Cinema | Documentários e filme de Macau em Espanha

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]inco películas made in Macau vão ser exibidas em Espanha, num evento de cinema que terá lugar em Granada. “Uma Ficção Inútil”, de Cheong Kin Man, é o único filme a ser mostrado, mas um documentários de dois portugueses radicados em Macau foi outra das escolhas.
“Era uma vez em Ká-Hó”, da autoria de Hélder Beja e Filipa Queiroz, jornalistas, fala da antiga leprosaria que se situava no espaço agora abandonado. Ao longo de 30 minutos, os autores quiseram mostrar aquilo que foi mais do que documentar e investigar uma história sobre a qual pouco se sabe e o estigma da lepra.
“A experiência de conhecer de perto estas pessoas e esta realidade tão marginal e desconhecida de Macau foi um grande desafio. Uma experiência inesquecível. Macau e a história das suas gentes estão a ficar dramaticamente submersas pela realidade do jogo e do desenvolvimento desenfreado do território por isso acho que é mesmo importante contar estas histórias”, explica no comunicado Filipa Queiroz, co-autora do documentário, cuja banda sonora ficou a cabo do músico português Noiserv.
O documentário é apresentado no sábado, no Festival Internacional de Cinema “Otoño Antropológico”, em conjunto com “Who Are Those Devils”, de Penny Lam, e “As Fontes de Água de Macau” realizado por Season Lao e produzido por Cheong Kin Man.

Com distinção

Ontem, foi a vez de “Uma Ficção Inútil” ser apresentada no festival de Granada, onde foi nomeada para o melhor filme experimental chinês. O filme já passou em dezenas de outros festivais, tendo sido merecedor de distinções. Desta vez, foi do agrado do público espanhol, sendo que Cheong Kin Man recebe, no domingo, a “Distinción Amarilla” na Corrala de Santiago da Universidade de Granada.
“A cidade de Granada foi considerada pelo reputado cineasta José Val Del Omar como o ponto de encontro necessário entre o Ocidente e Oriente. Por isso, estes filmes de Macau vão ser apresentados ao público da cidade pelo jovem realizador Cheong Kin Man, que tomou por si próprio a iniciativa de promover a cultura da sua terra-natal”, descreve, em comunicado, o director do Festival, Manuel Polls Pelaz.
O evento tem o apoio do Instituto Cultural.

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