ARTM | Actividades em família para sensibilizar comunidades locais

Para assinalar o Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, a ARTM vai organizar no domingo uma tarde dedicada às famílias e às comunidades locais. Além de espectáculos de dança e artesanato do Vietname, Portugal, Indonésia e Filipinas, haverá magia, caricaturas e sensibilização em várias línguas sobre a problemática da droga

 

No próximo domingo, a Associação de Reabilitação de Toxicodependentes de Macau (ARTM) vai assinalar o Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas com uma série de actividades de sensibilização e entretenimento dedicadas a toda a família e às comunidades locais.

O evento, que decorre entre as 15h e as 19h nas casas da antiga leprosaria da Vila de Nossa Senhora de Ká-Hó pretende ser, de acordo com o presidente da ARTM, Augusto Nogueira, “uma espécie de carnaval de combate às drogas”, que pretende, além promover momentos de entretenimento em família, sensibilizar as diferentes comunidades locais utilizando diferentes idiomas.

“A ARTM tem uma certa responsabilidade de prevenir e transmitir informação sobre droga nas comunidades locais e, por isso, vamos ter grupos tradicionais de dança do Vietname, Portugal, Indonésia e das Filipinas. Vamos também ter bancas destas comunidades, que vão ter produtos culturais, como por exemplo peças de artesanato. Além disso será fornecida informação e prevenção sobre o combate à droga em cada uma das línguas dessas comunidades. Vamos ter folhetos e cartazes e será disponibilizada informação sobre a lei do combate à droga em Macau”, explicou Augusto Nogueira.

O facto de o evento integrar actividades dedicadas às diferentes comunidades surge no seguimento do “aumento do consumo e tráfico de droga dentro destes grupos” potenciado pelos constrangimentos gerados pela pandemia de covid-19. Segundo o presidente da ARTM, numa altura em que muitas pessoas estão “vulneráveis” é importante “alertar e informar as pessoas destas comunidades sobre aquilo que lhes pode acontecer [caso cometam crimes] utilizando a sua própria língua sobre a lei da droga”.

“Estamos preocupados porque a situação da pandemia, que levou ao surgimento de restrições, perdas de emprego e separações, levou a que haja muita dessas pessoas a viver no limiar da pobreza e estar vulneráveis. Isto porque, muitas vezes, a necessidade faz com que as pessoas acabem por fazer algo que não deviam para sobreviver. As pessoas têm de ter cuidado com isso. O Governo tem de ver esta situação nas comunidades para lançar medidas para que as pessoas não cometam crimes por necessidade de sobrevivência”, explicou.

Pacientes envolvidos

Integrados no projecto “Hold on To Hope”, que levou à reabertura de duas casas na antiga leprosaria de Ká-Hó, agora no papel de cafetaria e galeria de arte aconteceu a 19 de Dezembro de 2020, os pacientes em reabilitação da ARTM também irão participar na organização da iniciativa.

“Alguns pacientes vão estar no café ou na galeria de arte e outros a dar apoio às actividades em si. Portanto, tanto o staff como os residentes do centro de reabilitação vão estar a colaborar e a trabalhar nesta actividade”, confirmou Augusto Nogueira.

Sobre as restantes actividades disponíveis no domingo, o presidente da ARTM partilhou ainda que crianças e famílias terão a oportunidade de ficar com um retrato seu, desenhado pelo caricaturista Rodrigo Matos, fazer pinturas faciais, personalizar t-shirts, assistir a espectáculos de magia e participar em jogos e concursos.

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