Exposições | Director de empresa denuncia dificuldades para pedir subsídios

[dropcap style=’circle’]L[/dropcap]ai Yee Lap, director geral de uma empresa de exposições local, diz que o Governo está a complicar o desenvolvimento do sector das indústrias de exposições (MICE, na sigla inglesa). Segundo o Jornal Ou Mun, o responsável afirmou que o Governo elaborou um novo regulamento para pedidos de subsídios, que exige a apresentação do pedido três meses antes da realização das exposições. Mas não fica por aqui: o Governo tem agora poder discricionário, podendo rejeitar os pedidos.
Para Lai Yee Lap, o prazo obrigatório de três meses é demasiado alargado, tendo este explicado que, depois de se entregar a lista de empresas e de participantes em exposições, não são permitidas alterações nos nomes de convidados ou local, o que complica a situação, já que normalmente, os participantes só confirmam a sua presença um mês antes do evento em causa ter lugar.
Lai Yee Lap acrescentou que o facto dos pedidos não corresponderem aos requisitos pode influenciar o montante de subsídio oferecido pelo Governo. Para exemplificar, fala de um caso específico de uma cerimónia de abertura, para a qual foram pedidas cem mil patacas e foram recebidas “apenas 20 mil”. “O sector está preocupado com o facto de poderem haver cortes grandes de apoio financeiro, sobretudo quando o Governo tem poder discricionário. O sector já não consegue ter certezas sobre o montante de subsídios que vai receber em função dos pedidos que faz”, critica.
O dono da empresa espera que a apreciação de subsídios seja mais transparente e haja critérios para esclarecer o sector, que é uma das apostas do Executivo para a diversificação económica.
Lai Yee Lap referiu que organizar exposições em Macau tem obstáculos como custos elevados de realização, que incluem o arrendamento de espaços e a contratação de mão-de-obra. Também o número de participantes se ressente, devido à falta de capacidade financeira para organizar uma iniciativa de maior envergadura. O director geral sugere que o Governo crie um mecanismo de avaliação de exposições, atribuindo mais subsídios para novas exposições e menos para as que já organizam eventos há vários anos.

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