Motociclos | Abate dá 3.500 patacas para aquisição de veículo eléctrico

A Direcção dos Serviços de Proteção Ambiental revelou que entre 1 de Março e 31 de Dezembro, os proprietários de motociclos obsoletos qualificados para abate, que pretendam adquirir um motociclo eléctrico serão subsidiados com 3.500 patacas. A verificar-se a saída de circulação de cerca 7.500 veículos, o organismo espera melhorias na qualidade do ar

 

A Direcção dos Serviços de Proteção Ambiental (DSPA) anunciou ontem um plano de abate de motociclos obsoletos, que prevê a atribuição de um incentivo monetário de 3.500 patacas destinado aos proprietários que pretendam substitui-los por ciclomotores eléctricos. Com a medida, o organismo estima tirar de circulação entre 2550 e 7650 motociclos e contribuir para melhorar a qualidade do ar e alcançar as metas relativas ao pico de emissões de carbono e à neutralidade carbónica.

Segundo explicou ontem o director da DSPA, Raymond Tam, o chamado “Plano de Concessão de Apoio Financeiro ao Abate de Motociclos Obsoletos e a sua Substituição por Motociclos Eléctricos Novos” irá decorrer entre o dia 1 de Março e 31 de Dezembro de 2022 e estabelece que os proprietários dos veículos matriculados antes de 30 de Junho de 2009 podem usufruir de um apoio financeiro de 3.500 patacas para adquirir um motociclo eléctrico novo.

Além disso, os novos motociclos eléctricos adquiridos pelos beneficiários serão isentos das taxas de emissão da matrícula de experiência, no valor de 900 patacas, e da primeira matrícula, no valor de 3.600 patacas, para ciclomotores, e de 4.400 patacas para motociclos.

Os proprietários qualificados podem apresentar as candidaturas no Fundo para a Protecção Ambiental e a Conservação Energética. Uma vez aprovado o apoio, o pagamento será feito após o abate do respectivo motociclo e a sua substituição por um motociclo eléctrico novo, dentro do prazo definido.

Respirar melhor

Durante a apresentação, Raymond Tam partilhou ainda que o programa faz parte da intenção a longo prazo de restringir, “passo a passo”, a utilização de veículos altamente poluentes em Macau, acrescentando que, para além de apoios financeiros ao abate, está previsto que, gradualmente, os critérios de emissão de gases sejam “mais rigorosos”.

Além disso, o responsável partilhou que, através do plano de abate anunciado ontem, seja possível retirar de circulação entre 2.550 e 7.650 motociclos, ou seja, entre 10 e 30 por cento deste tipo de veículos existentes em Macau. Caso a taxa de participação atinja os 30 por cento, Raymond Tam estima, inclusivamente, que a qualidade do ar melhore, já que pode representar uma diminuição anual de 10 por cento na emissão de hidrocarbonetos e 7,0 por cento das emissões de carbono.

Questionado sobre se o plano poderá vir a ser permanente ou alargado a outras tipologias de veículos, o director da DSPA não afastou essa possibilidade, mas reiterou a importância de, antes de mais, avaliar a eficácia do plano apresentado ontem.

“Tomámos como referência as experiências das regiões vizinhas que lançaram planos semelhantes de abate de motociclos e trata-se, geralmente, de medidas provisórias. No entanto, precisamos de ver o resultado do actual plano para considerarmos o lançamento de novas medidas no futuro”, indicou Raymond Tam.

Sobre os postos de instalação de baterias, o responsável lembrou que actualmente existem nove destes serviços em Macau e que a DSPA tenciona instalar mais, de acordo com o plano definido, não só em espaços públicos, mas também em coordenação com estabelecimentos privados como estacionamentos e lojas de conveniência.

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