AL | Raimundo do Rosário disse não saber como implementar sistema de reciclagem

O Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, admitiu, em sessão plenária da Assembleia Legislativa (AL), que o plano de reciclagem para o território falhou e que não sabe como melhorar as campanhas de sensibilização.
“Tem havido um fracasso em Macau, é um plano fracassado. Em frente da minha casa tenho um recipiente de aço para recolha de plástico, papel e metais. Nunca me cruzei com alguém a fazer o mesmo, já fui lá várias vezes”, disse Raimundo do Rosário, durante um debate dedicado a responder às perguntas dos deputados.
“Temos feito acções de sensibilização, destinadas a crianças e adultos. Entendo que se trata de uma obrigação do cidadão. Ensinar que se deve deitar o papel [no papelão], não sei como deve ser feito isto. Tenho andando atrás da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental [em relação a este assunto], mas como é que podemos incutir essa ideia às pessoas?”, indagou.
Raimundo do Rosário admitiu também não saber “o que acontece” aos resíduos após a sua colocação nos pontos de recolha. “Quando coloco um resíduo num local não sei o que lhe acontece. Será que todos os resíduos vão ser misturados? Isso não sei. Vou informar-me”, afirmou.
O Secretário respondeu assim à questão da deputada Chan Hong, que indicou que a “taxa de reciclagem é desproporcionada em comparação com o avolumar do lixo e o desenvolvimento económico” e “está aquém do objectivo definido”.
Chan Hong perguntou ao Secretário pelos resultados de um estudo que o Governo encomendou sobre o sector de recolha de resíduos, mas Raimundo do Rosário indicou apenas que “os resultados estão a ser analisados”.
Quanto à criação de uma lei sobre a recolha e separação do lixo, uma questão levantada pela mesma deputada, o Secretário considerou não ser necessária. “Ou a pessoa tem intenção de fazer isto ou não tem. Acho que mais vale reforçar a sensibilização. Agora, produzir uma lei para obrigar as pessoas a separar o lixo? Não temos intenção, temos mais leis para produzir”, concluiu.

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