. A Comissão para o Desenvolvimento de Talentos continua a analisar mais medidas de incentivo

A isenção de impostos é uma arma utilizada por vários países e regiões que pretendem fixar população, mas essa não será a via utilizada pelo Governo para atrair os talentos que vivem no exterior. Sou Chio Fai, membro da Comissão de Desenvolvimento de Talentos, confirmou que o Executivo não pretende isentar estes residentes do pagamento de imposto profissional.
“Outros países têm algumas medidas, como os benefícios fiscais ou a redução de impostos, ou outro tipo de ajuda. Mas ao nível do imposto profissional Macau é das regiões do mundo onde se paga menos e já oferecemos condições para essas pessoas [regressarem]”, disse aos jornalistas o também director do Gabinete de Apoio para o Ensino Superior (GAES).
Contudo, já estão a ser preparados dois projectos para serem postos em prática este ano. A Comissão pretende criar um website com todas as informações sobre Macau para que os talentos que vivam no exterior possam analisar e ponderar sobre um eventual regresso. Tal projecto poderá estar online já este trimestre.

Pontes de atracção

A Comissão para o Desenvolvimento de Talentos pretende ainda atrair os académicos ou investigadores em regime de licença sabática, para que possam preencher lugares temporários nas universidades locais.
“Iremos ter um projecto piloto para as instituições do ensino superior. Há professores ou investigadores que trabalham lá foram e que estão em regime de licença sabática ou de férias e podemos criar essa ponte de ligação entre eles e as instituições do ensino superior em Macau, caso estas tenham necessidade”, explicou Sou Chio Fai.
A Comissão pretende ainda criar um mecanismo para atribuir credenciação a pessoas que fizeram várias formações ao longo da sua vida profissional. “Muitas pessoas estudaram muito mas não obtiveram credenciação, então vamos incentivar essas pessoas. Depois teremos de promover a ascensão vertical e horizontal na carreira profissional. Falámos com empresas e associações que estão a fazer as suas formações”, rematou.

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