Jogo | Power of the Macao Gaming reuniu com Lionel Leong

A associação Power of the Macao Gaming, à qual está ligada o deputado José Pereira Coutinho, pede que seja criado um sistema de reforma para os trabalhadores do Jogo e que seja reduzido o número de trabalhadores não residentes no sector

[dropcap style=’circle’]J[/dropcap]osé Pereira Coutinho e Rita Santos estiveram reunidos na passada sexta-feira com o Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, para apresentarem algumas sugestões sobre o sector do Jogo, em nome da associação Power of the Macao Gaming.
“Na reunião revelámos as preocupações dos trabalhadores do sector do Jogo. Referimos que, no processo de revisão intercalar do sector, é importante garantir que sejam acautelados os direitos no acesso e progressão na carreira”, referiu ao HM José Pereira Coutinho, também deputado.
A Associação pede ainda que seja criado um regime de reforma próprio para os trabalhadores do Jogo. “Neste momento a média de idades dos trabalhadores é acima dos 40 anos. Nos próximos dez anos vamos ter muitas pessoas a aposentarem-se”, referiu Pereira Coutinho.
Num comunicado distribuído aos jornalistas, lê-se que o Secretário para a Economia e Finanças deve “considerar [a criação] de um regime de aposentação para trabalhadores do sector do Jogo, algo que vai garantir não só a vida dos aposentados como vai levar outros sectores de Macau a estabelecer um regime. Desta forma irá aperfeiçoar-se o regime de aposentadoria para a camada social dos trabalhadores”.

Contra abusos

Pereira Coutinho disse ainda ao HM que é necessário “rever a Lei Laboral para que as operadoras não abusem da sua superioridade ao nível dos despedimentos sem justa causa” e também ao nível do pagamento dos subsídios, bem como apostar na regulamentação dos sindicatos.
A Power of the Macao Gaming espera ainda que Lionel Leong “possa supervisionar a adequação do regime para os trabalhadores dos casinos”. “Face à queda consecutiva das receitas, esperamos que os casinos possam assumir as suas responsabilidades sociais e não devem cortar benefícios aos trabalhadores enquanto as empresas ainda lucram”, apontaram, alertando para a possibilidade de ocorrência de “situações em que os trabalhadores sejam maltratados, com o objectivo destes se demitirem, e que o sejam através de advertência indevida, sistema de classificação impróprio ou transferências inadequadas do posto de trabalho por causa da redução das receitas”.
O ajustamento salarial anual dos casinos tem uma influência de longo alcance, diz ainda a Associação, que considera esta uma razão pela qual o Governo deve entender a situação do ajustamento salarial dos casinos enquanto os casinos lucram, refere ainda o mesmo comunicado.

Menos quotas

Relativamente ao número de trabalhadores não residentes (TNR), a Associação pediu a Lionel Leong para reduzir as quotas de importação atribuídas às operadoras. “A Associação acha que é necessário reduzir as quotas para TNR no período de ajustamento do Jogo, além de restringir a importação dos mesmos para os cargos de croupier, também é necessário implementar uma política que restrinja os mesmos de ocuparem cargos de alto nível nos casinos, com o intuito de assegurar a promoção dos trabalhadores locais e o desenvolvimento estável da economia de Macau.”
Segundo Pereira Coutinho, é ainda necessário alterar a imagem do sector do Jogo, que está “degradada” devido aos casos de vencedores que não chegaram a receber o prémio das operadoras. Para além disso, diz, é preciso melhorar “a segurança interna dos casinos, pois há muitas pessoas a [furtar] fichas de jogo”. Na fase da renovação das licenças com as operadoras, Pereira Coutinho considera que o Governo deve “ter uma posição firme para garantir os direitos da RAEM”.

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