André Couto ainda pode revalidar o título no Japão

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] temporada desportiva no Japão do piloto local André Couto chega ao fim este fim-de-semana na Twin Ring Motegi; um circuito que pertence ao construtor automóvel Honda. Couto e o japonês Ryuichiro Tomita ocupam o sétimo lugar no campeonato, com 32 pontos, menos 22 que os líderes do campeonato, o duo nipónico Takeshi Tsuchiya/Takamitsu Matsui (Toyota 86 MC). Para o piloto da RAEM revalidar o título na classe GT300 é um objectivo extremamente complicado, até porque o Nissan GT-R Nismo GT3 do Team Gainer carregará este fim-de-semana 32 kg adicionais de lastro, apesar da última prova do ano atribuir pontos a dobrar, pois serão realizadas duas corridas, uma no sábado e outra no domingo. Contudo, tal possibilidade remota está pendente vários cenários pouco prováveis que envolveriam os principais candidatos às vitórias e por sua vez, os carros que habitualmente são mais rápidos em pista.

“Matematicamente ainda é possível eu ser campeão, mas é muito, muito difícil”, reconheceu Couto ao HM que afirmou que vai dar “o meu melhor, como faço em todas as corridas e tentar encerrar a temporada com um bom resultado”.

Nesta mesma pista, o ano passado, na altura já com o título da categoria GT300 no bolso, Couto levou o Nissan GT-R Nismo GT3 cinzento ao sexto lugar. Como o próprio piloto português do território admite, este ano o Nissan tem sido prejudicado pelo “Balanço de Performance”, a fórmula técnica artificial usada pelo organizador do campeonato para equiparar o andamento em pista de viaturas tão diferentes da classe GT300 como o Nissan nº0, o Ferrari 488 GT3 ou o Toyota Prius que carrega um sistema híbrido, entre outros.  O Team Gainer teve um arranque de época discreto, mas foi evoluindo com a desenrolar da temporada, tendo mesmo lutado pela vitória na última prova, realizada na Tailândia. Couto acredita que este resultado “dá confiança à equipa” à partida para o derradeiro desafio da temporada 2016 que contará com vinte e nove concorrentes na classe GT300.

A última prova do Super GT é uma jornada dupla; um formato invulgar para o campeonato. Isto, porque o circuito Autopolis, localizado na Prefeitura de Ōita, deveria receber a próxima corrida do Super GT nos dias 21 e 22 de Maio, mas devido ao tremor de terra que assolou aquela zona do Japão o circuito ficou inoperável. Por motivos de calendarização, a organização do campeonato Super GT optou por executar esta jornada dupla em Motegi, em vez de criar um evento de substituição.

Teste em Itália

Antes de partir para o Japão, Couto viajou até ao norte de Itália para ter um primeiro contacto com o Lamborghini Húracan GT3, a viatura que conduzirá na Taça do Mundo FIA GT do 63º Grande Prémio de Macau.  Como o Lamborghini da FFF Racing Team by ACM que Couto conduzirá no Grande Prémio está a caminho da RAEM, Couto teve um dia de preparação no circuito de Adria com o carro de testes da Lamborghini Squadra Corse.  “Gostei do carro. Achei-o bastante bom no que respeita ao estilo de condução. Pareceu-me um carro ágil”, explicou Couto ao HM.  O piloto luso de Macau, que o ano passado tripulou um McLaren, irá este ano com o italiano Mirko Bortolotti representar o construtor italiano na taça mundial, onde a Automobili Lamborghini terá pela frente três rivais de peso: Audi, Mercedes-Benz e Porsche.

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