Diplomata norte-coreano foge com família para Seul

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]número dois da diplomacia norte-coreana em Londres desertou com a família e pediu asilo político à vizinha Coreia. A notícia já tinha sido divulgada pela BBC, na passada terça-feira, quando o diplomata tinha fugido da embaixada onde prestava serviço.
A Coreia do Sul anunciou ontem a deserção do vice-embaixador da Coreia do Norte no Reino Unido, que se encontra já em Seul com a família.
O ministério da Unificação sul-coreano confirmou que Thae Yong-ho, “número dois” da missão norte-coreana em Londres, fugiu para o Seul com a mulher e o filho.
A cadeia pública britânica BBC anunciou na terça-feira à noite que o diplomata norte-coreano tinha fugido da embaixada do seu país em Londres e procurava asilo noutro país.
Thae Yong-ho, trabalhava há dez anos na capital britânica como vice-embaixador, onde era também responsável pela promoção da imagem da Coreia do Norte no Reino Unido.
Além de Thae e do embaixador, Hyon Hak-bong, trabalham na representação diplomática norte-coreana em Londres, mais quatro pessoas.
Em Abril, o governo sul-coreano anunciou que 13 norte-coreanos – um homem e 12 mulheres -, que trabalhavam em restaurantes do regime de Pyongyang no estrangeiro, pediram asilo a Seul, naquela que foi a primeira fuga de todo o pessoal de um estabelecimento.
Tensão sobe de tom
Depois de um período de aproximação, as relações entre as duas Coreias tem vindo a deteriorar-se desde 2010, ano marcado por dois incidentes graves: o torpedeamento de uma corveta sul-coreana, em Março, que provocou 46 mortos. A responsabilidade foi atribuída a Pyongyang por um inquérito internacional. Ainda o bombardeamento de uma ilha sul-coreana pelo Norte em Novembro, que fez quatro mortos.
As tensões agravaram-se consideravelmente na península coreana depois do quarto teste nuclear norte-coreano de 6 de Janeiro, seguido a 7 de Fevereiro pelo lançamento de um foguetão, que o regime de Pyongyang disse transportar um satélite de comunicações e que a comunidade internacional considerou um ensaio de um míssil balístico.
 

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