Matilda Ip, modelo  

[dropcap style=’circle’]T[/dropcap]em um rosto bonito e uma figura elegante. É jovem, natural de Macau, ainda que não tenha passado toda a adolescência aqui. Experimentou estudar fora e foi também no exterior que participou em concursos de beleza, onde havia, diz, muita concorrência. 
Matilda Ip estudou Psicologia na Universidade de Macau (UM) e tirou ainda um curso de mestrado em Hong Kong sobre “aconselhamento de jovens”. Mas Matilda nunca chegou a trabalhar exactamente nesta área. Em 2014, candidatou-se pela primeira vez a um concurso de beleza, o Miss Grand International, na Tailândia.
“No concurso, estavam cem raparigas provenientes de diferentes países. Era no Verão, suei muito, mas foi engraçado. Visitei vários sítios e contactei com vários patrocinadores e média”, conta ao HM.
Na altura, não pensava em trabalhar “em frente às câmaras”. Quando lhe foi sugerido por uma amiga, e foi escolhida para representar Macau no concurso, teve alguma formação de como desfilar em palco, fazer posturas em frente das luzes, câmaras e o público. Algo que, diz, gostou muito. todos por HM
“Foi como se fosse uma viagem com um grupo de raparigas, porque raramente estive assim com tantas pessoas. No início não nos conhecíamos umas às outras, mas quando ficamos mais próximas, consegui perceber que eram muito simpáticas. Quando acabou o concurso, tive muitas saudade da nossa amizade, porque raramente tive oportunidade de conhecer amigos da Ásia, Europa e EUA ao mesmo tempo. E agora, quando vou visitar alguns países, tenho uma “guia” que é também minha amiga lá, para me apresentar os sítios mais fixes”, diz. 
O pai não demonstra o que sente ao ver a filha participar num concurso de beleza, mas Matilda conta-nos que a mãe a apoia a fazer o que gosta, que passa também, confessa-nos, por conhecer mais o mundo.
 

Vida ideal

Matilda já usou vestidos bonitos, foi alvo de maquilhagens perfeitas, arrebatou palmas do público. Ser uma rapariga num concurso de beleza parece ter trazido outra vida a Matilda, sobretudo em frente das câmaras.
Em 2015, Matilda foi convidada a participar no seu segundo concurso de beleza, a Miss Supranational, que teve lugar na Polónia. No início, hesitou muito, porque precisou de deixar o trabalho durante várias semanas, o que levou à preocupação dos pais.
Mas a decisão foi tomada: Matilda vai passar o limite da idade de participação porque vai fazer 26 anos este ano. Assim, partiu logo para o país europeu.
“Foi muito competitivo, as raparigas de outros países eram muito boas”, confessa-nos, relembrando. Não ganhou o prémio nesses dois concursos, mas a jovem assegura que gostou muito da experiência. Estes concursos, considera, são mais que uma competição. “Não é apenas pela beleza, mas também para aprender mais, pelo menos conhecer um outro país”.
Mas, além de conhecer amigas e outros países, para Matilda, as participações são carregadas de uma missão: a de representar a sua cidade natal, Macau.
“Para mim, participar num concurso de beleza é uma forma de fazer com que os outros conheçam Macau, não pensem que é apenas casinos e um sítio como uma mini Las Vegas. Posso apresentar Macau através de outros aspectos”.
Matilda lembra-se muito bem quando andava numa escola no Canadá quando tinha 15 anos: os colegas não sabiam onde Macau é, alguns deles sabiam apenas que é “ao lado de Hong Kong”.
A jovem quer ainda que as considerações sobre concursos de beleza passem a ser diferentes. “Quando falamos em concursos de beleza, as pessoas de Macau dão apenas atenção aos concursos em Hong Kong e desconhecem-nos, às pessoas de Macau, quando participámos nesses concursos. A situação é diferente de outros países, onde as pessoas apoiam muito e votam nas candidatas, fazendo até anúncios na televisão para promover as suas candidatas. Aqui quase nada, as pessoas pensam que as raparigas apenas vão trabalhar para televisão.”
Depois destas experiências, Matilda começou a receber convites para trabalhar como modelo em Hong Kong e Macau, participando em filmes e também como maquilhadora freelancer.
Agora, a jovem acabou de chegar a Xangai, onde está a trabalhar como uma “account executive” numa empresa de publicidade. Matilda vai dedicar-se mais os trabalhos “atrás das câmaras”.
Até porque, conta-nos, gosta muito de comunicar com os outros, sobretudo as crianças, razão pela qual, aliás, decidiu estudar Psicologia. 
Mas como não gosta de trabalhar fixamente num escritório, e quer experimentar mais, não tentou ainda um trabalho nesta área. 
Talvez calhe quando acabar o trabalho em Xangai. Matilda tem, pelo menos, planos na manga.

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