Galaxy com prejuízo de 850 milhões de dólares de HK no primeiro semestre

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A Galaxy anunciou ontem perdas superiores a 850 milhões de dólares de Hong Kong na primeira metade de 2022, registo que contrasta com os 947 milhões apurados nos primeiros seis meses de 2021. Os resultados reflectem-se nos impostos, com a RAEM a amealhar perto de metade dos impostos pagos pela concessionária no mesmo período do ano passado

 

A concessionária Galaxy, que gere o casino com o mesmo nome, registou perdas de 850,5 milhões de dólares de Hong Kong na primeira metade do ano. Os resultados negativos, anunciados ontem, contrastam com os ganhos de 947,1 milhões de dólares de Hong Kong, do período homólogo.

Entre Janeiro e Junho deste ano, a operadora de Lui Chee Woo, teve receitas de 6,52 mil milhões de dólares de Hong Kong. O impacto foi sentido, ainda antes de o Executivo ter imposto o confinamento parcial no território, que forçou o encerramento dos casinos. Por contraste, nos primeiros seis meses do ano passado, as receitas tinham sido de 10,7 mil milhões de dólares de Hong Kong, o que significa uma redução de 38,9 por cento.

Os números apresentados mostram que também o Governo da RAEM ficou a perder. Segundo a operadora, nos primeiros seis meses do ano passado as contribuições fiscais atingiram valores na ordem dos 3,79 mil milhões de dólares de Hong Kong, quantia que caiu para 1,91 mil milhões de dólares de Hong Kong.

Crise pandémica

Os resultados foram anunciados ontem num comunicado em que é destacada a situação da empresa que, principalmente em Macau, continua a sofrer o impacto da covid-19 e das restrições de viagem.

“Em muitas cidades chinesas foram impostas restrições de viagem durante uma parte significante da primeira metade de 2022. Estas restrições entre províncias tiveram impacto no número de visitantes em Macau, o que contribuiu para que as nossas receitas e os lucros fossem afectados”, justificou Lui Chee Woo, presidente da Galaxy.

“Além disso, Macau passou por um surto de covid-19 que levou o Governo a pedir a suspensão de todas as actividades comerciais entre 11 e 22 de Julho, que resultou num impacto ainda maior no turismo, receitas e lucros”, foi acrescentado.

Em relação ao futuro da concessionária, Lui mostrou-se confiante que a concessionária está em boa posição para garantir uma nova licença no concurso que está em curso. No mesmo sentido, o presidente afirma que a Galaxy promete colaborar para a estratégia de diversificação da economia e trazer para o território “vários elementos inovadores não-jogo”.

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