Ponte HK-Zhuhai-Macau | Si Ka Lon diz que empresas locais perderam oportunidade de participar

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]atraso no planeamento das obras de Macau da ponte em Y fizeram com que as empresas locais não pudessem participar numa das maiores obras do território. É o que diz Si Ka Lon, que critica ainda a falta de capacidade da RAEM em supervisionar orçamentos e qualidade
O deputado Si Ka Lon acredita que o sector de construção de Macau já perdeu a sua oportunidade de participar nas obras de construção da parte respectiva a Macau do projecto da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. O deputado considera que problema foi o Governo, que se atrasou no planeamento da construção, aponta. Si Ka Lon manifesta-se ainda reticente sobre a supervisão dos orçamentos e da qualidade do serviço atribuída a uma empresa do interior da China.
Numa interpelação escrita, o deputado refere ainda que as obras da ponte nas partes em Hong Kong e em Zhuhai estão a andar com sucesso, algo que, diz, não acontece na parte de Macau, onde “têm surgido vários problemas”. Si Ka Lon dá como exemplo a prorrogação da construção da Zona A dos novos aterros, que “já afecta a ligação da ponte, incluindo a construção do posto fronteiriço na ilha artificial”.
O deputado continua a argumentação indicando que, durante as Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2016, apresentadas no mês passado, o Governo decidiu permitir a construção de instalações da parte de Macau pelo Governo da China continental, em vez de deixar as portas abertas para o sector de engenharia do território. O Governo local justificou a decisão com as dificuldades, urgência e exigências da obra. Contudo, Si Ka Lon afirma ter recebido opiniões de engenheiros que apontam que a substituição está relacionada com o atraso no design e do planeamento sobre a ilha artificial que liga à ponte, algo da responsabilidade da própria RAEM.
“O Governo tem salientado a criação de condições para a participação do sector de engenharia nas obras públicas locais, no entanto, apresentou imensas razões para este ser substituído pelo Governo da China. Isto implica que o sector local não tem capacidade suficiente, ou que o Governo não fez o design e o planeamento, obrigando a que as empresas locais fossem substituídas?”, questionou.
Si Ka Lon mostra ainda preocupações com o papel do Governo de Macau na construção da parte que ao território diz respeito, nomeadamente como é que este vai acompanhar e supervisionar o orçamento, o processo e a qualidade da obra.

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